Capítulo LXXII

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- O que você quer fazer? - Perguntei confuso.

- Eu já disse homem! Vamos fingir que estamos nos vendo pela primeira vez em anos, e... acho que vou falar com o pessoal. - Bakugou falou.

- Certo...

- Vai na onda, Eijiro. É só atuar. - Deu de ombros.

- Tudo bem. Ir na onda...

- Olha pra mim. - Eu olhei. - Imagine a saudade que você sentiu durante esse tempo afastado e multiplique por...

- Dez?

- Cem!

- Ah... certo, não é difícil. - Falei e o mais velho sorriu me dando um selinho.

- Vamos.

Voltamos para a sala em silêncio, quando olhei para o notebook ele estava desligado.

- Mas o que... - Sentei no sofá e o liguei. A chamada de vídeo foi encerrada. - Eles desligaram?

- Pode ser que a internet tenha caído. - Katsuki disse dando de ombros.

- Ah... então eles não vão te ver.

- Não tem problema. - O mais velho sorriu. - Você pode só tirar umas fotos, ou até gravar um vídeo, enquanto estamos juntos, ou nada.

- Hmmm, tudo bem. Agora vem aqui. - Deitei no sofá e o loiro sorriu, deitou em cima de mim, apoiou a cabeça no meu ombro e respirou fundo.

- É tão bom ficar assim com você...

- Assim como?

- Não sei, só... juntos. Me lembra quando ficávamos no meu dormitório.

- Nossos amigos tinham medo de entrar lá.

- O lugar perfeito pra ficar sozinho com você. - Entrelaçou nossas mãos.

A sala ficou silenciosa, apenas nossas respirações podiam ser ouvidas. Fechei os olhos e nem mesmo notei quando dormi.

. . .

- Filho. - Franzi o cenho e abri um dos meus olhos. - Finalmente! - Meu pai sussurrou.

- O que foi? - Bocejei e vi meus pais em pé na minha frente, de soslaio notei minhas irmãs fazendo um lanche na cozinha.

- Se quiser continuar dormindo vá para o seu quarto, o sofá é desconfortável. - Mamãe disse.

- Certo. - Olhei para baixo e vi que Bakugou ainda estava dormindo.

- Quer uma ajuda? - Yuri sorriu de canto.

- Sim, não acorde ele. - Pedi.

Observei meu pai pegar Katsuki nos braços com uma grande delicadeza e me levantei do sofá.

- O que fizeram enquanto estávamos fora? - Papai perguntou.

- Fiz uma chamada de vídeo com meus amigos e assistimos a uma série. - Murmurei começando a subir as escadas seguindo o mais velho.

- Se divertiu?

- Foi legal.

- Eijiro? - Ouvi a voz de Katsuki e vi ele olhar para mim por cima do ombro do meu pai. - Hm. - Esticou os braços na minha direção e eu sorri.

- Você consegue segurar ele? - Yuri me perguntou e eu revirei os olhos enquanto Bakugou entrelaçava seus braços ao redor do meu pescoço e rodeava minha cintura com suas pernas.

- Claro que sim, pai. Se eu não conseguir segurar ele não vou conseguir colocar meu...

- Urgh! Que nojo, eu sou seu pai!

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora