Hora do Show

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São Paulo, Brasil. Um público de cerca de 50 mil pessoas esperavam pelo show. Era o maior público de toda a turnê. 

Estávamos com  375 toneladas de equipamento que viajavam conosco desde a turnê na Ásia. A  estrutura era composta por um palco principal, passarela e um palco secundário que pegava a metade do campo de futebol do Allianz Parque. Ainda tínhamos sete telões com um pentágono central projetava imagens e efeitos de cada performance, enquanto dois gigantes laterais projetavam o show para os fãs que estavam mais distantes do palco, nas arquibancadas. ainda tínhamos todos os equipamentos de luz e efeitos especiais como bombas de água, fogo, confete e muito mais. Era uma loucura!

Ali não era brincadeira, a expectativa das armys brasileiras era alta. Gritos a cada vídeo no telão era ouvido no camarim inferior em que estávamos. A gritaria dentro do estádio era ensurdecedora e amplificada cada vez que um dos sete integrantes ganhava destaque no vídeo.

Corro para a sala de comando de luz para poder, além de ver se está tudo bem, ter uma visão do estádio. Cheguei no momento exato de fazerem as conexões das Army Bombs. E assim, um mar de luzes roxas tonou o Allianz Park ainda mais bonito. 

Nesse momento, senti meu coração apertar a medida que as luzes piscavam. A medida que cada grito era mais forte. Respirei fundo, ajeitei meu rabo de cavalo e cravei o fone no meu ouvido.

Fechei os olhos e fiz uma prece na minha religiosidade particular para que tudo corresse bem. Para que todos fizessem um show épico. Ali éramos uma família. Um dependia do outro!

Eu sabia o quanto era importante para eles o show no Brasil. As fãs brasileiras sempre foram um destaque com seu carinho com o grupo. Eles sabiam disso. E eles as amavam!

Na noite passada, o Yoongi, que dorme fácil, levou algum tempo para "desligar". O vi rolar de um lado para outro e trocar mensagens com Namjoon sobre tudo que poderia acontecer e como contornar. 

A preocupação se dava pois, o tempo poderia mudar. Havia uma previsão de chuva. E nada os deixava mais apreensivo do que a palavra chuva. O significado era, palco escorregadio, ou seja, tombos eram possíveis a cada coreografia mais elaborada. 

E para mim, era a correria de mandar cobrir canhões de luz, equipamentos de retorno, teleprompter... Além disso, ainda tínhamos que conferir se os efeitos continuavam os mesmos com a cobertura dos equipamentos e ter a certeza de que tudo estava bem preso. 

Enfim, era trabalho dobrado pra gente e um trabalho muito mais perigoso para eles, pois, um tombo de mal jeito no palco, poderia ser sinônimo até de uma fratura. E ainda tínhamos os shows na Europa antes de fechar a turnê e finalmente irmos para casa.

Logo, meus breves pensamentos misturados com a minha prece são interrompidos pelo meu rádio que começa a dar sinal.

-Lena, preparar microfonia! 30 minutos para abertura. Hora do show garota!!!! - Diz um animado Sejin.

-Copiado!!! E vamos quebrar tudo. Camarim zero um em dois minutos. -Repondo.

E assim, Pego meu colar de diamante, o aperto, coloco para fora da minha blusa preta de Bts staff e saio em disparada ao camarim para darmos início a preparação. 

Era hora do show! 


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