Já faz um mês que ele voltou para o exército. O tempo está voando e a saudade me maltrata a cada dia. Em um mês o bebê deve nascer. Meu coração está apertado de saber que ele não vai estar comigo.
Tenho me ocupado trabalhando no estúdio e conversando com a minha irmã. As vezes, fico na empresa vendo o Jimin e o Hoseok ensaiar e morro de vontade de dançar junto mas, eles me proíbem. Então, quando estou em casa, fico praticamente no sofá vendo filme com a cabeça no colo do RM que se acostumou a ficar enrolando meu cabelo nos dedos dele.
Nos raros momentos que fico sozinha, gosto de olhar para o quarto que montei para o Marcos...Minha irmã já conversa com a minha barriga chamando ele de Marquinhos... Já os rapazes o chamam de Hyeon, para eles, o nome Marcos é estranho de falar. No coreano, algumas palavras e sons são complicados.
Meu bebê tem sorte de ter 2 nomes. Mas vou fazer questão dele aprender português. Eu quero ele conversando com meus pais na nossa língua nativa.
Encosto na parede, respiro fundo e vejo que o quarto dele ficou realmente lindo... Todo em preto e branco com tema de música e piano. Fiz questão de colocar expostos os presentes que ganhei das armys. O armário de roupinhas dele é enorme, além das que os patrocinadores mandaram como a Dior e a Puma, as que ganhei também são as coisas mais fofas. Quando ele crescer vou fazem um grande bazar de doação, penso.
Abro um sorriso e vou para a sala em direção ao piano... Em cima dele coloquei fotos nossas na turnê, no Rio de Janeiro quando ainda nem namorados éramos, do nosso primeiro encontro em Nova York, do nosso casamento... Olhar essas fotos me faz ficar feliz.
Me sento e começo a tocar "Clair de Lune", uma antiga música que minha avó me ensinou quando criança. Essa música combinava com a lua cheia que estava despontando no céu no inverno de Seul. Essa música também representava um pouco da tristeza que eu sentia por ele não estar comigo.
E assim, enquanto eu tocava, sentia minha barriga se mover. Mas ela se movia de uma forma diferente. Eram chutes fortes. Eles não paravam, doíam e muito.
Cada chute era uma dor maior. Nunca havia sentido esse tipo de dor. Começo a largar a mão em cima das teclas do piano, fecho os olhos e me curvo. A dor está ficando impossível de aguentar. Quando olho para baixo vejo que estou sangrando...
Me levanto com dificuldade e pego o meu celular... Estou sangrando muito...
-Jonnie, me ajuda!!!!! - Falo sussurrando enquanto a dor me corrói por dentro.
Essas são as únicas palavras que consigo dizer e desmaio.
POR NAMJOON
Estou aproveitando o tempo livre para escrever umas músicas para a minha mixtape. Casa vazia é sinônimo de tranquilidade até que meu telefone toca... é a Elena.
-Oi Lena!!!! - Digo com uma voz feliz.
-Jonnie, me ajuda!!!!! - Responde a Elena sussurrando.
-Elena!!! O que houve? Elena!!! Me responde!!! Elena!!! - Grito sem resposta alguma.
Pego a primeira camisa que vejo, coloco e desço em direção ao apartamento dela. No caminho encontro o Kook chegando, mal respondo a ele e desço pelas escadas como um louco.
Digito a senha do apartamento dela e vejo a Elena caída.
No chão branco do apartamento, um rastro de sangue desde o banco do piano forma uma marca que me faz perder toda a minha concentração.
Corro em direção dela e a coloco no colo para levá-la até o sofá. Ela está pálida e gelada mas, respira. Ligo para o médico dela na mesma hora a notícia acaba comigo.
Ela estava tendo um aborto espontâneo!
Fico em estado de choque. Estavam enviando uma ambulância. Ela e o bebê corriam risco de vida.
Eu, que sou ateu, nessa hora pedi a Deus que nada acontecesse a ela e ao bebê!!
-Deus, por favor, se você existe, não deixa nada acontecer a eles, por favor!!! - Eu já não falava, eu gritava igual a um louco insano enquanto abraçava ela!!!
A doce Elena estava novamente caída no meu colo e dessa vez, o risco era real não só dela mas com o do filho dela.
Não, ela não ia morrer nos meus braços!!!! Nem ela e nem o bebê!!!
O Yoongi nunca ia me perdoar se isso acontecesse.
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A Produtora 1 - Unidos pela Música
Fanfiction"Em seus braços, meu sorriso abria tão fácil quanto os olhos dele fechavam. Juntos, nós éramos caos, furação e um fogo infinito... Uma combinação perigosa, mas que dava certo!" Elena é uma produtora musical brasileira e, durante suas férias de traba...