Capítulo XI.

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- O que acha de sair comigo amanhã? - Eijiro perguntou. Estávamos deitados minha cama, o tempo passou rápido e logo eu já tinha dois meses de gestação.

- Acho uma ótima ideia, mas por que? - Perguntei.

- Para comemorar. - Deu de ombros apoiando a cabeça no meu peito. - Aceita? - Levantou minha camisa e começou a alisar minha barriga.

- Sim. - Ri baixo.

- Ótimo, agora vá dormir. - Ele disse. - Boa noite, Katsuki.

- Noite, Eiji.

. . .

No momento eu estou na cozinha ameaçando Kaminari, ele não quer sair da cozinha e está tentando lamber minha mão, ela está suja de chantilly, por que? Eu fiz chocolate quente e decidi colocar chantilly em cima, simples, mas não tinha quase nada e eu acabei explodindo na minha mão, milagrosamente - ou talvez seja obra do satanás - não sujou quase nada.

- Só um pouco! - Ele pediu novamente.

Cerrei os olhos e olhei para a minha mão, suspirei e estendi na direção do loiro quando ouvi a porta da frente abrir, era Shinso, eu tinha chamado ele. Olhei para o pikachu novamente e arregalei os olhos com a cena. Ele chupava dois dos meus dedos e tinha os olhos fechados, algumas poucas vezes lambia alguma outra parte da minha mão. Sinceramente, isso me fez lembrar de Kirishima, ele fazia quase do mesmo jeito.

- Que diabos estão fazendo? - Sero falou alto, isso chamou atenção de todas as pessoas que estavam ali.

- Denki está treinando. - Falei alguns segundos depois.

- Treinando? - Eijiro se aproximou.

- É, não quer fazer feio quando for fazer com o Shinso. - Murmurei.

- Oh! Uau Kami, que rápido, a relação de vocês já está nesse nível? - Kirishima disse.

- Rápido? Do que estão falando? - O carregador portátil perguntou tirando a boca dos meus dedos.

- De quando você for fazer sexo com o Hitoshi. - Falei como se fosse óbvio.

- O-O quê?! - Kaminari quase gritou ganhando um tom rosado nas bochechas e chamei o namorado do loiro para perto. - Desde quando ele está aqui? - Kaminari está muito corado.

- Desde quando você começou a chupar meus dedos. - Respondi. - Se praticar mais, vai saber fazer um boquete agradável. - Me virei para olhar Hitoshi de frente. - Vem aqui. - Chamei e ele obedeceu. Lavei sua mão e coloquei o chantilly que estava na minha mão na dele, olhei para Denki e sorri de canto. - Vem pegar o chantilly.

- Eu não vou fazer isso... - O menor murmurou.

- Você vai sim, sabe por que? Porque você ama chantilly. - Dei de ombros. - Faça Denki, faça. - Falei.

O loiro se aproximou relutante, estavam todos em silêncio observando os dois. Kaminari lambeu um dos dedos e sorriu, fechou os olhos e começou a lamber o chantilly da mão de Shinso, algumas vezes chupava um dos dedos. Quando a mão estava sem chantilly algum o pikashu se afastou, ele tinha um sorriso no rosto. O arroxeado lavou a mão, ele tinha o rosto corado.

- Okay, na sua opinião, ele faria um bom boquete? - Perguntei olhando para ele.

- Sim, muito bom. - Murmurou sorrindo de canto.

- O que o amor não faz, né? - Falei. - Daqui a pouco vão estar se pegando de novo.

- Cale a boca. - Hitoshi pediu corando e eu ri.

. . .

- Vamos? - Eijiro apareceu abrindo a porta do quarto. O ruivo vestia uma camisa social preta com as mangas dobradas até o cotovelo, uma calça cinza rasgada nas coxas e joelho e por fim um tênis totalmente branco.

- Claro. - Lhe dei um selinho. Eu estava vestido com uma camisa branca lisa um pouco justa no corpo, uma calça jeans azul escuro com pequenos rasgos, uma jaqueta jeans da mesma cor que a calça e um tênis branco.

Passamos pelo térreo despercebidos. Quando já estávamos andando pelas ruas da cidade entrelacei minhas mãos as do menor e seguimos para uma lanchonete. Comemos e conversamos, depois decidimos ir para a pracinha e ficar lá à toa.

- Você acha que vai ser uma menina ou um menino? - Ele perguntou de repente.

- Não sei, você tem alguma preferência? - Perguntei sentindo Eijiro me abraçar por trás e deixar as mãos na minha barriga.

- É claro que não, pra mim não importa. - Beijou meu pescoço. - Mas você pode me explicar como isso vai funcionar? Digo, como vai acontecer tudo durante a gravidez.

- Não muda muita coisa da gravidez de mulheres. - Comecei. - Bom, ham, as únicas diferenças é por onde o bebê sai e por onde as coisas entram, sem contar que só tenho a opção de fazer uma cesariana.

- Tirar ele pela barriga? - Kirishima perguntou.

- Sim. - Ri baixo.

- Uau... - Murmurou. - Eu quero muitas fotos suas nesse período. - Ele riu. - Imagino você com uma barriga redondinha, vai ser tão fofinho! Quando você se irritar eu não sei se vai ser engraçado ou assustador.

- Ei! - Dei um tapa na sua mão. - Olha como fala sobre mim, eu sou... - Parei de falar um pouco confuso.

- Sou o quê? - Ele perguntou me fazendo sentar de lado e apoiar a cabeça no seu ombro.

- Eu não sei. - Ri. - Eu seria pai ou mãe da sua filha ou filho? - O olhei.

- Pai. - Deu de ombros.

- Hum... E se ele ou ela me chamar de mãe? - Perguntei com um sorriso de canto.

- Aí vai chamar, não importa. - Beijou minha testa. - Vamos contar aos nossos amigos? Digo, sua barriga vai começar a crescer em alguma hora.

- Oh... Eu queria falar sobre isso com você também. - Admiti.

- Como assim Katsuki? - Me olhou.

- Eu quero ir embora.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora