INSANOS - Sequência Imperdível de Maria Macho

41 - Tem certeza?

Maria

Eu realmente achei que tinha me livrado da Paty, mas essa garota sempre vai dar um jeito de infernizar minha vida.

Os meninos tem razão, é culpa minha a gente não ter mais tantos patrocinadores, ninguém quer sua marca envolvida em escândalos... E convenhamos que eu sou boa neles.

Aconteça o que acontecer, eu não vou mais abaixar minha cabeça pra patricinha.
Eu já estava preparada pra o que estava por vir.

No dia que fomos chamados pro estúdio para tirar fotos com ela, eu já previa algum comentário sujo vindo dela.
Mas assim que chegamos, parecia que ela só tinha chamado a gente lá pra me atingir.

—Insanos, quanto tempo, não?! —ela disse assim que nos viu.

Chegava a ser constrangedor... O que ela esperava que fizéssemos? Que corressemos para dar um abraço nela?!

—O meu pai chamou vocês aqui, porque ele quer colocar a nossa foto no site da nossa loja, e... Vocês meio que fazem parte da história da nossa loja... Ele está me tornando a mais nova diretora dessa filial. Ele vai passar pro meu nome no meu aniversário, a festa é pra comemorar os dois. —ela disse num tom empolgado, mas ao mesmo tempo demonstrando todo o desprezo que tinha pela gente. —Não pensem que vão tirar fotos comigo com essas roupas de mulambentos. —ela jogou algumas camisas pros meninos. —E pra você, Maria... Só achei esse vestidinho que ainda vamos lançar na loja.

Vestido? Tá de sacanagem?

Peguei o tal vestido que ela jogou pra mim no ar e fui pro banheiro, já esperando que ela viesse atrás pra me atazanar.

—E então, Maria... Quer dizer que você e o Vitor fugiram pra longe daqui, é? —ela riu.

Não respondi.

—Finalmente deu pra ele? —perguntou me fazendo paralisar por alguns segundos.

Fingi que ela não tinha dito nada.

—Ah, qual é, Maria! Você foi pra uma praia deserta com ele e não realizou o sonho do garoto?!!! Sua cara me diz que ainda não rolou... —ela riu mais ainda.

—Por que está tão interessada na minha intimidade com o Vitor, Paty?! Parece até que quer fazer parte. —eu disse, fazendo-a se assustar.

—Ai Maria... Acho que mesmo se eu gostasse me mulher, você não seria o meu tipo, sabe fofa? Mas já o Vitor... Nossa.. ele andou malhando? Tá um gostoso...

Entrei na cabine do banheiro pra trocar de roupa, fingindo não ter ouvido o que ela acabara de dizer, eu estava prestes a cometer um crime.

—Ainda com medo de trocar de roupa na minha frente? Pode ficar tranquila que eu não vou mais zoar os seus peitinhos de azeitona. Acho que te deixa mal não é?

—O que me deixa mal é olhar pra essa sua cara de Cascavel.

—Maria...Maria.. eu estou dizendo o que nenhuma amiga sua tem coragem de te dizer. Ele não vai aguentar te esperar por muito tempo. Ele é homem. Os homens precisam disso, é diferente. E quando isso não aguentar mais...ele vai vir correndo atrás de mim.

—Você fala tanta merda, mas tanta merda, que as vezes eu tenho a impressão de estar falando com uma privada.

Ela ficou sem reação, e eu saí esbarrando nela de propósito.

Tirei aquelas malditas fotos com ela e com os meninos.
Eu não via a hora de ir embora daquele lugar.

Quando finalmente ela nos liberou, parecia um sonho.