Angelica
— O que estava fazendo mesmo?Era óbvio que desde que conversamos pela primeira vez me sentia mais atraída do que quando o observava apenas dando seus discursos e me fazendo vibrar com cada palavra daquele malandro só que estou me sentindo eufórica enquanto esperava no bar mesmo para que viesse me buscar e tinha insistido pelo telefone que sabia o caminho com a palma da mão e em poucos minutos chegaria só que ele não tinha aceitado.
Angelica:– Dane-se seu egoista!
Monalisa:– Você adora falar sozinha em?
— Para falar a verdade não esperava que estivesse aqui já que seu admirador secreto sempre estava a espreita e a melhor parte era que ela odiava quando alguém mencionava isso.
Angelica:– Por favor até você?
— Tinha chegado alguns clientes porém o movimento estava pouco então Monalisa daria conta,se isso não fosse o bastante teria uma águia assustadora para colocar qualquer sacana para fora.
Angelica:– Aonde está Harpia?
Monalisa:– Fazendo seus passeios noturnos afinal uma garota tem que se divertir pela noite e aliás?
Angelica:– Que foi?
Monalisa:– Você está um arraso!
— Agradeço mesmo sabendo que aquilo era exagero e apesar de me sentir estranha com aquele vestido branco de seda acima dos joelhos e sapatilhas da mesma cor apenas não estava me sentindo bem não que estivesse reclamando porque era uma noite normal como à muito não acontecia em minha vida mesmo com o desaparecimento de Helena e as notícias sobre sua possível não volta ainda sim era algo bom que está acontecendo comigo.
Monalisa:– É sério você está um absurdo de linda não acha Valentim?
— Deveria estar mesmo muito nervosa porque não tinha percebido que esse cara estava no bar com a gente.
Monalisa:– O que foi?Vou precisar de ajuda já que Christina saiu com sua nova melhor amiga.
Angelica:– Está falando do que?
Monalisa:– Na verdade seu motorista chegou.
— Um carro tinha parado na frente do bar e mesmo sabendo quem poderia ser ainda sim não estou acreditando que aquele garoto fez isso.
Monalisa:– Vai se divertir!
— Quando vou saindo Valentim abre a porta para que eu pasasse e me dá um meio sorriso.
Angelica:– Só pode ser brincadeira!
— Ao entrar e cruzar as pernas e esperar pacientemente enquanto o carro seguia seu rumo não conseguia parar de me questionar se o que estou fazendo era o correto porque de todas as vezes que me imaginei nessa posição não acreditava que estaria tão perto dele ou até mesmo indo jantar.
Angelica:– Que loucura.
— Alguns minutos se arrastam e começo à bater minha testa contra o vidro da porta do carro que me fazia de alguma maneira ficar mais calma até que finalmente paramos.
Angelica:– Graças à Deus!
— O motorista nem me dá tempo de abrir a porta e faz isso,percebo que o conselheiro estava já me esperando na entrada com um terno negro parecia mesmo uma espécie de anti-herói ou no meu caso um vilão ainda não sabia dizer o que ele era de verdade.
Angelica:– Boa noite.
— Falo aquela parte sem jeito porque de alguma maneira não queria envergonhá-lo nem nada do tipo.
Jung:– Boa querida,você está linda.
Angelica:– Valeu.
— Respondo com as bochechas em chamas e ele me guia da entrada onde tinha apenas uma recepcionista que nos cumprimenta com um sorriso e em seguida pegamos o elevador com uma visão espetacular da cidade.
Angelica:– Deus!
Jung:– Achei que não escutaria essa palavra tão cedo.
Angelica:– Engraçadinho.
— Coloco minhas mãos mais perto para assim observar com atenção toda a beleza de São Paulo agora controlada por eles e até mesmo o Tietê tinha sido limpo à alguns anos pelo que fiquei sabendo fizeram uma pesada limpeza que resultou numa água tão limpa que banhistas iam tomar banho quando o sol ameaçava derreter tudo e à todos porém ficavam diversos guardas ao redor o tempo todo mantendo a ordem e qualquer sinal de sujeira era punido com a morte do envolvido.
Jung:– O que está olhando?
Angelica:– Está de brincadeira Jung!?Olha isso!É de perder o fôlego!
Jung:– Você é de tirar o fôlego.
— Aquele garoto com certeza sabia como dar as cantadas certas porém não podia me esquecer do que estava acontecendo pelo mundo todo.
Angelica:– E então?Para onde está me levando?
— Fico na mesma posição que estava com as mãos para trás e encostado nas paredes mecânicas que nos levavam para algum lugar.
Jung:– Tão curiosa não é?
Angelica:– Só o tempo todo.
— Quando finalmente chegamos percebo que estamos no andar que nos levará até o terraço e ainda subimos as escadas por alguns segundos e ao ver que tinha preparado uma mesa para dois com duas pessoas para nos servirem no canto apenas paradas e com um leve sorriso esperando que ficássemos acomodados entendi que não estava sendo levada para um ritual que seria morta e sim penso muito nesse tipo de coisa porém não iria fazer muita diferença agora que o mundo está moldado para a própria vontade dos monstros como diz Helena.
— Jung afasta a cadeira e me sento e mesmo lhe dando um leve sorriso esse cara percebe que algo não está bem e não estava mesmo só que não queria contar isso.
Jung:– Por que não fala o que se passa nessa mente confusa?
— A garota de cabelos presos castanhos e calça preta e camiseta branca lhe serve uma taça de vinho branco e mesmo assim seu olhar continua fixo em mim.
Angelica:– Estou me lembrando da Helena.
Jung:– Gosta mesmo dela não é?
Amgelica:– O que acha?
Jung:– Que não vai precisar se preocupar muito tempo.
Amgelica:– Por que diz isso?
Jung:– As olimpíadas estão chegando e com isso o Alfa dará um jeito de trazer ela de volta.
Angelica:– Ela não vai querer voltar.
Jung:– De um jeito ou de outro vai.
— Ele fala essa última parte tão despreucupado que acreditei mesmo em suas palavras por alguns segundos.
Angelica:– Ainda bem que alguém acredita nisso.
Jung:– Você também deveria caçadora.
Angelica:– Obrigado.
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Criança Selvagem
WerewolfEm um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...