Em um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...
Monalisa — Era por volta das dez e meia da manhã e precisei fechar o bar e sair já tinha arrumado todas as bebidas e limpado as mesas e dado uma boa faxina naquele lugar e mesmo Harpia que me fazia companhia tinha ido com Angelica e não posso culpá-la já que tinha ido atrás de notícias sobre nossas amigas e mesmo sabendo que sou melhor aqui na Fortaleza do que do lado de fora não posso me conter e ficar extremamente preocupada com essa situação. — Olhei para cima apenas para me perder de vista com todos aqueles prédios e ao mesmo tempo a minha frente caçadores faziam suas trocas entre si onde um pouco de carne poderia ser trocado por roupa ou uma arma seria utilizada por alguém com mais habilidade e em troca você ganharia um favor na maioria das vezes era um bom plano para quem pensava em fugir porém quando se conseguia escapar de qualquer Fortaleza grupos de caçadores eram mandados para capturar os fugitivos pelo deserto as vezes duravam meses só que com sorte tudo era resolvido. Monalisa:- Bom dia quanto custa essas tintas? - Não sei o que tinha me dado só que com toda aquela confusão e sem ter noticias das minhas amigas precisava de algo mais além de tomar conta do bar o que estava gostando porém não me mantinha longe de pensamentos ruins e acreditar que talvez já estivessem mortas. - O preço não estava dos mais baratos eram pelo menos uma peça de ouro o que com certeza não tinha agora e nem se trabalhasse muito porém fazia tanto tempo que não pintava que aquelas cores conseguiam me seduzir então fiz o impensado e pedi todas elas mesmo sabendo que iria ser errado o que estava prestes a fazer se pegasse e fugisse talvez não fosse capturada e se fosse não seria tão ruim passar uns dias na cadeia e penso assim porque já estou livre e mesmo estando atrás das grades sei que não precisaria seguir o rumo daqueles bichos, apenas seguiria meu caminho quando saísse o que levaria poucos dias mesmo o crime sendo muito grave como matar algum lobisomem se caso fosse uma deles apenas o que com certeza não sou ficaria algumas semanas apenas e não existia juízes ou advogados e as brigas eram resolvidas todas num mano a mano e quem ganhasse sendo inocente ou não era respeitado pelos outros porém antes de fugir algo peculiar acontece. Monalisa:– O que pensa que está fazendo? — Ele tinha dado as peças de ouro em formato de algumas bolas parecidas com bolinhas de gude e mesmo querendo espantá-lo para longe da minha vista esse cara tinha se apresentado bem mais irritante e persistente do que imaginava. Monalisa:– Valentim?Está me ouvindo!? — O vendedor que parecia ser humano porém sabia que não observava em silêncio enquanto segurava o embrulho com as tintas em mãos apenas esperando que eu pegasse então acabo segurando porque essa cara estava sendo perseguidor novamente. Monalisa:– Eu não entendo por que faz esse tipo de coisa? — Caminhávamos lado a lado porém ele se mantém quieto e olhando diretamente para a frente e dessa vez não estava vestido todo de negro com pinturas pelo corpo da mesma cor,está com uma calça jeans escuro e uma camiseta branca de mangas longas com seu cabelo penteado parecendo até mesmo um membro da Fortaleza e detesto com todas as forças do meu ser dizer isso porém o idiota está bem atraente. Monalisa:– Valentim?Não vai me responder não!? — Antes que eu pudesse sair na sua frente andando tenho meu braço segurado por ele que está me observando fixamente com um sorriso no rosto e caramba! Valentim:– Que foi? — Se o cara era um pedaço de mal caminho sujo e maltratado pelo deserto de fora,com aquele mostrar de dentes posso dizer que sim era mesmo um cara bastante acima da média,porra! Valentim:– Ei?Não ouviu minha pergunta? — Volto a caminhar me sentindo culpada e frustrada por ter pensamentos safados com esse desgraçado porque ele tentou fazer mal para Helena e seu irmão e valeu tinha o negócio da sua mulher só que era informação demais para uma garota só. Valentim:– De onde venho as pessoas agradecem quando ganham um presente! — Mesmo com as pessoas passando ao nosso redor e barulho indo e vindo acho que se Valentim quisesse poderia ouvir as batidas do meu coração que estavam aceleradas como nunca. Monalisa:– Obrigado. — Não tenho coragem de me virar para ele nem sequer falar mais nada apenas me apresso em chegar no meu ateliê e experimentar aquelas belezinhas e mesmo sabendo que iria encher meu saco quando me ver de novo ainda sim estou bem agradecida pelo presente.
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— O calor estava agradável e me sentia tão bem que por alguns segundos apenas levantei a cabeça e senti aquele frescor e acabei abrindo a porta em seguida e por alguns momentos iria pintar novamente e como minha irmã disse precisava fazer aquilo de vez em quando já que de uma missão ou outra para capturar algum lobisomem não nos sobrava muito tempo e mesmo me sentindo extremamente bem fiquei pensando se Christina estava bem ou se já tinham encontrado Helena e se precisariam de ajuda então balancei a cabeça e dei dois tapas em minhas bochechas. Monalisa:– Elas vão voltar pra mim! — Subo as escadas até meu ateliê que estava com as portas fechadas e seguia assim desde aquele dia que tive a conversa com Christina só que agora era por uma boa causa então vou deixando as tintas no chão que estava empoeirado e abro as janelas e afasto as cortinas vermelho escuro e vou olhando ao meu redor e alguns espelhos estavam sujos e vou até lá dentro encher um balde de água para começar por eles só que ao voltar vejo sua presença na janela. Monalisa:- Você não vai cansar não Valentim? Valentim:- Quer ajuda? - Ele poderia estar fazendo isso apenas para tentar alguma coisa porém não iria rejeitar ajuda dessa maneira só que teria regras e nada de mãos bobas sobre mim porque o mataria se tentasse qualquer coisa. Monalisa:- Me entendeu!? - Ele tinha se sentado no chão enquanto me escutava falar e posso dizer que estava bem obediente porque além de ter cruzado os braços e as pernas e dado um meio sorriso não tentava me cortar ou rebater em nada. Valentim:- Sim senhora podemos começar agora? Monalisa:- Pega a vassoura engraçadinho!
