Helena
— Odeio espetáculos públicos e na verdade odiava estar no meio de tanta gente é claro que grande parte deles nem eram humanos e sim aberrações!
Angelica:– Por que está rindo assim garota!?
— Tínhamos ficado em fila tanto os caçadores como as caçadoras esperando que alguém fosse falar de uma vez já que tínhamos sido mandados para o palco principal na praça onde tinham cinco cadeiras pretas e um microfone com uma enorme televisão para transmitir o que quer que fosse dito.
Helena:– Como está a Monalisa?
Angelica:– Não contei?
Helena:– Não.
— Angelica estava em pé na minha frente e mesmo sabendo que seria um aviso breve tinha demorado muito mais do que esperava.
Helena:– Vamos virar estátuas de tanto esperar?
— Algumas pessoas riem ao meu redor mas depois que termino de falar o próprio conselheiro e escoltado por vários soldados que o seguem até subir no palco,ele tinha uma aparência jovem e olhos puxados e pele branca quase fantasmagórica e aparência magra e cabelos curtos e negros com olhos castanhos claros.
Angelica:– Pelo menos o cara continua gato hum!?
Helena:– Me poupa Angelica!
— Minha amiga tinha uma pequena queda por esse tipo desde a primeira vez que o viu pela televisão alegando que mesmo sendo o que era já que provavelmente deveria ser uma dessas coisas era mesmo uma gracinha.
— Ele começa à falar que agradece por todos estarem naquele momento tão especial da Fortaleza e como se tivéssemos escolha de qualquer maneira em seguida chama mais alguns membros do conselho que eram tão sérios e formais que me dá vontade de dormir e eles são escoltados por mais soldados e se sentam em suas respectivas cadeiras,eram três no total dois homens e uma mulher e por fim a cereja daquele bolo nojento quando o vejo aparecendo tão formal que nem sei de onde surgiu toda aquela elegância desde o paletó negro até os cabelos presos e penteados para trás e o meio sorriso como se tivesse à fim de provocar briga.
Helena:– Athos?
Angelica:– O que disse?
Helena:– Nada amiga!Continue prestando atenção beleza!?
Angelica:– Tá bem.
— Não conseguia acreditar no tipo de peça que tinha me pregado no deserto quando resolveu me ajudar e também lutar pelas minhas amigas e confesso que no primeiro dia quando tinha acabado de chegar no helicóptero fiquei pra baixo por tê-lo deixado para trás mas quando o conselheiro apresenta seu Alfa de volta todos os lobisomens ao nosso redor soltam aplausos e saudam o desgraçado como algum tipo de herói!
— Ele se aproxima do cara que com um sorriso caloroso lhe dá espaço para falar e assim nos observa como se tivesse procurando alguém na multidão de rostos,então desvio meu olhar para o chão porque não o suportaria demonstrar o quanto está com raiva de tê-lo deixado para trás e assim me acusar para seus colegas como uma traidora covarde.
Angelica:– Nossa!Você viu aquilo amiga!?
— Falo sem emoção alguma na voz sem nem mais olhar em sua direção mas extremamente puta por ter deixado o próprio Alfa fugir de minhas mãos já que poderia ter até ficado livre depois dessa pelo que ouvi da importância desse cara em seu país.
Helena:– Não o que?
Angelica:– Ele parecia estar te observando e até sorriu!
— Angelica tinha uma alegria bem infantil porque acreditava ainda em contos de fadas idiotas e adoraria ter um filho e quase caia da cadeira do bar uma vez que não ligava a mínima se teria uma criança humana ou até um lobinho com algum deles é claro que estava sendo modesta já que a pessoa em questão que deixava minha melhor amiga dançando com tesão em sua cama à noite está do lado do desgraçado de Athos.
— Alguns minutos se passaram enquanto falava sobre a importância de ter retornado depois de vários anos vagando pelo deserto e chegou mesmo até em desistir da sua própria existência quando um anjo tinha salvado sua vida e lhe trazido de volta a verdadeira existência.
Helena:– Só pode ser brincadeira!
Angelica:– O que disse?
Helena:– Nada!
— Ouvia aquilo com ânsia de vômito não porque estivesse chato mas sim olhar e escutar Athos falando era pior do que passar vários dias no deserto esperando apenas a morte chegar e a pior parte daquela loucura toda e que a ferida na minha perna causada por um deles não estava cicatrizando muito menos dando algum sinal de que iria ficar boa de novo e eu sabia o que aquilo significava.
— Quinze minutos passaram e finalmente Athos achou melhor passar a vez para seu conselheiro e seu nome acredito que era Jung já que Angelica era melhor do que uma revista de fofocas de antigamente então lhe perguntava tudo.
Jung:– Assim teremos essa noite livre para comemorar,caçadores vocês mereceram por cada trabalho prestado ao nosso povo.
Helena:– São muito safados mesmo!
— Ele tinha esquecido de falar que foi por causa deles que fomos quase extintos e domesticados como animais,então fomos liberados finalmente,no caminho vários sorrisos e conversas sobre uma possível comemoração entre os maiores prédios dos lobisomens e isso queria dizer abusar das humanas usadas como escravas.
Helena:– Que nojo!
Angelica:– Eu com certeza irei e você!?
Helena:– Dispenso!
Angelica:– Não fique com essa cara amarrada sabe que te adoro né!?
— Ela entrelaça seu braço no meu e vamos assim até a rua do meu bar onde aos poucos os outros vão se dispersando e nos vemos Christina segurando Monalisa que parecia até melhor e nesse caso mais corada.
Helena:– Não acredito!
Angelica:– Vamos!
Helena:– Quando deram alta à você!?
Monalisa:– Pouco tempo e então um dos guardas falou do evento de hoje!
Christina:– Festa então?
Angelica:– Pode apostar nisso!
Helena:– Que ótimo.
Monalisa:– Parece que alguém está puta?
Angelica:– Não liga pra elas amiga.
Helena:– Acreditem se quiserem mas o mesmo cara que me ajudou no deserto à resgatar vocês é o Alfa.
— E todas falaram um"QUE!?"tão alto que parecia que eu ficaria surda.
Helena:– Vamos entrar porque vou contar tudo.
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Criança Selvagem
WerewolfEm um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...