Open Tour

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Conforme prometido, Suga fez um puta de um show. Estava mais elétrico que o normal. Todas as vezes que eu o via nas trocas de palco, eu ria pensando no que fizemos.

Na famosa hora da subida do palco no fim do show, Sejin vem me puxando pelo braço com ele. Respiro fundo e vou. Não tenho mais nada a esconder, aliás, fico até feliz que algumas Armys me aceitaram super de boa, claro, tem as que me odeiam também, mas faz parte. Mantenho minha compostura e profissionalismo ficando ao lado de Sejin, mas ao verem minha subida no palco, os gritos são ainda maiores. Suga olha para mim e pisca o olho, retribuo com um leve aceno abaixando a cabeça para todos.

Começa o encore e So What  já dá sua introdução. A dance line está toda junto de nós. Começamos a pular na parte de trás do palco. Mas meus olhos não desgrudam do Suga, ele fica lindo de jeans, camiseta preta e com a bandana na testa. Me deixo levar pela vibe da música e do estádio. Me solto na batida e Hoseok se junta a mim com Jimin e começamos a dançar até o chão no melhor estilo funk coreano. As armys começam a gritar e levanto um pouco da blusa do Jimin... Gritos ainda maiores são dados. Suga vê a cena e faz cara de espanto colocando a mão no rosto e rindo. Até que uma cena chama minha atenção, algumas armys da frente levantam fotos minha com o Suga na Rolling Stone e fazem corações. Aquilo acabou comigo. Corro para a frente do palco, me sento na beirada e peço ao segurança para me descer. Fico entre as Armys e a barricada e danço com elas. Parecíamos cheearleaders, pulando como loucas. Começa Anpanman, e como eu sei um pouco dessa coreografia, já que tive o melhor professor do mundo, que é o Hoseok, começo a dançar na barricada. Sejin se anima e desce ao meu encontro junto com a turma da dance line. Começamos a puxar coreografias. Como o trabalho já havia acabado, era um momento de rara descontração de todos. Era a abertura da turnê! 

A última música do encore começa, é Answer: Love Myself. Começamos a sair de volta ao backstage e algumas armys pedem foto comigo. Então, os canhões de serpentinas são ativados e vejo uma imagem linda de baixo. Suga olha pra mim do alto do palco e sorrio para ele. Ali, ele era um showman, fazendo o que sabe de melhor.

Sejin me puxa e voltamos ao backstage para esperá-los sair do palco. Assim que eles saem, nos abraçamos todos! O primeiro show foi um sucesso! Tudo saiu como o planejado.

Suga puxa seu retorno da orelha, desliga o receptor e corre para me abraçar.

-Foi para você! Eu te amo, Min Lena. -Diz ele no meu ouvido.

-Eu também te amo muito. - Respondo a ele.

-Aiiii esse casal... – Diz Jin.

-Deixa o hyung que ele hoje está animado. – Comenta Jimin rindo.

-Vamos tirar esses equipamentos! – Respondo a todos.

E depois que tal umas bebidas? – Pergunta Sejin.

-Mais que fechado! – Responde Tae.


POR SUGA

Hoje foi o primeiro show de vários que iremos fazer ao longo desse ano. E ela me quebrou com o que fez comigo. Nunca nesses anos, imaginei que iria fazer isso um dia... Ter a mulher que eu amo num banheiro de backstage de um show do grupo. Ver aquela mulher linda e forte na minha mão, me faz sentir melhor. Me faz querer casar com ela, cuidar dela. Ela é como eu, mas sei que, no fundo, é um doce e uma menininha.

Subi naquele palco com o meu máximo de disposição. Vê-la no encore se divertindo, sem estar presa e com medo, como nos shows anteriores, me deu um grande alívio. Ver que algumas armys levaram nossas fotos e a Lena foi ao encontro delas, foi lindo. Ela brilha mais que o diamante que dei para ela. Acho que chegou a hora de dar um anel para ela. Mas será que eu serei meio velho de fazer isso? Fico imaginando aqueles dedos longos de pianista dela ostentando um enorme anel de diamante para tocar no nosso piano.

Dizem que sou um cara fechado, seco e sem coração, mas, não é verdade. Apenas, às vezes, não sou tão aberto quanto gostaria. Gosto de ficar no meu canto. Mas, agora, quero ficar no meu canto com ela. Ela está abrindo meus sentimentos cada vez mais... Eu descubro territórios distantes quando ela sorri para mim. Eu quis morrer quando ela bateu a porta do estúdio e me deixou. Eu me dei conta de que, no meio de tanta loucura e aventura que é minha vida, no último ano, é ela quem entra e sai de mim o tempo todo, desmontando minhas convicções e fazendo com que eu precise ainda mais dela.

Que se dane minhas convicções, eu vou dar esse anel para ela no dia do seu aniversário. Ela sempre diz que pulou em um precipício se juntando a mim, mas agora, sou eu que vou pular para ficar no encontro dela...

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