Sherlock Noah e Gosmenta Watson

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A luz das velas na sala escura tremeluziam frente à Noah, que encarava duramente a interrogada, enquanto alisava lentamente sua rã.

- O que sabe sobre o bilhete? – perguntou Noah, inquisidoramente.

Izzie engoliu em seco, remexendo-se inquietamente na cadeira.

- Eu já disse que não sei do que você está falando. – respondeu.

Hagrid encheu novamente Alfredo e o serviu a Will, que acompanhava todo o interrogatório com uma animosidade ímpar.

- Isso é realmente necessário? – questionou Izzie, observando o cenário sombrio ao redor, com apenas algumas poucas velas rompendo a intensidade da escuridão na cabana.

- Eu também não entendo... – sussurrou Hagrid, observando, atônito o interrogatório conduzido por Noah.

Noah suspirou, refletindo acerca das informações que possuía.

- Um bilhete escrito com o intuito de ameaçar a Eleanor foi redigido com uma caligrafia que suspeito muito se tratar da sua. – Noah mostrou o bilhete à Izzie, que demonstrou surpresa. – Vai continuar fingindo que não sabe?

Izzie pensou por alguns segundos na melhor resposta a ser dada.

- Não estou fingindo! Eu realmente não sei! – exclamou Izzie.

Noah se levantou da cadeira e pôs-se a andar em círculos ao redor de Izzie.

- Eu acho que ela está falando a verdade. – comentou Will, bebericando o chá. – Não tem nem como ela mentir, afinal... – ele recebeu uma cotovelada de Hagrid.

Engasgado com o chá, Will começou a tossir dissimuladamente.

- Você é um assistente terrível. – desabafou Noah. – Não merece ser chamado de Watson. - ela aproximou Gosmenta do seu rosto. - Você foi promovida a Watson, Gosmenta.

- Foi mal, Sherlock! É sério! – desculpou-se Will, lamentando profundamente sua indignidade.

Izzie estreitou os olhos, reconhecendo a intenção por trás da cotovelada de Hagrid.

- Veritaserum! Vocês me deram Veritaserum?! – berrou Izzie, desdenhosa. – Não acredito que o senhor está fazendo parte disso, Hagrid!

Hagrid subitamente passou a tossir também, recebendo uns tapinhas nas costas de Will, que entendia plenamente o funcionamento da tosse.

- Eu... – o grandalhão começou a falar, mas foi educadamente parado por Noah.

- Não fale com ele, fale comigo. – disse Noah. – Além disso, é verdade que te demos a poção da verdade, mas isso não vem ao caso.

- Não vem ao caso?! Isso é usado diante de interrogatórios oficiais do Ministério da Magia, e só em criminosos! – retorquiu Izzie.

- Bom, até que se prove o contrário, você é uma criminosa.

Noah voltou a sentar calmamente, depositando com cuidado Gosmenta em seu colo e continuando a acariciá-la, ignorando completamente a cara de indignação da interrogada.

- E agora? O que acontece a seguir? – perguntou Izzie, mordiscando o lábio, nervosa. – Não tem como mentir sob efeito da poção!

- Isso é verdade. – respondeu Noah, analisando com seus olhos inteligentes a garota à sua frente.

- Eu não sei nada sobre o bilhete.

- Isso também é verdade. – Noah suspirou. – Em parte.

Uma Trouxa em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora