(Na multimídia, a perigosíssima Clothilde, pet de Uriel).
- Eleanor, vamos, o polvilho vai acabar! – exclamou Noah, praticamente chorando.
- Noah, não vai acabar. Você fez mais de uma tonelada de polvilho! – expliquei, tentando encaixar um grampo no meu cabelo.
- É, mas, precisamos.... Precisamos, - ela ponderou por alguns segundos. – recepcionar os convidados!
Sorri levemente diante de sua tentativa de me apressar. Tudo pelo polvilho.
- Noah, você tem que prometer que também vai comer outras coisas. Pelo menos experimentar, tudo bem?
Ela parecia pensar sobre o quanto nossa amizade seria abalada se ela se recusasse a isso.
- Olha, você gostou da Sra. Sullivan, não foi? – perguntei e ela assentiu positivamente.
- Sim, gostei da Sra. Sullivan e do Sr. Sullivan também. Não gostei das crianças menores, pois são muito barulhentas. – ela respondeu, fazendo-me rir novamente.
- Certo, certo. Então, a Sra. Sullivan vai ficar triste se você não experimentar a comida que ela preparou com tanto amor. – falei, e ela finalmente pareceu concordar.
- Sim, mas vamos, ou o polv... – eu a encarei, uma das sobrancelhas arqueadas. – o pol....vo vai começar a se perguntar onde estamos.
Tentei ao máximo disfarçar o riso dessa vez, observando-me atentamente no espelho. Todos nós resolvemos nos vestir livremente, porém, claro, respeitando a ocasião. Nós, do clube Sete, decidimos padronizar nossas vestes, com roupas tradicionais de bruxos e bruxas antigos, com direito ao tão usual chapéu preto.
Prendi o cabelo numa trança lateral que descia até meu umbigo.
- E aí, como estou? – perguntei a Noah, dando uma voltinha dramática.
- Como sempre. – respondeu, sorridente.
Sorri novamente.
- Ok, apressada, vamos! – falei e, como se fosse um atleta aguardando por sinal para correr, Noah desceu a escadaria tão rapidamente que temi que caísse.
- Devagar, Noah! – encontrei Addison no meio da escadaria. Ela estava vestida de vampira, com círculos roxos sob os olhos e presas falsas para dar um toque mais realístico. – Addison, você tá ótima! Aliás, obrigada por nos deixar usar seu quarto. O de hóspedes acabou cheio de decorações, então...
- Não foi nada, apresse-se e saia, estão esperando por você! – respondeu, subindo as escadarias novamente.
Os irmãos menores insistiram que, já que ela possuía presas, eles também deveriam possuir, pois todos os Sullivans estavam vestidos de vampiro essa noite.
Quando cheguei ao ambiente exterior, uma aglutinação de pessoas se formou ao meu redor. Só conferi rapidamente se Noah havia encontrado a mesa de aperitivos – e, claro, polvilho.
- Eleanor, eles são trouxas! – exclamou Izzie, olhando indiscretamente sobre o ombro.
- Eu sei, mas já foram minha família. – respondi, acenando para Mathew, uma das crianças do orfanato.
As crianças haviam lotado as sete primeiras filas de cadeira e tagarelavam, animadas, sobre o '' show de mágica'' que estava prestes a começar. Eu conversei rapidamente com o professor Dumbledore sobre a nova direção do orfanato e, como eu suspeitava, era uma diretora bruxa. Por algum motivo que ele não quis revelar – e eu tampouco insistiria nisso. – a Srta. Scarlet Windstone decidiu dedicar sua vida a cuidar de crianças trouxas.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Trouxa em Hogwarts
FanficA pequena e curiosa Eleanor acaba indo parar, acidentalmente, no Expresso Hogwarts, o tão famoso trem no mundo bruxo que conduz os novos alunos a sua nova Escola de Magia e Bruxaria. O que será que acontece com ela quando percebem que a carta de con...