Capitulo 17

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Helena
         — Estou decidida como nunca à partir e Christina está me ajudando junto de Monalisa,são quase uma da manhã ambos o mundo abaixo e o que ficava acima estavam mergulhados em sonhos tranquilos misturados com pesadelos e tinha terminado de colocar várias roupas em uma mochila preta enquanto era observada por Christina tão desconfiada quanto antes.
Helena:– Então tá acho que está tudo pronto e agora pode falar?
Christina:– Do que está falando?
Helena:– Você está parada aí sem dizer uma única palavra e pode até não estar me julgando porém com certeza fica desconfiada sobre a situação não é?
Christina:– Beleza!
           — Ela estava de pijama azul quase um vestido de sair se não fosse feito para embalar a cabeça louca da minha amiga e seu cabelo solto reluzia na luz das nuvens e a lua graças à Deus estava sumida.
Christina:– Você não deveria enfrentar esse problema sozinha!
Helena:– Não vou envolver vocês nisso!
Christina:– Por que não!?Foi graças à gente que isso aconteceu né!?
Helena:– Não começa.
           — Sabia aonde ela queria chegar com essas acusações e não deixaria que se afundasse em culpas ou lamentos e na verdade ninguém aqui tem culpa por nada,as vezes só acontece e preciso lidar com isso do meu jeito.
Helena:– Nem você ou as outras são culpadas tá me entendendo!?
            — Seguro suas mãos nas minhas e sinto a frieza e talvez medo ali?
Helena:– Não quero mais te escutar com esse tipo de besteira beleza?
           — Silêncio bate e volta entretanto não deixaria que se fechasse nela mesma e não deixasse que ninguém lhe ajudasse.
Helena:– Heim?
Christina:– Para com isso!
           — Sabia o quanto odiava cócegas sendo minhas ou das outras então fazia por isso mesmo para ver o"muro"dar pelo menos uma chacoalhada.
Christina:– Você precisa tomar cuidado e voltar para a gente tá me ouvindo!?
           — Ela me abraça tão forte que sinto a maciez do cabelo dela em meu rosto e por mais que fosse forte as vezes sentia como se Christina fosse só uma garotinha assustada que tentava pela família que ainda restava ao seu redor.
Helena:– Preciso resolver esse lance rápido Christina"cê"sabe que a lua cheia está próxima.
Monalisa:– Tudo bem lobinha!
           — Monalisa estava com uma calça preta e blusa azul escuro com os cabelos presos e como eu minha garota estava pilhada.
Helena:– É melhor eu partir agora.
           — Tinha pego meus pertences e não sabia por quanto tempo ficaria lá fora já tinha imaginado um bom lugar para permanecer enquanto me transformava em um monstro que poderia machucar alguém inocente.
Monalisa:– Tem certeza mesmo que não quer nossa ajuda?Podemos revezar e uma fica enquanto a outra volta!?
Helena:– Não mesmo tá amiga?Que Deus me livre se algo acontecer e vocês tiverem que ficar comigo estando alterada!
          — Nunca conseguiria me perdoar se tivesse que cometer um ato ruim contra minha própria família porque era isso que tínhamos nos tornado e poderia ter perdido minha irmã biológica porém ganhei irmãs de alma e coração que iria cuidar.
Helena:– E então aonde está Angelica?
Christina:– Ela me disse que não iria perder o precioso sono dela com você entretanto te desejou boa sorte e que tinha cuidado desse assunto.
Helena:– O que isso significa?
Christina:– Vai entender ela é maluca!
Helena:– Cuidem dela ok!?
           — Ambas concordam depois que abraço todas elas,ao caminharmos até o helicóptero que pegaria emprestado já que a ida pelo deserto só poderia ser bem sucedida se fosse pelo céu porque era muito complicado e perigoso pelos diversos animais e tribos violentas que ficavam para fora porém pegaria aquele pássaro de metal e me encaminharia até o esconderijo onde fazíamos interrogatórios com alguns desses lobisomens ao serem capturados e se bem me lembro existia um dentro de uma caverna abaixo de duas montanhas ao leste que ficava aquela grande jaula de prata onde suportaria a minha transformação e perto tinha um riacho e estava levando alguns mantimentos caso precisasse.
Christina:– Prometa que ficará bem!
             — Tinha sentado e sentido o peso do que me esperava só não pensei naquilo que minhas amigas precisavam carregar então peguei a mão de cada uma e apenas sorri.
Helena:– Prometo que estarei bem.
Monalisa:– A gente te ama!
              — Abraço elas pela última vez até que retornaria e encheria ambas de beijos e me preparo para partir,me lembro que apenas com alguns meses de treinamento fomos ensinadas a pilotar essas coisas e mesmo sabendo que era péssima acabei pegando o jeito com o tempo já que carros eram quase objetos obsoletos.
Helena:– Engraçado.
             — Quando imaginava o futuro pensava em algo feliz e não tão ferrado só que infelizmente nem tudo que desejamos acontece primeiro porque carros voadores não existem o que seria foda e ficamos apenas com locomoção pelos céus ou mares e o resto?Bem deixo para filmes antigos que contavam suas histórias sobre os dias de hoje e mesmo perdida em pensamentos poderia ver o céu se estender por mim como uma enorme cobra cheia de cores e tendo como plano de fundo o gigante e solitário deserto ainda obscuro levando e trazendo os pecados dos seus moradores.
Helena:– Que segredos serão guardados sobre mim aqui?
             — Finalmente a velocidade diminui e vou aos poucos baixando,tentando achar um bom lugar para pousar até que encontro um pequeno muro caído atrás de uns destroços então escolho o canto que meu pássaro ficará até a partida e ao colocar meus pés ali lembro das vezes que trouxemos e torturamos aquelas coisas.
Helena:– Sou uma dessas...
             — Não conseguia terminar de falar e fui entrando no lugar planejado até ver a abertura por onde tudo parecia ser a mesma imagem de antes e sangue espalhado pelas paredes como um lembrete que aquilo era o que precisava ser e nada mais e agora seria eu a maior torturada por aquele lugar.
             — A jaula era grande o bastante e assustadora também me fazendo colocar os braços ao meu redor para me acalmar.
Helena:– Athos!?Que merda está fazendo aqui!?
Athos:– Achou mesmo que ia te deixar sozinha passando por isso delícia?

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