Capítulo LXXXII

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Dias se passaram, logo Katsuki e eu estávamos voltando para nossa casa. Aproveitamos o máximo que podíamos com nossos amigos, trocamos contato e meu marido deixou em aberto se iria ou não voltar falar com eles novamente. O bakusquad adicionou o novo número de Katsuki no nosso grupo de mensagens, ele normalmente não responde, mas visualiza, então os outros contam como uma vitória.

Ao chegar em casa, guardar as roupas da mala e passar um tempo com nossa família e Aiko, chamei o loiro para uma conversa sobre o nosso futuro. Falei que queria definir nossos planos hoje para começar a colocar tudo em prática o mais rápido possível. Compartilhamos nossos desejos e ideias, escrevemos nossas metas em um papel e guardamos. Naquela noite decidimos então que, quando Aiko completasse 6 anos, iríamos voltar a nossa cidade Natal e ficar lá permanentemente. Logo nossa rotina voltou ao normal. Acordar, comer, trabalho, casa, comer cama, com tempo extra para o lazer!

Os anos foram se passando, Aiko continuou a crescer, arranjou novas amiguinhas e também um amigo imaginário novo. O contato com nossos amigos foi diminuindo novamente, mas falo com o bakusquad pelo menos uma vez a cada duas semanas.

Um dia antes do meu aniversário de 22 anos as coisas desandaram muito. Eu estava em patrulha nas ruas da cidade numa noite de sexta-feira quando ouvi os gritos e vi chamas altas cobrindo um prédio. Eu e Peter, meu ajudante, logo corremos em direção ao local.

De longe consegui ver um grupo cercado por alguns heróis profissionais, estavam levando uma surra dos vilões. O maior deles tinha muitos músculos, uma cicatriz enorme percorrendo seu rosto e não tinha um dos olhos. Ao seu lado vi uma garota, estava com capuz prestes a cair e percebi que seus pés não tocavam o chão. Também consegui ver mais duas pessoas, um menino e uma menina, ele tinha o corpo coberto de chamas (Dante), enquanto ela estava rodeada pelo que parecia ser energia elétrica (Electra). O último homem de cabelos grisalhos e sorriso maníaco estava olhando para mim quando o encarei, as mãos segurando duas barras grossas de ferro. (Genesis)

Logo percebi que era o quinteto, um grupo de vilões que vem dado trabalho para nós ultimamente, eles normalmente demoram a aparecer, mas quando o fazem causam um estragos enorme, não temos quase nenhuma informação sobde eles... Os enfrentei na última batalha, quatro meses atrás, não tive grandes chances.

Falei para Peter chamar reforços e se afastar, ele ainda é jovem e está em treinamento, não poderia entrar em combate. Me juntei aos meus colegas acertando um chute no rosto de maior, não surtiu muito efeito, mas trouxe sua atenção até mim.

A luta continuou, aos poucos mais heróis entravam e saiam, logo estava amanhecendo. Eu já estava cansado, sem muitas energias e muito machucado quando vi meu marido chegando, ele tinha fuligem no rosto e alguns cortes superficiais, estava bem. O loiro pulou e lançou uma explosão diretamente na cabeça do meu oponente.

Pouco tempo depois vi um vulto verde indo para cima da única garota do grupo, não demorou para perceber que era Izuku ali. Aos poucos meus amigos entraram em cena e conseguíamos derrotar os vilões. Eu e Katsuki nos separamos ao que eu suponho que seja meia hora atrás.

Foi quando ouvi.

O grito alto e ensurdecedor, algo que jamais desejaria ouvir novamente.

Olhei ao redor preocupado e alerta, então finalmente presenciei a cena. Gênesis tinha uma de suas estacas perfurando a barriga de Bakugou.

- Não... - Sussurrei baixinho, não demorou muito e comecei a me mover o mais rápido que podia.

Endureci todo o meu braço e soquei a cara do homem o mais forte que conseguia, Gênesis cambaleou para longe e o ouvi rir alto, meu marido caiu de joelhos com a mão na barriga. O loiro aos poucos levantou a cabeça para me olhar.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora