Capítulos XXIX.

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Katsuki saiu do hospital a três semanas, a casa agora estava mais barulhenta do que o normal e com mais pessoas. Eu gostava, admito, mas muitas vezes eu chegava em casa não tinha muito tempo com Bakugou, ele tinha aula a noite enquanto eu tinha o dia todo. É um pouco complicado, mas conseguimos dar um jeito nesse probleminha em alguns dias com o auxílio dos nossos pais. O loiro começou a fazer exercícios faz alguns dias, eu o ajudo quando posso, ele sempre reclama dizendo que queria lutar, mas sabe que não pode então se contenta em ser mimado por mim quando fica chateado por não poder fazer o que quer.

- Cheguei! - Falei sorrindo. - Tem alguém em aqui?! - Falei mais alto.

- Tem, seu namorado e sua filha. - Katsuki desceu as escadas com calma, Aiko dormia nos seus braços. - Bem-vindo. - Se aproximou e me deu um selinho.

- É bom estar em casa. - Beijei a testa de Aiko. - Quanto tempo livre você tem?

- Uma hora, depois as aulas vão começar, vou estar livre novamente às onze, como sempre. - Revirou os olhos.

- E quanto tempo até ela acordar? - Perguntei.

- Acho que uma ou duas horas.

- Então, estamos sozinhos em casa e com a bebê dormindo. - Sorri de canto.

- É isso mesmo, e o que vamos fazer? - Arqueou uma das sobrancelhas.

- Tem muitas coisas que quero fazer com você, mas muitas delas não podem ser feitas ou poderíamos ser pegos
Então vamos assistir um filme juntos, o que acha?

- Vai ter beijinhos?

- Quantos você quiser. - Ri baixo.

- Então tudo bem. Vou colocar Aiko no berço e fazer pipoca, enquanto isso você vai tomar um banho, okay? - Sorriu e eu afirmei. O berço de Aiko foi montado por mim e por Katsuki, meu pai nos ajudou um pouco, mas a maior parte do trabalho duro quem fez foi a gente.

Subi para o meu quarto ao lado do meu loiro e da minha princesa e coloquei a mochila na cadeira da escrivaninha, fui até o guarda-roupa e peguei uma calça moletom preta, entrei no banheiro enquanto Bakugou saia do quarto depois de colocar Aiko no berço. Assim que terminei o banho me vesti e peguei um cobertor, desci as escadas de dois em dois degraus e quando apareci na sala encontrei meu loiro sentado no sofá com um balde de pipoca ao seu lado, ele escolhia um filme na TV.

- Qual vai ser?

- Babadook - Sorriu de canto.

- Por acaso esse não é aquele filme que... - Ele me interrompeu.

- Sim, é o mesmo filme que tentei te fazer assistir ano passado. - Sussurrou, sentei entre suas pernas e senti seus braços me rodearem.

- Katsuki... - Tentei protestar.

- Eu estou aqui com você, nada vai acontecer. - Beijou minha nuca.

- Vou tentar acreditar em você. - Resmunguei me aconchegando mais no corpo do maior.

Quando dei por mim estava encolhido tentando continuar a olhar para a televisão. Fechei os olhos por alguns minutos e fiquei ouvindo o que acontecia, ouvi o som de passos, uma porta se fechando, e então, um grito, um meu e um da protagonista do filme, ao mesmo tempo. Bakugou tinha apertado minha cintura um segundo antes da mulher gritar. Pausei o filme é me levantei do sofá em um pulo.

Então ouvi risadas, olhei para trás e vi meu namorado rindo, de mim! Peguei uma almofada e joguei na cara dele.

- Te odeio! - Quase gritei, decidi ignorar a porta da minha casa sendo aberta e peguei outra almofada. Parti para cima de Katsuki e comecei a dar almofadadas na sua cara. - Seu filho da puta! Nunca te odiei tanto na minha vida! - A cada palavra era uma almofadada mais forte, o desgraçada ainda continuava rindo! - Se sua mãe deixasse eu te colocaria pra dormir no quintal, idiota! Eu te odeio, te odeio, te odeio! Sem beijinhos pra você pelo resto da semana inteira!

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora