2 - Ciumenta!

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Maria

—Ih, lá vem a namoradinha surtada. —disse Paty se afastando do Vitor com as mãos levantada como num assalto.

—Surtada?! Você está aproveitando  sua função pra passar a mão no meu namorado e acha que eu vou ficar quieta?!

Vitor ficou na minha frente, me impedindo de me aproximar daquela cobra, e pedia pra eu me acalmar.
Se ele não tivesse me segurando, eu já estaria socando a cara dela.

—Queridinha, esse aqui é o meu trabalho. Tenho que fazer de tudo pra foto ficar perfeita, isso inclui ajustar a postura do seu namorado, e pra isso... Tenho que tocar nele. —ela sorriu com deboche.

—Eu vou tocar sua cara também,  sua...

—Epa! O que está acontecendo aqui? Ouvi gritos. —Ricardo Costa apareceu na porta.

—Não é nada não, senhor Ricardo. —Cadu se atirou na frente dele falando de boca cheia. —elas só estavam brincando! Elas são TÃO amigas.

Me recompus, Vitor estava falando algumas coisas no meu ouvido, e a voz dele conseguiu fazer com que eu me acalmasse um pouco.

—Tem certeza? —Ricardo perguntou desconfiado. — Filha? Aconteceu algo de errado?

Paty nos olhou como se estivesse decidindo algo e então finalmente disse:

—Tudo certo, pai. —ela disse e então o pai dela foi embora acreditando nisso.

Vitor me puxou pra um canto.

—Ciumes da Paty? É sério? —perguntou calmamente.—Não confia em mim?

—Em você eu confio. Não confio nela. —eu disse evitando olhar pra ele, estava com vergonha por ter dado um ataque.

—Ei. —ele levantou meu queixo delicadamente para que eu o olhasse. —Eu sou todinho seu, não precisa ter ciúmes.

Sorri.
Como ele consegue ser tão lindo?
Ele me deu um beijo delicado.

—Te amo. —eu disse.

—Também te amo, e muito. Você é exclusiva no meu coração.—ele deu um beijinho na minha testa.

—Essa foto é pra hoje, eu não tenho o dia todo! —Paty reclamou de longe.

—Cala essa boca aí, patricinha! —respondi.

Vitor riu.

—Você é linda, e fica ainda mais com essas bochechas vermelhas. —Ele disse me olhando.

—Tô com vergonha do mico que eu paguei. —confessei sentindo minhas bochechas esquentarem de tanta vergonha.

—Eu sei, e preciso registrar isso. —Vitor tirou uma foto minha com seu celular rapidamente e me deu um selinho antes de voltar correndo para as fotos, sem me dar tempo de protestar.

Fui sentar junto com os meninos, que começaram a cantar a música: ciumenta, do César Menotti e Fabiano pra mim, depois de os próprios terem colocado pilha pra eu ir arrebentar a cara da cascavel.

Ciumenta, para se ser tão ciumenta, desse jeito nenhum homem te aguenta, ahh eu já nem sei o que fazer! —Faziam coro.

—Idiotas! —eu disse querendo rir.

A Paty estava respeitando o espaço do Vitor dessa vez, deve ter ficado com medo de uma das minhas mãos acertar o nariz dela e ela ter que pagar uma outra rinoplastia.

Na hora das fotos do Vitor ela estava toda preocupada para a foto sair perfeita, mas nas minhas, ela deixou de qualquer jeito, nem ligou para minhas poses, e muito menos pra minha postura, só confirmando o que eu já sabia, ela queria mesmo passar as mãos no meu namorado.

INSANOS - Sequência Imperdível de Maria MachoOnde histórias criam vida. Descubra agora