Capítulo XXXV.

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Já havia se passado alguns meses, a cada novo dia eu pensava que estava mais perto da hora de deixar Katsuki e Aiko. Sei que Bakugou disse para não pensar nisso, mas é inevitável, e sei que ele pensa na mesma coisa também.

- Bom dia minha linda... - Acordei ao ouvir a voz do meu namorado e alguns sons vindos de Aiko. - Acordou mais cedo hoje... - Ele falava baixinho. - Parece que somos os únicos acordados. - Senti o colchão afundar ao meu lado.

- Não são, não. - Murmurei.

- Ah, claro. Nós dois e seu pai. - Ele disse de forma debochada. - Tinha até esquecido. - Ouvi uma risada da minha filha e abri os olhos. Meu loiro vestia um short e uma camisa um pouco grande.

- Bom dia... - Beijei a testa da menor e dei um selinho em Katsuki.

- Bom dia. - Ele me respondeu.

- O quê acha de irmos fazer o café da manhã? - Sugeri.

- Uma boa ideia, estou com fome. - Meu namorado admitiu. - Vá lavar o rosto e escovar os dentes, nos encontramos na cozinha. - Ele levantou com a menina nos braços e seguiu até a porta.

- Beijo. - Soltei um beijo no ar e recebi outro.

Quando a porta foi fechada eu me espreguicei, levantei da cama e fui até o banheiro, lavei o rosto algumas vezes e escovei os dentes, passei a mão no cabelo para tentar arrumar ao menos um pouco e desci sem camisa mesmo, só usava uma calça moletom, o pessoal está dormindo, não tem problema.

- Cheguei loirinhos. - Falei sorrindo. Peguei Aiko e sentei na ilha da cozinha.

- O que quer para comermos? - Katsuki perguntou e se virou para mim. - Por que está sem camisa?

- Todos estão dormindo, então não tem problema. - Dei de ombros. - Pode fazer panquecas?

- Okay... - Se virou novamente e fiquei brincando com minha princesinha enquanto a comida não ficava pronta.

- Bom dia! - Me virei e vi minha mãe ao lado de Mitsuki. - Acordaram cedo hoje.

- Aiko me acordou, e eu sem querer acordei o Kiri. - Bakugou falou. - Bom dia.

- Parece de mau humor... - A loira mais velha disse.

- Talvez seja porque não recebi um devido beijo de bom dia. - Bufou e eu ri.

- Não recebeu porque não quis. - Falei e o loiro se virou me olhando com os olhos cerrados. O puxei para perto com calma e o beijei, senti sua mão na minha cintura apertando levemente e nos separei com alguns selinhos. - Feliz?

- Feliz. - Sorriu e voltou a fazer o café da manhã.

- Por que está sem camisa? - Sakura perguntou.

- Qual o problema de estar sem camisa? Papai também fica assim às vezes. - Fiz um biquinho.

- O problema é que você nunca fica sem camisa, parou quando começou a namorar o Katsuki. - Ela disse. - Tá fortinho em... - Me olhou de cima a baixo.

- Mãe, meu traje não tem camisa...

- Faz tempo desde a última vez que te vi com a roupinha de herói. - Falou.

- O que tem pra comer? - Fumiko, Akemi e Saori apareceram descebeladas, Bob vinha logo atrás. Quando minha mãe o levou a clínica onde trabalha conseguiram descobrir qual era a raça do cachorro, nunca tinha visto um assim, se chama... Ham, Terra-nova, eu sei, um nome diferente.

- Panquecas. - Bakugou disse.

- Legal... - Todos sentaram na mesa, eu continuei no mesmo lugar ainda com Aiko nos braços. De repente Akemi colocou uma música para tocar, se chamava Parents, de YUNGBLUD. Mal se passou trinta segundos e logo eu e Katsuki estávamos rindo.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora