Capítulo XLIV.

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Mais uns meses tinham se passado, decidi não insistir no assunto que Eijiro tinha conversado com meu pai. No momento eu estou em casa com meus amigos, vamos fazer uma pequena viajem para a fazenda dos avós de Halley como comemoração. Comemoração de quê? Formatura. Nosso baile de formatura foi a duas semanas, desde então começamos a planejar essa pequena viajem, vamos ficar na fazenda por apenas dois dias. O único adulto que vai nos acompanhar é a mãe de Daiki, de acordo com ela, falta inspiração para algo sobre um filme e ela vai achar essa inspiração na fazenda.

- Vamos! Entrem logo, não tô com paciência! - Ela pedia já dentro da van alugada.

- Tchau princesa, papai volta em alguns dias. - Beijei a testa de Aiko e abracei meus pais. Senti meus olhos marejarem e andei até a van, entrei e sentei em um dos bancos, logo meus amigos começaram a entrar e fechamos a porta.

- Papa? - Ouvi a voz de Aiko. Olhei pela janela e vi que a menina tinha começado a chorar no instante que a van começou a a se afastar.

- Que carinha é essa? - Daiki me olhou.

- Não gosto de ficar longe dela. - Fiz beicinho e escutei a mãe de Daiki rir.

- Quando essa praga era um bebê eu não gostava de ficar longe dele também, eu te entendo. - Ela falou e eu sorri.

. . .

- Eu quero montar naquele. - Apontei para o cavalo branco.

- Certeza? Filho, aquele ali é dos brabos, Max não gosta de qualquer um. - A sra. Anna disse.

- Tenho, se ele não gostar de mim você mesma pode escolher outro. - Falei e ela afirmou. Me aproximei de Max com calma, ele me olhou atento, comecei a acariciar o animal e depois de alguns minutos consegui subir. Com calma comecei a guiar Max na direção de onde meus amigos estavam me observando. - Consegui. - Falei baixinho. Foi então que ouvimos um tiro, Max se assustou e eu acabei caindo.

- Katsuki! - Katie veio na minha direção correndo.

- Desculpa! Eu não achei que tinha bala. - Halley disse entregando a espingarda ao avô, esse que deu um cascudo no neto e o olhou feio.

- Você está bem? - Minha amiga perguntou me ajudando a levantar.

- Acho que quebrei o braço. - Resmunguei olhando meu braço esquerdo.

- Vamos te levar ao hospital. - Sra. Anna disse e eu afirmei. - está de castigo, mocinho!

- Mas vó...

- Sem mas, vai pegar a chave do carro menino! - Ela disse e eu ri baixo. Quando Halley voltou estava acompanhado de Emma, mãe de Daiki.

- O que aconteceu? - Ela perguntou.

- Caí do cavalo. - Sorri de canto.

- Está tudo bem?

- Sim, não se preocupe.

- Hum... vou falar com sua mãe. - Emma se afastou.

Quando chegamos no hospital não demorou para eu ser atendido, entrei na sala sozinho, conversei um pouco com o doutor e ele afirmou o que eu já sabia, meu braço estava realmente quebrado.

- Precisamos botar o osso no lugar. - Ele disse e eu estendi o braço.

- Não avisa quando... - Fui interrompido pelo meu próprio grito. - Puta que pariu! Seu filho da... Caralho! - O homem só me olhava com um pequeno sorriso, eu conseguia ver a diversão em seus olhos e mostrei a língua fazendo o mais velho rir.

. . .

- Tem certeza que está bem? - Daiki e Hanna me perguntaram pela quinta vez.

- Sim! - Revirei os olhos e desci do carro. Entrei dentro da casa e sentei no sofá, peguei o celular e vi que tinha algumas mensagens da minha mãe e liguei para ela.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora