Capítulo LI.

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Acordei quando senti meu ombro sendo balançado, pisquei e olhei para cima, era Hanna.

- Vamos descer! - Me olhou animada. Notei a mulher que estava sentada ao seu lado rir.

- Os jovens de hoje em dia tem muita energia. - Ela disse e eu sorri afirmando.

- Já chegamos? - Resmunguei.

- Sim, você dormiu bastante. - Ela olhava meu rosto atentamente.

- O que foi? - Perguntei.

- Seus olhos... Hum, dá pra notar que você chorou. - Explicou e eu afirmei rindo.

- Tudo bem, eu vou no banheiro quando sairmos do avião. - Falei e ela afirmou. - Você dormiu muito?

- Pra falar a verdade, não. Ainda quero dormir mais, passei a noite acordados conversando com Daiki. - Riu baixo.

- Hanna, você sabe um pouco de japonês? - Perguntei.

- Eu... - Corou levemente. - Eu estudo japonês desde que eu tinha dez anos, meu sonho era vir para o Japão. - Ela disse e eu sorri.

- Isso facilita muitas coisas. - Admiti.

. . .

- Eijiro, você pode servir de colchão para mim? - Perguntou em pé na minha frente e eu abri os braços, Hanna sentou no meu colo e lado e apoiou a cabeça no meu ombro. - Eu tô com sono. - Fez beicinho. - Katsuki ficaria com ciúmes?

- Não sei, às vezes ele pode surpreender qualquer um. Dorme um pouco, acho que meus pais vão demorar. - Faleia e ela fechou os olhos. Alguns minutos depois meus celular começou a tocar, o peguei e atendi a ligação de Katsuki. - Oi amor!

- Oi Kiri. - Sua voz parecia cansada.

- O que foi? - Perguntei.

- Aiko dormiu ainda agora, quando viu que você não estava em casa começou a chorar. - Suspirou e mudei a chamada para uma de vídeo. - Essa aí é a Hanna?

- Ela tá me usando de colchão, tudo bem por você? - Arqueei uma das sobrancelhas.

- Se ela não beijar sua boca ou tentar tocar na parte inferior do seu lindo corpo, tudo bem... - Pareceu pensar. - Também não pode pegar no tanquinho, ele é meu. - Sorriu.

- Sou todo seu. - Falei balançando a cabeça.

- Tem que ser mesmo. - Bufou.

- Aiko chorou muito?

- Sim, não me ouviu dizer que coloquei ela pra dormir ainda agora? - Arqueou uma das sobrancelhas sobrancelhas eu revirei os olhos. - Ficou perguntando quando você voltaria. Eu quase chorei com ela. - Deixou o celular de lado, o apoiou em algum lugar onde eu poderia ver seu corpo, mas ele não olhava para a tela do celular.

- Eu vou voltar logo.

- Chegou a quanto tempo?

- Faz uns trinta minutos ou mais. - Resmunguei.

- Seus pais ainda não chegaram? - Riu.

- Não, acho que vou ter que voltar pra casa sozinho...

- Você está fazendo beicinho? - Perguntou.

- Não?

- Amor, eu te conheço o suficiente para saber que você está fazendo beicinho nesse momento, não preciso olhar.

- Eu estou sorrindo. - Sorri.

- Sorriu agora porque eu disse que você estava fazendo beicinho e não quer admitir que eu estava certo. - Se virou para me olhar.

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora