Helena
— Eu odiava ser acordada cedo para fazer qualquer tipo de trabalho para eles e lembro que no último que fomos chamadas levantamos quase as quatro da manhã é claramente uma maneira de falar que somos apenas soldados subordinados e que nosso lugar era ser mandado por aquelas coisas.
Monalisa:– Se fosse você ficava mais calma.
Helena:– Desculpa não poder discutir mas é porque estou ainda dormindo.
Angelica:– Então acorde!
— Levo um certeiro tapa na cara dela que sai rindo enquanto colocava outra arma na sua mochila.
Christina:– Precisa se soltar um pouco sabe disso não é?
— Tinha me sentado numa cadeira enquanto esfregava o rosto depois do bom trabalho de Angelica em mim.
Helena:– Estou solta até demais e se não se importam garotas?Ei cabeça de vento!
— Tinha pego a atenção de Monalisa porque odiava quando alguém lhe chamava por esse apelido.
Monalisa:– O que foi garota insuportável!?
Helena:– Tomem muito cuidado ok!?
Christina:– Ela gosta mesmo da gente galera!
— Essa insuportável tenta me abraçar meio que por brincadeira e também por estar falando sério só que foda-se porque iríamos entrar em um território perigoso onde as variadas tribos tinham um gosto peculiar por carne humana e não estavam muito abertas para conversar apenas que a missão que tinham passado era capturar além de alguns prisioneiros um em especial que não tinha contado ainda para as meninas até porque não sabia que elas seriam capturadas tão rapidamente só que a pessoa em si tinha ligações ou informações sobre a localização do Alfa e na época nem entendia que tinha nas mãos o próprio pelo menos não era um completo imbecil como os outros que comandavam diversos países à fora.
— Meio que despertando acabei passando as mãos por algo muito macio e não tinha dormido tão bem assim em muito tempo até que sinto algo percorrendo meu corpo,primeiro por minha cintura até subir um pouco e parar na curva do meu braço é quando sinto uma respiração quente na curva do meu ombro.
Athos:– Bom dia delícia.
— Isso com certeza não fazia parte dos meus pensamentos perturbados então dei um grande pulo da cama.
Helena:– O que está fazendo aqui seu animal!?
— Não tinha entendido bem as coisas na noite passada mas se bem me lembro o idiota tinha saído com raiva de mim pelas diversas palavras que cuspi em sua cara.
Athos:– Esse é meu quarto delícia.
Helena:– Não disso eu sei o que quero saber é por que voltou!?Não está com raiva de mim!?
— Ele continuava deitado sem camisa apenas com aquelas benditas calças pretas de couro e descalço seu cabelo caindo pelo travesseiro tão selvagem é quase horrível pensar que o que tem de bonito também tem de insuportável então os níveis eram bastante altos!
Athos:– Você foi uma garota bem malvada ontem a noite só que...
— Ele coça um pouco seu cavanhaque enquanto olhava para o teto tentando imaginar uma resposta boa que não fazia idéia do que iria falar.
Athos:– Eu não consigo sentir raiva de você caçadora.
— Pronto ali era uma boa maneira de dar no pé e me esquecer porque era desse jeito que estou sentindo com tudo ao meu redor.
Helena:– Preciso ir embora!
Athos:– Você sabe que está com minhas roupas não é?
— Droga!Tinha vestido uma enorme camiseta cinza dele e agora mesmo tendo dormido incrivelmente bem estou me sentindo muito envergonhada.
Helena:– Vou me trocar primeiro é claro!
Athos:– Obviamente.
— Por que parecia que está sempre brincando comigo!?E por que parecia que não estava ofendida com esse desgraçado!?Mas ao entrar no banheiro e fechar a porta com minhas roupas nas mãos escutei sua voz.
Athos:– Na verdade caçadora nenhum deles passou a mão em nenhuma das mulheres humanas sabia?
Helena:– Isso é impossível!Soube de histórias lá de cima sobre os estupros que eram cometidos se alguma delas não fizessem o que eles queriam.
Athos:– Você ouviu tudo que eles queriam que passassem para vocês sabe?Essas histórias foram implantadas nas mentes de alguns soldados bem na verdade todos para que não tentassem matar as escravas e quer saber?A idéia foi um sucesso e isso graças ao começo da invasão quando chegou até a minha mesa os abusos de alguns deles e até mesmo mortes de famílias desnecessárias.
Helena:– Minha família!
Athos:– Não era para ter sido desse jeito mas alguns ainda vivem sobre a influência dos costumes antigos e isso ocasionou guerras entre territórios coisa que seu povo é bem conhecido não acha?
Helena:– Por que está me contando isso Athos?
Athos:– Desde que tudo começou só houve dois territórios que libertaram pessoas um ao norte chamado ilha e o meu e sabe por quem começou não foi delícia?
Helena:– Não sei mesmo por que me contaria isso se sabe que posso espalhar esse tipo de informação para as outras pessoas.
Athos:– Se eu achasse que faria isso nem ao menos contaria sabe?
Helena:– Tá tentando me dizer que confia em mim?
Athos:– Estou querendo que saiba que alguém que arrisca a própria segurança para ajudar um colega merece um voto de confiança.
— Estou tocando a porta naquele momento com uma das mãos sem saber por que meu coração estava batendo tão rápido como se fosse sair do peito e também entender quais eram as razões de Athos ter falado daquilo comigo?
Helena:– Athos?
— Não houve resposta só que dentro de mim havia tido uma bastante coerente ele não queria que eu pensasse mais coisas erradas sobre seu povo mesmo assim o abismo ainda existia e chamava todo o tempo embora uma ponte sutil tenha sido colocada entre nós esperava que qualquer outra história que fosse descoberta por mim no futuro não desse brecha para esse caminho feito ser destruído porque embora eu fosse desconfiada sobre tudo e todos naquela hora Athos havia começado um percurso bastante real entre ambos que não sabia onde iria parar apenas que estava animada para começar à conhecer aquilo que se apresentava à minha frente.
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Criança Selvagem
WerewolfEm um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...