Capítulo XXVIII.

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- Pare com todo esse suspense! O que aconteceu? - Perguntei bufando.

- Nasceu, Eijiro. A "criaturinha" nasceu. - Saori sorriu.

- Nasceu...? - Pisqueu surpreso. Um alívio enorme tomou conta de mim, pensei que ela ou ele estava morto.

- Sim! Alguns dias antes do previsto, mas eu chequei tudo antes de sair do hospital e está tudo bem. - Rayden disse. - Por conta da facada, tivemos que fazer o parto logo. Katsuki e o bebê estão bem, precisam ficar em observação por alguns dias, logo irão poder voltar pra casa.

- Katsuki já está consciente? - Sorri.

- Não, mas vai acordar logo. Você quer saber o sexo do bebê? - O mais velho perguntou.

- Não, vou ver os dois só quando Katsuki acordar. - Falei.

- Já decidiram os nomes? - Minha mãe secou as lágrimas, assim como Mitsuki, e me fez sentar ao seu lado.

- Já sim. Baku e eu começamos a pensar quando ele completou oito meses de gestação. - Murmurei.

. . .

Já estava de noite, eu ainda estava na casa dos meus pais. A maioria dos adultos estava fora, disseram que iam comprar algumas coisas de presente para o bebê. Em casa só estava meu pai, Saori, eu e Satoro, Fumiko me deixou encarregado do bebê.

- Filho? - Meu pai entrou no quarto. No momento eu estava deitado na cama com Satoro dormindo na minha barriga, estava conversando com meus amigos pelo Whatsapp.

- Hum?

- Vamos?

- Pra onde? - Deixei o celular do meu lado e franzi o cenho.

- Se arrume, Katsuki acordou e quer te ver. Daqui alguns minutos Fumiko e os outros vão chegar, e aí vamos poder ir ver seu loiro. - Ele sorriu e eu afirmei. - Quer que eu pegue ele? - Perguntou já se aproximando e eu neguei.

- Consigo me virar. - Falei e Yuri afirmou, saiu do quarto e respirei fundo. Tirei o bebê do meu peito e o coloquei deitado na cama, Satoro ainda dormia.

Levantei e fui até o guarda-roupa, tirei algumas peças de roupa e fui tomar banho, quando saí do banheiro me vesti e peguei Satoro, desci as escadas e assim que cheguei na sala encontrei todos ali.

- Príncipezinho. - Fumiko pegou o filho. - Obrigada por cuidar dele.

- Não foi nada, ele ficou quietinho. - Sorri.

- Vamos? Eu vou te levar até o hospital. - Masaru foi até o carro e eu o segui.

Em meia hora já estávamos em frente ao hospital, desci do carro e quando passei na recepção me informaram que Mitsuki estava fazendo companhia ao filho no quarto 128. Eu e Masaru andamos até lá e o mais velho entrou primeiro, mais alguns minutos e o casal estavam saindo juntos.

- Ele quer muito te ver. Vamos falar com Rayden, ele vai trazer a "criaturinha" aqui. - A mãe do meu namorado disse e eu afirmei. Entrei no quarto e vi Katsuki sentando na cama.

- Oi... - Ele disse e me aproximei, sentei ao seu lado e o abracei.

- Fiquei preocupado...

- Minha mãe disse. - Beijou minha bochecha. - Eu estou bem.

- Pensei que fosse morrer. - O olhei nos olhos.

- Mas não morri. - Me deu um selinho. - O bebê... - Olhou para a própria barriga, ela estava um pouco maior do que antes de Bakugou ficar grávido. - Rayden não disse o que aconteceu, minha mãe também não falou nada... - Seus olhos marejaram. - Meu Deus, Eijiro, o bebê morreu?! - As lágrimas já começaram a cair. - E-Eu tentei fazer com que aquele cara não acertasse minha barriga, até coloquei minha mão na frente mas... Me desculpa, Eijiro! - Ele começou a soluçar e senti um aperto no peito. - É tudo culpa minha, se eu não...

M.E.LOnde histórias criam vida. Descubra agora