34 - Aliada

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Maria

Em 2 horas, conseguimos tudo que precisávamos pra missão linha de fogo.

João, implantou escutas, tanto no Vitor, quanto no PH, para que pudéssemos ter o controle da situação, e sabermos quando exatamente agir.

Estávamos todos nervosos, tanto, que o PH teve a ideia de fazer um minuto de oração.

—Vamos precisar de uma ajuda divina, então, cada um faz uma oração particular, em pensamento mesmo. —ele disse.

Todos concordamos.

Eu pedi para que todos estejamos em segurança no final de tudo isso.

Depois disso, um pouco mais calmos, seguimos até a boca.

Eu seria a primeira a agir. Só de descer do carro, minha pernas já estavam bambas, e eu ainda nem tinha visto os bandidos.

PH e Vitor estavam me escutando, graças ao microfone que João arranjou, pra eu dar o sinal de que eles podiam entrar, mas eu não conseguia ouvir eles.

Eu estava usando um vestido curto e colado, Soltei meu cabelo e passei um batom vermelho, pus um salto que eu mal conseguia me equilibrar. Depois de andar alguns segundos, desisti e segurei os saltos na mão.

Tive a ideia de começar a correr, pra parecer mais real, e eu chegar no beco ofegante.

A primeira coisa que avistei quando olhei pra entrada do beco, foi 2 homens armados.

Cheguei correndo e chamando a atenção deles.

Que pressa é essa, novinha?

Meu coração estava acelerado de medo e de cansaço, e eu não sabia mais diferenciar isso.

—O meu namorado quer me matar! —eu disse em tom desesperado.

Te matar? Cadê esse maluco?

—Ele me bateu! Eu fugi dele porque ele disse que ia me matar! Preciso da ajuda de vocês, eu moro ali na rua de baixo, ele está em casa e tem um cara lá que tá ajudando ele a quebrar tudo na minha casa, eles dois vão me matar e acabar com minha casa, Preciso de vocês!

—Na rua de baixo? Aí você complica pro meu lado, novinha..

Por favor! Eu preciso da ajuda de vocês! —comecei a chorar de medo e desespero —Eu imploro!

—Que isso, bebê. Não chora não.  Pode deixar que a gente vai lá estourar a cabeça desse maluco, mostra pra gente onde é a casa.

Eu nunca tremi tanto na minha vida.

Eu estava literalmente andando ao lado de 2 bandidos armados, que diziam o tempo todo que iam estraçalhar o homem que me fez chorar, mas sabiam que eu só consegui chorar, porque estava com tanto medo deles que achava que ia literalmente morrer de medo.

Espero que os meninos já tenham entrado.

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PH

Vitinho e eu entramos assim que a Maria conseguiu arrastar os dois bandidos da frente.

Agora não tem mais volta, estamos dentro.

A mochila que eu estava carregando, estava com muito dinheiro, tanto que eu acho que nunca vi tanta grana em toda minha vida.

Enquanto passávamos aquele enorme beco, eu rezava para que tudo desse certo.

—Entra como se já estivesse acostumado com o ambiente, não fica olhando pra todos os lados. —eu disse ao Vitinho.

INSANOS - Sequência Imperdível de Maria MachoOnde histórias criam vida. Descubra agora