Capitulo 21

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Helena
          — Tinha adormecido tão profundamente que não notei qualquer sinal de Ahos na caverna ou que tinha me deixado pela manhã,não que fosse importante porém poderia ter falado que ia embora.
Helena:– Desgraçado!
           — Ao levantar esfrego bem os olhos e bocejo quando caminho para fora escuto vozes conversando como se estivessem discutindo e uma delas conhecia era ele só que o outro homem moreno alto com uma pintura negra pelo rosto e máscara negra colocada na parte debaixo cobrindo bochechas e boca tornava impossível reconhecê-lo e a conversa não era tão fácil de ouvir só que mesmo estando distantes algo neles me fazia acreditar que começariam uma briga.
          — Quando me lembro que naquele dia me transformaria em um deles meu sangue gela como se não pudesse acreditar na verdade igual ver que poderia perder minhas amigas naquela fatídica noite que fui mordida.
Helena:– Pare com isso!
           — Minha mente está uma bagunça ultimamente e não posso ligar para esses tipos de pensamentos,aconteceu e pronto e se pudesse voltar teria feito tudo da mesma maneira.
           — Fico espantada que o moreno acaba se transformando em um lobisomem facilmente quando a maioria que tinha sido contaminada não sofresse com o pão que o diabo amassou só que para alguns que tinham nascido era natural a transformação e poderiam fazer isso à vontade.
           — Antes de poder observar mais tenho uma faca colocada contra a garganta e me levanto devagar e aos passos que dava para trás por quem quer que fosse podia ver pessoas trajadas de negro com máscaras cobrindo os rostos e tinta preta em partes dos corpos e nos olhos até que sou virada rapidamente e acabo por achar uma brecha quando empurro com tudo o jovem que carregava aquela arma e outro em seguida vem para cima e com aquela faca em mãos acabo por entrar em combate com eles e mesmo sabendo que posso morrer à qualquer segundo não conseguia voltar atrás e recuar foi quando um deles me dá um golpe pelas costas e me derruba no chão.
             — Mesmo distantes consigo ver o desespero de Athos ao perceber o que acontecia à poucos quilômetros,já transformado como o outro com a pelagem escura e brilhante e dentes saltados para fora como se à qualquer momento fosse rasgar quem atravessasse seu caminho,ao correr para me defender tem a perna segurada e puxada com brutalidade e antes de ser machucada dou uma rasteira na pessoa que tentava me matar até que arremesso a faca que pega em seu pescoço lhe derrubando e os outros mesmo querendo acabar comigo ficam à vários passos de distância e vou correndo até ele,não sei por que iria defendê-lo só que a perspectiva de outra pessoa lhe ferindo é insuportável!
Helena:– Athos!
           — Ambos se olham depois de estarem rolando pela areia fina do deserto e aquele que julgava ser o moreno tenta se levantar e por alguns segundos consegue e aos poucos vai retornando à sua forma de antes,mesmo desejando acabar com sua raça não lhe dou atenção porque finalmente ele volta à forma humana porém é derrubado no chão.
Helena:– Merda!
          — Tento virar seu corpo para cima só que havia muitas feridas geradas pelas garras e diversas mordidas pelos braços e em seu tronco.
Helena:– Quem é você seu maldito!?
          — A pergunta era estúpida já que pretendia matá-lo pelo que tinha feito com o cara que me seguiu até o deserto e me sentia culpada por aquilo apenas que quando sorriu não abertamente porém um meio sorriso que me fez arrepiar entendi que não era um caçador como os outros da sua espécie.
       " — Me chamo Valentim e sou o irmão mais velho desse desgraçado!"
            — A confusão foi tão perceptível em meu rosto que ele precisou me levantar pelo braço e ao tentar atacá-lo com a faca que estava ainda mantendo escondida o cara consegue desviar do golpe e retirá-la de mim.
Helena:– Monstro!
Valentim:– Meu irmão pode ser um belo espécime porém querida espero que não caia na velha história de sempre porque Athos não presta e nunca prestou!
            — Percebi o quanto está ferido e mesmo assim consegue se levantar com dificuldade e cuspindo sangue.
Athos:– O que você quer?
            — Como pode ajudar alguém!?Athos seu filho da puta fuja de uma vez!
Valentim:– Poderia matá-la agora mesmo sabia?
          — Seu rosto mesmo com todo o sangue na boca e de uma sobrancelha que estava bastante machucada muda para alguém com uma expressão dura e fria.
Athos:– Faça mal à ela meu irmão e em seguida vou massacrar todos da sua tribo e deixar você por último!
Valentim:– Sempre arrogante em?Você não muda.
           — Não entendia por que está arriscando tanto por uma pessoa que mal conhece e mesmo sabendo que poderia fugir à qualquer segundo no fundo ia entender já que nesse mundo miserável era sempre a importância do mais forte e não que essa regra fosse diferente na vida antiga porém nessa de agora tinha sido amplificada.
Valentim:– Só que notei algo agora...
           — Ele cheira parte do meu cabelo o que dá vontade de socá-lo porém sou confortada pelo olhar de Athos que era sereno em minha direção me fazendo apenas observar qual era o próximo passo.
Valentim:– Ela está quase pronta para a lua cheia não é querida?
          — Quando sinto sua boca chegar perto do meu rosto acabo me afastando e tentando socá-lo porém Valentim tampa minha boca com aquela enorme mão.
Valentim:– Onde está a aliança dela?
Athos:– O que?
Valentim:– Quando matou minha mulher Athos você tirou dela a aliança não foi?
Athos:– Tem certeza?
            — Ele fala aquilo como um desafio querendo que seu irmão provasse seu envolvimento porém Valentim não entra em seu jogo.
Valentim:– Você tem até o anoitecer para me trazer a aliança e seus pertences para minhas mãos entendeu?
E como incentivo de um bom trabalho?
           — Já tinha entendido seu plano antes de contar o resto.
Athos:– Não vou deixá-la com você!
Valentim:– Sou diferente meu irmão Não mato mulheres ou coisas desse tipo então me traga o que pedi e à terá de volta e Athos?Nem tente ir de helicóptero porque não darei ele para você.
Helena:– Ele é da Fortaleza idiota!
          — Valentim segura com força meu pescoco e sussurra algo em meu ouvido.
Valentim:– Ele era deles querida,então Athos?O tempo está correndo.

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