Capítulo LIV.

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Assim que Eijiro encerrou a ligação repentinamente, não demorou muito para que a minha próxima aula iniciasse. Bufei olhando o celular e me limpei, antes de sair olhei duas vezes para ver se não tinha nada sujo. Corri para a aula e dei de cara com o professor na porta, ele me deixou entrar e veio logo atrás. Sentei em uma das cadeiras e respirei fundo, me acalme e comecei a prestar atenção ao que o homem dizia.

Quando finalmente pude ir para casa encontrei com Daiki, Hanna e Halley na saída, os outros do meu "grupinho" tinham ido para outras universidades.

- Iai, se divertiu falando com seu namorado? - Smith me cutucou com um sorriso malicioso estampado no rosto.

- Sim, mas ele desligou na minha cara.

- Deve ter acontecido alguma coisa, não fica bravo com ele. - Fisher disse sorrindo.

- Talvez eu não fique, Hanna. Mas tenha dó da minha pessoa e vá comprar um sorvete para mim? - Beijei a bochecha da menor.

- Se for assim eu quero também! - Halley disse animado.

- Eu não vou gastar meu dinheiro com reles mortais como vocês, se quiserem alguma coisa, comprem com seu próprio dinheiro . - A mulher bufou e saiu andando na nossa frente.

- Mão de vaca. - Reemunguei.

- Eu ainda posso ouvir vocês! - Ela disse alto, já estava um pouco afastada de nós. Halley riu, correu até ela e eles começaram a andar juntos enquanto conversavam.

- Não chame minha namorada de não de vaca. - Daiki resmungou. - Ela só não quer gastar o dinheiro dela, se fosse o meu ela com certeza poderia ir comprar, ou provavelmente eu iria.

- E mesmo assim, até agora não estou vendo nenhum sorvete na minha mão...

- Eu tô sem nada... lisinho. - Suspirou dramaticamente. - Já você...

- Não. Só gasto meu dinheiro com minha filha, namorado ou comigo mesmo... E com minha família. Você é apenas um alguém que eu conheci no colégio e grudou em mim, um tipo de carrapato. - Ergui o queixo presunçosamente.

- Ah é? Eu sou o carrapato e você o cachorro. Uma bela dupla. - Ergueu o queixo tanto quanto eu. Ambos tínhamos pequenos sorrisos no rosto indicando que era apenas uma brincadeira e nada ofensivo.

- Eu não sei disso aí não. - Franzi o cenho.

- Bem, o carrapato... o carrapato... por que eles existem? - Smith perguntou.

- Você?

- Os carrapatos!

- Ah...

- Eles sugam sangue e deixam os animais com coceira, é tipo um piolho. - Ele balançava a cabeça com uma expressão séria.

- Cara, vamos andar, tá bom? - Bati levemente nas suas costas e andei mais rápido para alcançar os dois na nossa frente.

. . .

- Vai ir dormir agora? - Minha mãe perguntou quando me viu ir na direção da escada com Aiko nos braços.

- Sim, mas antes vou falar com o Kiri. Ele ligou pra mim durante a aula e eu não consegui atender, aí o celular descarregou. - Sorri amarelo.

- E o resto do dia? Por que não falou com ele? - Masaru arqueou uma das sobrancelhas.

- Assim que cheguei em casa coloquei o celular pra carregar e fiquei com Aiko, saí com o pessoal por algumas horas e depois vim ficar com Aiko de novo... Você sabe, pai, estava aqui o tempo todo. - Franzi o cenho e ele riu.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora