Criança Selvagem

Capitulo 68

Helena
           — Tínhamos libertado Helen e Arthur porém tinha perdido a Natasha no meio de toda aquela confusão e para piorar se é que podia ser possível Baltazar não sabia da existência da própia neta e não sei se poderia matá-la logo de primeira ou torturá-la para se sentir vingado de alguma maneira.
Helena:– Essa garotinha vai me matar!
           — Olhava ao redor como se de alguma maneira pudesse encontrar ela só que tinha muitos lobisomens espalhados e guardas batalhando um contra o outro.
Helen:– Achei!
           — De repente vejo Helen em cima de um lobisomem acabando de finalizá-lo com uma faca de prata e me olhando com a cor dos olhos diferente.
Helena:- Não se atreva a se transformar agora!
Helen:- Por que!?
            - Ou minha irmã era doida mesmo e nem sequer se importava ou queria acreditar que estava apenas agindo pelo calor da batalha então acreditei na segunda opção.
Helena:- Preciso de você pra achar a Natasha!
             — Ela guarda sua arma e me olha com um meio sorriso querendo dizer algo e no fim apenas se calando,que bom por isso porque estou uma pilha de nervos!
Helena:- Não pode farejar seu rastro de sangue!?
Helen:- Posso!
            — Outro pedaço de carne e jogado por cima de nós e parece ser uma meia perna de algum dos guardas o que faz Helen ficar com uma cara até um pouco engraçada mesmo a situação não sendo das melhores.
Helen:– Ai que droga!
Helena:– Que foi?
Helen:– Acabei de conseguir essa calça e está manchada de sangue!
Helena:– Bom saber!
              — Antes de podermos discutir mais um pouco sobre aquele assunto tão"sério"algo acontece que faz com que a maioria deles fiquem parados como se estivessem vendo algo que não era pra estar acontecendo naquele segundo.
Helen:– Pra onde está indo maluca!?
            — Estava tendo uma forte intuição que isso incluía meu homem e seu pai safado e também a pequena garotinha endiabrada!
Helen:– Quer me explicar para onde vai!?
           — Empurro mais alguns curiosos que estavam na nossa frente e a cena a seguir posso descrever como no mínimo peculiar já que Athos está parado na frente de Baltazar que estava quase finalizando o próprio filho e rastros de sangue pela roupa dele eram marcas profundas da luta que ambos travavam entre si.
Helena:– O que ela está fazendo?
             — Até agora não conseguia acreditar que Natasha estava parada na frente do próprio avô e como alguém que não iria para lugar algum até ter toda a atenção de Baltazar.
Helena:– Não faça nada com ela Baltazar!
            — Corro para ficar em frente a garota que estava com suas unhas crescidas e destacadas como verdadeiras garras e um olhar animalesco quase como se estivesse defendendo o pai caso o velho tentasse seguir com aquela loucura.
Baltazar:– O que isso significa!?
             — Vejo Athos se levantar com o rosto mergulhado em vermelho e cuspindo parte do sangue no chão enquanto praguejava ele e querendo continuar a briga como se aquilo fosse de algum jeito resolver mesmo os problemas.
Athos:- Eu vou acabar com a sua raça velho!
            - Antes de poder entrar no meio junto da minha irmã que esperava com um sorriso no rosto como se aquilo fosse um divertimento interno Natasha grita algo chocante que deixa Athos perplexo porque de todas as pessoas espalhadas naquela arena essa garotinha era a única que deveria manter esse segredo as sete chaves.
Baltazar:- O que foi que disse?
            - Mesmo com o braço sangrando bastante e parte do olho destroçado ele conseguia enxergar a menina que tinha gritado ser sua neta e mesmo sabendo que poderia ser morta por aquela ousadia Natasha se mantinha firme e sem voltar atrás caminha até perto de Baltazar que estava tão estatico que pensei tantas coisas ao mesmo tempo.
Athos:- Não toque nela!
            - Entendia pelo que Athos estava passando e mesmo sendo dificil de engolir era ela quem decidia se queria ou não contar para o avô aquele segredo e a escolha já foi feita de qualquer maneira.
Baltazar:- Saia da minha frente!
            — Ambos se encaravam com tamanha raiva que achei que teria outra briga só que dessa vez seria definitiva.
Athos:- Pra que!?Para tentar arrancar de mim uma das pessoas que mais me importo nesse mundo!?Você é um monstro!
           — Tinha ouvido tudo que Athos pensava sobre a morte da mãe de Natasha e o envolvimento do pai naquele esquema e como tudo se ligava ao Baltazar de alguma maneira porém aquilo não era problema nenhum para ele que com uma simples ordem poderia mandar matar todos e acabar com todos os possíveis problemas porém sua atitude foi diferente daquilo que se esperava.
Baltazar:– Saia do meu caminho Athos!
            — Outra vez pai empurra o filho e pega no nos braços a neta a segurando tão firme e acima da sua cabeça que acreditei que poderia acabar com sua vida naquele instante só que o que ele falou foi o contrário.
Baltazar:– Eu nunca faria qualquer tipo de maldade com minha própia neta!
            — Porra!Era isso mesmo que tínhamos acabado de ouvir!?Eu Athos e Helen nos entreolhamos sem saber o que dizer ou fazer enquanto Baltazar estranhamente rodopiava com sua neta parecendo um avô coruja e talvez o velhote não fosse tão caduco e pertubado assim até porque ela era seu sangue e mesmo tendo problemas com seu filho ele imediatamente manda seus guardas recuarem.
Athos:– Eu não entendo o motivo de estar fazendo isso.
           — Depois de notar a alegria da filha com seu pai Athos resolve escolher bem as palavras e ser menos animal e mais sensato naqueles segundos.
Baltazar:– Por que não me contou da existência dela seu maldito?
Athos:– Agora se parece com o velhote de sempre!
            — Mesmo em algo sério Athos conseguia provocar o pai,um desgraçado!
Helena:– Athos!
Athos:– Que foi querida?
Helena:– Menos por favor!
Baltazar:– Eu não vou levá-los mais Helen.
Helen:– Obrigado senhor.
Athos:– Criou juízo velho!?
            — Baltazar lhe dá um meio sorriso e em seguida olha para a neta que tinha acabado de se relevar uma tremenda líder por acabar com um conflito sem usar força bruta no processo.
Baltazar:– Por algumas pessoas valem a pena.