Capitulo 14

1.2K 138 0
                                    

Helena
- Será que seria diferente se tivesse notado a loucura que se instalava por meu pais?Todas as pessoas mordidas e agindo como cães raivosos uns com os outros?Mas dúvido muito que naquela altura pudéssemos ter ido longe,pelo que tinha assistido na televisão havia diversos casos de doenças que incluíam febre e bastante agressividade em seguida mas nada muito claro além de que se algum desses sintomas fossem sentidos que ficassem todos de quarentena em casa.
Helen:- O que acha disso?
- Eu já tinha aprontado sua mochila e a minha enquanto estamos no nosso quarto assistindo o plantão vinte e quatro horas e mais notícias chegavam até que fechei a televisão e puxei sua mão.
Helena:- Não assista essas porcarias,vem!
- Faria diferença se alguma vez na vida tivesse dado ouvidos à ela e esperado?Nunca vou saber mas algo em meu interior gritava que sim,como poderia imaginar que essa bizarrice no mundo ia acontecer?
Athos:- Delícia?Está tudo bem?
- Tinha me demorado na banheira com água quente do cara porque nunca tinha tomado banho numa dessas e também porque ultimamente pensamentos vinham até mim como sonhos ruins à noite e não conseguia parar de imaginar se seria diferente.
Helena:- Já vou sair!
- Me levanto e pego um roupão negro que ao vestir sinto a maciez do tecido até perceber que era seda.
Helena:- Nossa.
- Pensar que aquelas"coisas" viviam com tanto luxo enquanto à maioria de nós vivíamos como ratos apenas esperando mais ordens e amontoados e muitas vezes esquecidos no tempo.
Helena:- Desculpa a demora.
- Tinha saído do banheiro e mesmo me sentindo bastante suja não poderia negar o quanto me sentia revigorada com esse banho.
Athos:- Não tem problema.
- Sinto o olhar dele percorrer cada parte do meu corpo e isso me dá um grande arrepio no pé do estômago mas ao mesmo tempo sinto algo estranho entre as pernas.
Athos:- Não estou sendo um tarado delícia.
Helena:- É mesmo?Porque em outros meios seria chamado assim.
- Tento pentear meus cabelos com meus dedos já que não tinha achado nenhum pente para desembaraçá-los até que novamente Athos surge.
Athos:- Posso pentear para você?
Helena:- Sim.
- Não sei porque de primeira aceitei mas então me lembrei da minha irmã que quando estava com muita preguiça sempre me pedia para pentear suas madeixas e assim me contava como tinha sido seu dia e tudo mais era nosso momento de conforto e ao sentar na cama na frente dele enquanto Athos ficava por trás com aquele pente negro mais memórias voltavam como se nunca tivessem sido esquecidas.
Athos:- No que essa mente perturbada está pensando?
- Para que me esconder agora?Tinha passado tanto tempo sem falar deles e até mesmo com minhas amigas que as vezes me perguntavam sobre minha família e minha vida antiga mas só dava respostas vagas não a profundidade real que uma conversa como essa merecia.
Helena:- Minha irmã Helen.
Athos:- Até seus nomes são parecidos em?
Helena:- Meu pai que colocou na gente.
- Tinha adorado por tanto tempo uma figura que nunca existiu de fato ele era um desgraçado que abusou da própria filha e talvez fosse tentar a mesma coisa comigo.
Helena:- Merda!
Athos:- Desculpa.
Helena:- Pelo que?
Athos:- Eu puxei seu cabelo?
Helena:- Não foi isso só continue.
- Tinha colocado minha mão na dele,para que estava tentando fazer esse tipo de aproximação!?Então rapidamente retiro ela e guardo esse tipo de toque apenas para minhas amigas.
Athos:- Já esteve com um homem antes delícia?
Helena:- Por que deveria te responder?
Athos:- Já me respondeu.
- Ele continuava com aquele passar lento e gostoso em meus fios e me perguntava se tinha matado a xarada de que era virgem e que preferia morrer do que deixar um monstro me estuprar como as outras escravas espalhadas por esses enormes prédios.
Helena:- Eu não quero ter relações com uma aberração.
- Talvez aquilo tenha lhe atingido aonde queria que atingisse já que tinha parado de me pentear e agora esperava que me colocasse para fora com a raiva conhecida de sua espécie mas ao invés disso senti apenas sua respiração quente em meu ouvido.
Athos:- Eu não quero ter relações com uma caçadora delícia mas...nem sempre temos o que queremos.
- E em seguida retorna para seu antigo trabalho é claro que não esperava por uma resposta daquelas mas o idiota conseguia me deixar muda,não sabia se fazia aquilo para me sacanear ou porque queria me fazer entender o que pensava realmente sobre toda aquela situação e aí vem a explosão de raiva quando me levanto bruscamente e fico de frente para ele.
Helena:- Seu povo escravizou o meu e estupra até os dias de hoje!
- Athos fica quieto apenas me observando o que me deixava com mais raiva de machucá-lo como me sentia por dentro.
Helena:- Você me ouviu!?Sua gente vem violentado as mulheres humanas como se fossem animais sem nenhum tipo de escolha seu porco!
- Antes de conseguir bater na sua cara tenho meu braço segurado e sou virada completamente para baixo dele enquanto sentia Athos em cima de mim.
Helena:- Vai!Me mata!Sua gente é ótima em usar a violência desde que isso começou!
- Viro o rosto e fecho os olhos esperando que começasse à me bater como o maldito do meu pai fazia com minha mãe e essa parte apenas eu tinha visto e escondido de todos até de Helen.
Athos:- Um dia desses delícia será você que vai me implorar para te foder até que suas pernas fiquem moles como gelatina e nesse dia...
- Tentava não escutar mais aquelas palavras sordidas só que o cara era maior e puro músculos em cima do meu corpo então fui obrigada à ouvi-lo.
Athos:- Será eu que vou decidir se quero ou não te comer.
- Aquele riso debochado novamente,como se todas as células do meu corpo estivessem reagindo de uma maneira quase violenta à ele e tudo que começava à significar em minha vida.
Athos:- Está molhada não está?
- Mesmo esperando que não soubesse esse cínico do caralho acaba por descobrir aquilo que não queria revelar nem a minha própria alma.
Athos:- Sei que está porque consigo farejar esse aroma tão doce entre suas pernas delícia.
Helena:- Maldito!
- Finalmente sai e sinto um enorme alívio porque estava me sentindo indefesa em muito tempo não me sinto assim e esse desgraçado me fez lembrar que mesmo me transformando ainda era humana.
Helena:- Aonde você vai!?
Athos:- Dormir!
Helena:- Mas esse é seu quarto!
Athos:- Não vou ficar do lado de alguém que fala do meu povo como se soubesse mesmo da verdade!
Helena:- Eu sei de bastante coisa!
Athos:- Você não sabe de nada delícia.

Criança SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora