Helena
— Desde que ele foi embora partindo com a notícia falsa que Helen me pediu para falar me sinto estranha e querendo me afastar deles o mais rápido possível porém minha irmã chata sempre dava um jeito de me achar pelas areias quentes do deserto.
Helen:– Te encontrei!
— Alguns de nós foram convidados a procurar por canibais a nossa volta e ainda não conseguia entrar na minha mente como um lobisomem sendo da mesma espécie começa à praticar um ato nojento desses como se fosse algo mais normal do mundo porém com a fome batendo alto e as Fortalezas negando as vidas daqueles que não quiseram seguir suas regras não é nada difícil imaginar que algo assim aconteceria.
Helen:– Não deveria estar andando só,sabe disso não é?
Helena:– Posso me defender sozinha.
— Estava sentada sobre uma grande pedra e à frente tinha um enorme precipício onde me ouvir gritar algumas vezes apenas para escutar meu próprio eco e sentir que não estava completamente sozinha.
Helen:– Sei que pode porém todo cuidado é pouco maninha.
Helena:– Claro e você está muito preocupada não é?
Helen:– Ainda brava comigo?Já acabou Helena e aquele cara...
Helena:– Arthur?
Helen:– Como quiser chamá-lo só está atrás de algo que não faz mais sentido.
Helena:– Vocês destruíram a vida daquele rapaz!
— Me levanto e fico seria,com raiva daquela situação e da maneira insensível que Helen parece lidar com esse problema até parece que não liga pela forma que acabaram com várias pessoas dentro da Fortaleza.
Helen:– Igual seu namorado que destruiu a nossa!
— Aquilo saiu tão rápido que nem fui capaz de engolir e absorver todas as palavras então acabei lhe perguntando o que queria dizer com essa acusação.
Helen:– Não queria ter que falar desse jeito Helena porque sei o quanto gosta daquele desgraçado porém você precisa saber a verdade.
Helena:– Não estou te entendendo por favor me explica melhor.
— Não estava gostando dos rumos dessa conversa só que não aguentava mais segredos entre mim e ela e mesmo que fosse horrível o que estava prestes à dizer e estava rezando à Deus que não fosse nada e que pudesse circular essa situação eu quero ouvir.
Helen:– Quando começaram os primeiros ataques contra as pessoas antes de fechar meus olhos e ver o que estava acontecendo eu observei os rostos daqueles que atacaram nossa família,pelo que eu fiquei sabendo alguns atacavam em bandos para assim ser mais fácil dominar famílias e etc.
Helena:– Estou entendendo o que quer dizer porém não entendo o que o Athos tem a ver com tudo isso!
Helen:– Ele era o líder do bando que atacou nossa família Helena foi ele e mais alguns do seu grupo.
— Aquela revelação cai como uma bomba devastando tudo por onde passava e não estou mesmo acreditando nisso porque o cara que me ajudou e me deu a liberdade para que não precisasse mais servir aos lobisomens não poderia ser o mesmo que cometeu a violência que tinha nos destruído.
Helen:– Helena por favor.
Helena:– Não!Helen eu não acredito em você e por que ele nem me contaria isso!?Não faz sentido!
— Estou com as mãos na cabeça e querendo que Helen diga que isso foi inventado e que era apenas um jogo doentio da sua mente porém conhecia ela o bastante para ter certeza que sempre falava os fatos não importando à quem doesse era assim quando estudávamos e não seria diferente agora só que ele?Não aquilo só poderia ser um mal entendido.
Helen:– Espera Helena!
— Estava correndo para longe dela e me deixando respirar um pouco porque não tinha certeza de nada naquele momento apenas que quero espaço para pensar em tudo que está me acontecendo.
Helena:– Que loucura.
— Escuto apenas o vazio ao meu redor e mais pensamentos vem como se estivessem brincando com meu coração e além disso se voltasse para a Fortaleza naquele momento seria confrontada por ele e não tinha idéia de como faria isso e se faço e tinha o problema daquela criança recém nascida que perdeu parte da família pelos ataques que aconteceram,minha irmã tinha uma parte da culpa só que não falaria aquilo na sua frente.
— Antes de poder pensar mais agora que tinha percebido que me afastei o bastante para nem ver nenhum deles ou até minha irmã que tinha respeitado meu pedido e me deixado sozinha porém algo não parecia ser certo e mesmo assim continuei caminhando agora com as mãos cruzadas e mesmo estando vestida com uma calça marrom escuro e sapatos pretos com uma blusa de manga longa clara da mesa cor que a calça ainda sim me sentia com um breve calafrio na espinha o que era ridículo porque ainda era dia e não existia a menor possibilidade de chover e o só parecia um grande lembrete do imenso calor que estava sentindo naquele momento.
— Antes de poder revidar o golpe sou jogada para o precipício por um lobisomem e mesmo sabendo que não poderia ser ele já que tinha uma Fortaleza para cuidar entendi que Athos tinha vindo atrás de mim,mesmo estando em queda e sabendo que não poderia me transformar tão fácil como os mais velhos conseguiam tentei fazer isso porém toda a raiva não estava vindo é claro que nesse momento poderia destruir aquele desgraçado com minhas garras que tinham aparecido só que não conseguia completar toda a transformação.
Helena:– Inferno!
— Já estávamos chegando ao fim do caminho podia ver as pedras lá embaixo que faziam parte de várias cavernas que levavam abaixo do deserto para alguns fugitivos era um bom caminho para mim que teria meu corpo espatifado nem tanto,então sinto aquele monstro me segurar pela cintura e abafar minha queda com seu corpo enorme abaixo do meu e quando caímos mesmo sentindo que tinha me machucado em alguns cantos do corpo sabia que iria se curar em breve então tive a certeza que era aquele assassino.
Helena:– Athos?
Athos:– Sentiu minha falta caçadora?
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Criança Selvagem
Lupi mannariEm um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...