Uma Eleição Fatal

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Dominique andava de um lado pro outro, enquanto finalizava seu quarto copo de uísque.

- Ainda está cedo pra beber desse jeito. – disse Lilian, entrando no escritório com um copo de suco. – Vamos, espremeram as laranjas agora, não faça desfeita.

- Não quero suco.

Ela mordia o lábio, sentindo o gosto do próprio sangue na boca.

- Ficar aí se remoendo não vai trazê-los pra cá mais rápido.

Dominique pôs para trás as longas mechas loiras de veela e engoliu, a contragosto, o suco.

- Onde eles estão? Já deveriam estar aqui! – queixou-se.

- A pressa é inimiga da perfeição. – lembrou Lilian. – Além disso, não se esqueça que foi você que insistiu... – Dominique a interrompeu.

- Já sei, já sei! Eu que insisti em capturar aquele item.

Lilian deu de ombros.

- A magia dela é muito forte, eu teria feito o mesmo, em seu lugar. – acalentou Lilian.

O portão da fábrica abriu-se pesadamente e Dominique foi a primeira a chegar no hall de entrada. O Marquês, como gostava de ser chamado, ajoelhou-se diante dela, retirando o chapéu.

- Minha senhora. – saudou. – Lamento informar que fracassamos na tentativa de capturar o item.

Dominique sentiu a costumeira onda de raiva invadir-lhe a consciência.

Chutou a primeira coisa que viu pela frente – uma das máquinas de tear, que caiu, com um estrondo.

- Eu sabia! – exclamou. – Deveria ter ido eu mesma!

- Minha filha... – chamou Lilian. – como você poderia ir? Você mal se recuperou da última captura.

- Isso? – Dominique ergueu o gesso, arrancando-o. – Não preciso disso!

Ela pisou no gesso até esfarelá-lo por completo.

- Perdão, senhora. – insistiu o Marquês.

Dominique o levantou.

- Não é sua incompetência que causou isso, Marquês! – ela o assegurou, sacudindo-lhe o pó da roupa. – É aquela raça maldita! Malditos Fosters!

- Eu utilizei o artefato explosivo. – disse o Marquês.

Dominique esperou que ele prosseguisse.

- Infelizmente não foi grande o suficiente. Como a senhora deve saber, a habilidade de regeneração deles é alta.

- Ela conseguiu escapar, não foi?

- Sim, senhora.

Dominique soltou um urro de frustração. Mal podia esperar para pôr as mãos naquele item, iria tratar dela pessoalmente.

- E, senhora... – disse o Marquês. – ela não estava sozinha. Havia outra Foster com ela.

Um brilho de excitação e temor cruzou o rosto de Dominique.

- Qual Foster, Marquês?!

- Não consegui identificar, senhora.

Passando as mãos pelo cabelo e andando de um lado para o outro, ela começou a pensar, seus saltos ecoando pelo salão.

- Venha comigo, vamos discutir isso em outro lugar. – disse, levando-o até o escritório.

Ao fechar a porta, Dominique se sentia confortável para falar mais abertamente com seu homem de confiança.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora