Capitulo 2

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Helena
         — Nas primeiras tentativas de posse e controle pelos principais lugares do mundo fomos informados pelos noticiários que era um tipo de doença que transformava as pessoas em seu pior lado cheio de raiva como se não enxergasse nada ou ninguém além da ira,na época ninguém tinha certeza de fato o que era mas tínhamos certeza que não ficaríamos ali esperando para sermos os próximos à morrer de formas tão cruéis.
           — Me lembro de ter desistido de ir pro colégio junto da minha irmã gêmea Helen que assim como eu adorava burlar as leis e sair nas noites sem destino apenas tentando absorver o quanto desse da lua e sua melancolia até sermos perseguidas por um monstro que por mais que tentassemos correr e deixá-lo perdido estava sempre no nosso rastro até que faltando poucas ruas para finalmente entrarmos em casa,esquecer de tudo fomos atacadas na entrada,Helen gritou quando foi mordida no pescoço o que fez meus pais saírem de casa e ao tentar fazer algo por ela sou puxada pela cintura por meu pai que tranca a porta.
Helena:– Mãe eu...
          — Nunca esqueceria as últimas palavras que tinha me dito sobre eu ter matado a filha dela mas eu também era sua então por que falou aquele tipo de loucura?Foi apenas para me magoar?Antes mesmo de tentar lhe perguntar à nossa porta foi arrombada e aquela besta horrível entrou,ao pegar uma faca na mesa da cozinha me decidi por tentar machucá-lo mas fui empurrada violentamente contra a parede oposta me fazendo desmaiar,eu apenas escutei os gritos da minha família momentos depois que fui resgatada e saber pela boca de um dos caçadores que todos eles haviam sido mortos por aquele lobisomem.
            — Sem ter razão alguma para ficar acabei partindo com aqueles que me treinaram,mesmo estando de coração partido acabei focando toda minha energia em aprender à me defender e lutar contra aquelas aberrações e assim fui me esquecendo aos poucos do crime que havia cometido mas mesmo à noite não conseguia escapar dos pesadelos de ser torturada por aquelas imagens frias e sangrentas.
Helena:– Não!
             — Me sentia muito suada e ao tocar minha testa senti um pequeno pano branco molhado,não entendi bem o que aquilo significava apenas que continuava na caverna e estou pelada,será que tinha sido forçada por alguma daquelas coisas à ter relações!?A idéia absurda e doentia me faz querer vomitar e acabo mesmo correndo até o canto mais afastado e jogando tudo que havia comido da noite anterior,nada do que fizesse poderia expulsar os demônios internos da minha mente mas gostava de imaginar que conseguia ser forte na maioria das vezes.
             — Me sentia sendo observada por alguém,agora que a sensação ficava cada vez maior,hora de retirar meus cabelos castanhos longos da frente dos meus seios e prendê-los e na maioria do tempo o prendia sempre em uma única trança para treinos ou caçadas pelo deserto.
Helena:– É claro.
           — Tinha me lembrado dos canibais que eu e as outras havíamos abordado,era muito comum ter humanos que se aliavam à lobisomens em troca de vantagens,eles os protegiam em troca as vezes de uma bom gole direto das veias ou informações sobre a Fortaleza,era assim que haviam vez ou outra invasões mas muitas baixas nas cidades que viviam as pessoas normais logo abaixo daqueles que controlavam as nossas vidas.
              — Ao ver minhas armas espalhadas pelo chão junto com as roupas dobradas,era uma grande certeza que não estava só,mesmo sabendo que iria ser degolada ao tentar correr até elas,hora apenas de obsevar à minha volta e entender o que havia acontecido e por que a ajuda não havia chegado,já que havíamos soltado fogos luminosos sinalizando para outros que estavam também por aí à fora que precisávamos de resgate,ao ir até a saída vejo os raios de sol preenchendo aquelas campos de areia vermelha e mais embaixo tinha um pequeno acampamento daqueles bichos,era o mesmo que tentamos acabar,poderia enxergar agora as mesmas feras se aglomerando e pessoas e lobisomens presos em gaiolas prontos para servirem de aperitivos e antes de fazer qualquer movimento tenho minha cintura segurada e sou jogada contra o chão até que encontro minha faca que guardava dentro de uma bolsa marrom que estava no chão e corro para cima do meu possível agressor.
             — Sou parada logo no começo não por socos ou chutes mas a mão dele aberta sinalizando um pare bem na minha cara.
Helena:– Quem diabos é você!?
            — O homem estava bastante sujo de terra e sangue com seus grandes cabelos castanhos que passavam dos ombros e tinha cavanhaque também?Que interessante.
           — O cara além de parecer uma muralha por ser grande estava olhando em meus olhos como se pudesse ler minha alma.
Helena:– Cabeça premiada?
           — Era o prisioneiro de antes e que estava livre,agora talvez fosse querer me matar para levar mais carne fresca para aqueles malditos.
Helena:– Como se soltou?
           — Mais silêncio que parecia não ser quebrado por nada,mesmo sabendo que tinha uma chance de morrer acabei me virando e indo pegar minhas roupas para vesti-las e aí escuto sua voz.
"– Olha só você fala?"
          — Então uma nova palavra sai da sua boca,era rápida e urgente.
Helena:– O que disse?
      "— Meu nome é Athos."
Helena:– Isso não me importa,é melhor ficar longe de mim!
       — Tinha certeza que não iria vim comigo de volta para a Fortaleza então pelo menos iria sair daquele lugar e pegar meu caminho e tentar encontrar uma saída.
Athos:– Você não vai sair daqui.
Helena:– É mesmo?E quem vai me impedir?Você!?
         — Estava em desvantagem mas minha língua continuava afiada e infelizmente poderia ser arrancada por esse motivo.
Athos:– Você me salvou.
         — Não acreditava que esse homem tinha soltado aquilo mesmo!?Será que não entendia a diferença entre salvar e capturar!?
Helena:– Você entende que eu só quero te capturar e levar como prêmio não?
          — Me sentia confusa com aquela reação já que estava sorrindo como se de alguma maneira fosse divertido o que falava.
Helena:– Você é um idiota!
         — De repente sou capturada pelas mãos deles e encostada contra a parede oposta e escondida já que Athos estava atrás de mim com sua mão em minha boca enquanto tinha um enorme lobisomem entrando dentro da caverna.
      

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