Criança Selvagem

Capitulo 10

Helena
- Minha irmã me contava o que tinha acontecido em casa antes dos nossos pais chegarem e aquilo tinha me deixado tão puta de raiva que quis machucar alguém nesse caso meu pai.
Helena:- Eu vou matar aquele desgraçado Helen!
Helen:- Por favor não!
Helena:- Nem sei porque me conta uma coisa dessas se não quer que eu acabe com ele!
Helen:- Não aguentava mais guardar isso só para mim.
Helena:- Por que nao contou para a mamãe!?
Helen:- Ela nunca vai acreditar em mim.
- Diferente de mim minha irmã tinha herdado o lado mais meigo e dócil da mamãe e geralmente não reclamava da sua vida para ninguém exceto eu e aquilo que tinha acabado de ouvir me fez repensar várias coisas sobre minha família.
Helena:- Olha amanhã nós não vamos pro colégio tá me entendendo?
- Aquilo lhe faz me olhar com uma grande curiosidade e esperando que eu lhe respondesse alguma coisa mas já tinha decidido sair de casa.
Helen:- Tem certeza disso?
Helena:- Quer esperar que aconteça de novo!?
Helen:- Eu vou com você!
- Não queria parecer grossa mas o que Helen tinha me contado sobre nosso pai e os abusos que tinha cometido com ela fazia meu estômago revirar e querer matá-lo com minhas próprias mãos.
Helen:- Olha não quero te assustar nem nada minha irmã mas...
Helena:- Fala de uma vez.
Helen:- Ultimamente o centro da nossa cidade tem ficado bem mais violento que o normal.
Helena:- Aqui é o Brasil maninha o que"cê"esperava!?
- Lhe dou um beijo no rosto e em seguida na testa e saio do quarto mas é claro que não era só violência e no dia seguinte a sua morte iríamos descobrir o caos que começava à se instalar pelas ruas do meu país.
Athos:- Voltou querida?
- Sempre que deitava a cabeça no travesseiro tinha pesadelos com minha família e dessa vez não seria diferente já que minha irmã tinha me confiado um segredo e ao tentar lhe ajudar acabei com sua vida.
Athos:- Está tudo bem?
- A mão dele sobre mim me faz repensar no que estava acontecendo de verdade na minha vida e como iria contar para minhas amigas que estava morrendo e nesse caso me transformando em algo que poderia machucá-las.
Athos:- Quando foi mordida?
Helena:- Não acredito nisso!Você está passando de um stalker para um tarado passando a mão em mim?
- Sei que queria me ajudar mas não precisava disso já que sempre me virei sozinha sem ajuda de ninguém e Athos estando aqui do meu lado no pequeno quarto aos fundos do bar só confundia minha cabeça.
Athos:- Apesar de querer passar a mão em você delícia nem precisei porque o cheiro de um animal está fraco mas persistente sobre sua perna.
- Tento cobrir com lençóis a ferida que parecia sempre me revelar para quem se aproximasse e isso me incomodava muito.
Helena:- Isso não é da sua conta!Me deixa em paz!
Athos:- Não consigo fazer isso.
- Ele está de pé em frente à minha cama de solteiro enquanto permaneço deitada lhe observando e tentando imaginar se seria livre desse maldito algum dia.
Helena:- Eu te odeio Athos!Deveria ter te deixado morrer naquela jaula!
- As palavras são cuspidas como um veneno mas não me importava porque tudo que queria era escapar das garras desse monstro e lhe fazer entender que estava melhor sem ele por perto.
Athos:- É delícia mas não fez.
Helena:- Já disse para não me chamar assim!
- Não conseguia caminhar direito mas precisava me levantar já que à qualquer momento seria requisitada para uma missão.
Athos:- Você não me parece bem.
Helena:- Não me diga gênio!
- Queria discutir com ele de frente e por que estava de costas como se esperando algo acontecer!?
Helena:- O que você quer aqui Athos!?
Athos:- Suas amigas estão livres.
- Aquela declaração me surpreende um pouco porque desde que isso começou apenas o próprio Alfa poderia libertar o humano tanto da caça como de ser um escravo e eles não eram conhecidos por sua generosidade.
Helena:- Eu não entendo,por que fez isso?
- Dessa vez ele se vira e me observa e odeio a mim mesma por achá-lo um pouco atraente do jeito que estava parado me olhando.
Athos:- Você me salvou no deserto se lembra?
Helena:- Aquilo foi para capturar e trazer de volta um fugitivo Athos não era porque gosto de você.
- Precisava colocar tudo em pratos limpos com ele já que não me sentia atraída romanticamente mas confesso que o que tinha feito por minhas amigas se fosse mesmo verdade teria sempre uma dívida com esse convencido.
Athos:- Exatamente por isso delícia,ninguém antes teria feito o que fez se não me conhecesse como Alfa para salvar o líder mas você caçadora apenas fez pra salvar a própria pele e dos seus amigos e isso requer coragem e respeito isso.
- Então ele segura uma chave de metal que aponta para mim.
Athos:- Posso?
- Confirmo com um aceno de cabeça porque não parecia real aquela cena já que tinha sonhado tantas vezes com aquilo e agora se tornará verdade.
Athos:- Helena caçadora de elite por minhas mãos você está livre de seus deveres para fazer o que quiser com sua vida,ela agora te pertence.
- Ele destranca aquela coleira que era colocada nos pescoços de cada pessoa que rastreava à cada hora do dia nossos passos e só seria desativada na nossa morte ou se um líder nos libertasse e quando não há nada além de pele e meus dedos passam por aquela superfície um pouco machucada pelo ferro me sinto tão bem e estranha ao mesmo tempo porque sempre planejava arrancar aquele sinal de escravidão do meu corpo mas nunca ia em frente com isso só que agora era diferente porque ele me libertou.
Helena:- Athos eu não sei o que dizer.
- Lágrimas começaram à rolar pelo meu rosto e dessa vez apenas as deixei rolarem como uma libertação para meus medos e um fim para a promessa que tinha feito a muito tempo sobre ser livre.
Helena:- Obrigado!
- Nem parei para pensar se fui eu que pulei em cima dele para abraça-lo ou foi ele que me puxou mas agora estávamos juntos,meu coração explodia de alegria.