Capítulo LXVI

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- Pegaram todas as malas? - Akemi perguntou.

Tínhamos pousado a algum tempo, vamos pegar um táxi e ir para a casa dos Bakugou, Mitsuki me enviou o endereço por mensagem.

- Eu peguei todas. - Olhei para as minhas quatro malas.

- Eu também. - Saori tinha duas malas e uma mochila nas costas.

- Ótimo, vamos pegar um táxi e... - Ela parou de falar de repente, olhando para a alguma coisa atrás de mim.

- O que foi?

- Tão bonito... - Ela sussurra e então olho para trás. Ali tem um homem, acho que deve ter mais ou menos a idade de Akemi, alto, olhos verdes...

- Uuuuhhh... - Sorri de canto. - Vai lá falar com ele.

- Temos que ir pra casa. - Ela me olhou por um instante, então sorriu.

- Nós esperamos, está de madrugada e Mitsuki nos enviou uma cópia da chave. Vai lá. - Dei dois tapinhas no ombro dela e peguei suas malas.

- Obrigado. - Beijou minha bochecha e a testa de Saori. Essa que desde que entrou no avião lá no Japão não fala quase nada, a empolgação inicial foi embora.

- O que foi? - Comecei a andar na direção das cadeiras e sentei em uma delas, Saori sentou ao meu lado e apoiou a cabeça no meu ombro.

- Keiko. - Os olhos da menor começaram a marejar e eu suspirei.

- Você se despediu dela?

- Sim, mas... eu vou sentir saudade. - Fungou. - E eu nem disse o que sentia!

- Ei, calma. Você ainda tem o contato dela, podem se falar todos os dias, assim como eu fazia com Katsuki.

- Esses dias você não falou com ele. - Saori me olhou.

- Quero fazer surpresa.

- Hm...

- Voltei. - Akemi apareceu. - Peguei o número dele. - Ergueu um papelzinho que tinha na mão e o balançou com um sorriso enorme no rosto.

- Certo, agora vamos pegar um táxi.

- Quero dormir! - Saori disse.

Pegamos um táxi e depois de alguns minutos chegamos na frente da casa dos Bakugou, estava chovendo, muito. Dei a chave que estava no meu bolso para a minha irmã e nós entramos juntos, ela levou todas as malas para dentro.

- Vamos, vai ficar aí parado?

- Não, vou lá pra fora. Tranque tudo e se escondam, quero fazer surpresa para o Kats. Mas se ele não acordar, abra em meia hora. - Falei e ela afirmou.

- Tá chovendo. - Saori apontou para o lado de fora.

- É romântico.

- É clichê.

- Eu quero um reencontro "clichê", vão para dentro!

Já do lado de fora, peguei meu celular e liguei para Katsuki, cinco ligações depois ele atendeu, desliguei na cara dele e comecei a mandar mensagens.

Você: Oi

Suki: Oi... Eijiro, é de madrugada, por que estava me ligando?

Você: Quero conversar com você

Suki: Hm... certo.

Você: Como você está?

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora