Capitulo 13

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Helena
         — Aquele mundo tinha mais luxo do que me lembrava e pelo visto apenas aqueles mais importantes vinham até a cobertura dos arranha-céus que pareciam estarem atrelados no céu e ao olharmos das ruas pequenas e distantes até o alto apenas nuvens nos impediam de olharmos para além.
          — Enquanto subiamos pelo elevador com paredes de vidro onde a cidade tinha sido pintada por diversas luzes na noite me perguntava quantas vezes desejei apenas ir embora com minhas amigas para não voltar mais e mesmo estando muito agradecida à Athos pelo que tinha feito acabei ficando afastada dele e me sentando no chão e admirando o mundo fora de tudo e tentando vê-lo de outro ponto de vista sei que Monalisa iria adorar se me visse tentando fazer esse tipo de coisa.
Athos:– Está pensativa delícia.
           — Me sentia tão agradecida que achei melhor nem me importar mais com os apelidos que ele me dava porque além de estar livre agora me sentia melhor depois que fui afastada do bar e aquilo me fez entender que não era a mesma o que me dava muito medo.
Helena:– E se eu não voltar mais a forma humana Athos?
            — Algumas pessoas sucumbiam totalmente ao seu lado animalesco e ficavam nesse estado de fera se tornando de qualquer maneira armas usadas pela Fortaleza para nos proteger de prováveis invasores.
Athos:– Isso não vai acontecer com você.  
           — Foi minha vez de olhá-lo dessa vez o via encostado e em pé observando o mesmo canto que eu talvez?Com os braços enfiados em seus bolsos parecia pensativo como eu.
Helena:– Athos?Posso te fazer uma pergunta?
Athos:– Claro.
Helena:– Por que achou que não tinha mais escolha?Porque preferiu morrer daquela maneira?Você tem poder suficiente para mandar e desmandar por aqui então por que?
Athos:– Deveria te contar meus motivos?
Helena:– Eu queria saber.
Athos:– Vai ficar querendo então.
Helena:– Imbecil!
          — Sua risada vem em seguida provando minha teoria que adorava me enlouquecer com suas provocações ou forma de falar e me deixar em dúvidas,por que me escondia certos pontos de seu passado?Então a porta se abre e tenho um vislumbre do que iria encontrar em seu apartamento com um corredor longo com luzes brancas com uma única porta no fim.
Helena:– Se eu morrer agora era assim que imaginava as portas do paraíso sabia?
Athos:– Posso te fazer chegar no céu delícia é só pedir com jeitinho.
          — Aquilo faz um arrepio percorrer minha espinha mas invés de me afastar só sorrio mais para aquele sem noção,como um cara assim consegue ser tão ridículo e engraçado ao mesmo tempo?
Helena:– Nossa!
           — Existia uma imensa sala com as paredes cinzas e tapetes brancos que me lembravam os pêlos dos ursos polares e não que tenha já ido para onde aqueles magníficos animais viviam mas depois do decreto deles de libertarem todos os bichos que viviam em cativeiros ou em zoológicos aqui e no resto do mundo acredito que nunca tinha visto uma variedade tão grande de animais selvagens soltas como cavalos ou macacos pendurados em postes ou subindo pelas diversas casas e até mesmo uma sucuri uma vez vi pendurada em uma ponte como se estivesse falando que estava no seu lugar de boa e quem se metesse acabaria levando seu abraço mais que apertado.
Athos:– No que está pensando?
Helena:– Isso é lindo.
Athos:– Você tem razão é uma beleza.
           — Quando volto à observá-lo ele está descaradamente secando minha bunda com aquele olhar sem vergonha.
Helena:– Ei tarado!
Athos:– O que foi?Tem uma bela...
Heleba:– Cala essa boca antes que eu dê na sua cara!
            — Então ele pega minha cintura e me arrasta até suas pernas já que tinha se sentado na poltrona negra.
Athos:– Se não quisesse vim nem teria entrado comigo no prédio.
            — Athos tem razão mas preferia ficar em silêncio do que lhe dar motivos para ser mais convencido,estou começando à adorar passar a mão naqueles cabelos dele que ao olhar parecia tão selvagens e até maltratados só que quando toquei porra!Eram muito macios!
Athos:– O que foi?
Helena:– Nada.
           — Merda!Tinha me deixado levar de novo e isso parecia ficar ao mesmo tempo que interessante é perigoso também.
Helena:– E aí?Vai me mostrar o resto da casa ou não ?
          — Ele se levanta preguiçosamente e me olha como se esperasse uma resposta logo de primeira.
Helena:– O que foi?
Athos:– Quer conhecer meu quarto?
         — Até que ponto esse safado estava me provocando ou tentando me deixar mais sem graça?Porque não importa o que falaria parece que voltávamos sempre para a primeira porta de sexo selvagem.
Helena:– Mostra o caminho idiota!
         — Mesmo tendo um meio sorriso no rosto sabia que algo o incomodava não sei se era a maneira que andava ou o jeito que olhava para as duas portas adjacentes de cores marrons mas tinha certeza agora que alguma história estava por trás daquelas paredes e antes de tocar na maçaneta de cristal que era a porta branca do seu quarto toco em sua mão.
Helena:– Você está incomodado eu sinto então melhor pararmos por aqui.
Athos:– Como sabe disso delícia?
Helena:– Vamos parar agora Athos.
            — Nossos olhares duelavam um contra o outro até que a porta é aberta e faço uma careta para que saiba o quanto foi frustrante esse golpe baixo.
Athos:– Entre por favor eu não mordo.
           — Tinha caminhado um pouco para dentro até ouvir ele mais uma vez.
Athos:– Muito delícia.
Helena:– Idiota!
          — O quarto dele era enorme com janelas de vidro que dava uma visão panorâmica daquele mundo cheio de arranha-céus para se perderem de vistas onde provavelmente milhares de jovens sofriam abusos daqueles malditos o que me deu um embrulho grande no estômago então acabei indo até a cama box de casal King Size em cores pastéis que parecia que estava deitada em uma nuvem o que me fez relaxar como uma gata e até despertar daquele transe delicioso.
Helena:– Por que está me olhando assim?
          — Nem tinha notado que ele estava tão perto da cama apenas observando a cena e à propósito?Estou muito cansada para brigar ou achar qualquer coisa.
Athos:– Quer transar?
Helena:– O que!?
          — Uma das loucuras que sempre ouvia de quem convivia com esse caras era a maneira que eram tão diretos ao querer algo de alguém como o lado oposto como duelar até a morte,credo!
Helena:– Não vou transar com você!
Athos:– Agora?
Helena:– O que?
Athos:– Sou um cara paciente delícia.
          — Athos me imita e acaba deitando ao meu lado e assim não nos encaramos mas sentimos a presença um do outro como a vontade de fazermos mais outras loucuras,melhor desistir desse tipo de jogo.
Helena:– Posso tomar banho no seu banheiro?
Athos:– Já estamos íntimos assim?Gostei.
         — Tento não cair mais em seus joguinhos porque sabia o quanto podia ser convincente quando queria.

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