Capitulo 44

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Athos
           — Estou com Natasha do meu lado enquanto Jung monitora toda a situação da sala principal de controles e tinha trazido Angelica a melhor amiga de Helena,nesse caso uma delas ainda não tinha paradeiro da outra por aquela confusão que estava aos poucos perdendo força e não entendia ainda como aconteceu já que aqueles bichos entraram aqui sem um líder ou Alfa apenas para matar e destruir por livre escolha?Isso era loucura!
Athos:– Você reuniu os outros caçadores?
Jung:– Com quem acha que está falando em!?
Angelica:– Jung!
          — Como sempre o conselheiro tinha uma língua afiada e sarcástica e talvez fosse por essa razão que tinha lhe colocado no poder pouco depois das primeiras tentativas de comunicação da Coréia com o Brasil,era óbvio que dentre tantos Jung seria o mais apto já que tinha dito o quanto odiava o lugar que nasceu apenas por não ter conseguido o que queria.
Angelica:– Não pode ser.
          — Olho para a câmera que Angelica observava sem nem ao menos piscar e percebi o choque ao observar Helena caminhando ao lado de uma garota idêntica à ela.
Athos:– O que isso significa?
Angelica:– Ela está morta.
Jung:– Do que está falando?
Angelica:– Helena tem uma irmã gêmea,o problema foi que ela morreu quando sua família sofreu perseguição e morreu nas mãos dos lobisomens.
Jung:– Quer saber?Ela parece bem viva para mim!
Athos:– Coloque mais armas nas entradas.
Jung:– Não vai mudar em nada você sabe!
Athos:– Pelo menos vai impedir que mais desses bichos entrem agora vou lá fora!
Angelica:– Aonde vai!?
Athos:– Ajudá-la Angelica!
Angelica:– Vou com você!
Jung:– Espera aí!Você não vai mesmo!
Angelica:– E quem é você para me dizer o que devo ou não fazer!?
Jung:– O cara que vai te comer futuramente gracinha!
Athos:– Tudo bem fiquem aí vocês dois!
            — Saio correndo da sala principal e através de um corredor abro uma janela que ficava no segundo andar do prédio e ao fazer isso o vento me cobre até sentir meu corpo ficar inteiro para fora.
Athos:– Aonde foram?
            — Olhava todos os pontos de destruição deixados por aqueles inimigos e em breve gostaria de respostas como qual líder estaria atrás de uma possível guerra e por que a irmã gêmea estaria atrás de Helena?Então me jogo e começo à me transformar em plena queda e assim caio com força e violência no chão já sentindo toda a força e caos dentro do meu corpo pela besta e assim meus movimentos ficam mais rápidos e corro pelas diversas ruas e aos poucos vou tentando sentir seu cheiro e aquele doce aroma me impregnava mesmo quando achava que poderia deixá-la no canto mais obscuro da mente junto das memórias ruins e da minha filha.
              — Quando pulo sobre um prédio e minhas garras se fincam na parede para observar com cautela eu escuto sua voz não tão distante e assim me agarro na vontade de tê-la de volta e matar se for preciso quem estivesse no caminho.
Helena:– Calma Helen!
             — Tinha caído de uma parede grossa do prédio até a frente delas e mesmo tendo meu ódio como principal foco precisava admitir que a semelhança entre ambas era inacreditável.
Helena:– Não à machuque Athos!
            — Tento me acalmar e colocar a mente no lugar se não precisaria de mais pessoas para retirar as garras do pescoço daquela garota que observava tudo com um meio sorriso convencido.
Helen:– Cachorro sarnento!?Ela vem comigo!
            — Sua voz me provocava diversas sensações e a principal era desejo de rasgar sua garganta para que nunca mais entrasse em meu território.
           — Me ouvia rosnar porém fui me contendo porque Helena não me deixaria fazer qualquer mal para a irmã e não me perdoaria se fosse até o fim com essa loucura e lentamente fui voltando à forma humana até sentir minha respiração voltar ao normal.
Helena:– Athos!
            — Ela me abraça forte e Helen parecia querer rir com aquela cena e mesmo que não à conhecesse direito ainda já odiava essa mulher que mesmo tendo as feições iguais às da irmã era totalmente diferente nas atitudes.
Helena:– Me escuta eu vou embora com ela!
            — Helena falava aquilo como algo normal e sem valor nenhum e não para mim e se achava que iria permitir uma loucura dessas estava muito enganada!
Athos:– Eu vou matar você!
           — Antes de falar mais alguma coisa a irmã se transforma na nossa frente e seus olhos dourados e escuros faziam contraste com o pêlo branco que cobria seu corpo e garras cinzas que estavam preparando para me despedaçar.
Helena:– Não Helen para!Eu não ficarei aqui!
Athos:– Do que está falando!?
Helena:– Me escuta bem idiota!Helen é a Alfa que controla esses selvagens que entraram na Fortaleza ouviu!?E se partir com ela agora Helen me prometeu que mandará todos para fora junto de nós!
Athos:– Acreditou nela!?
           — Não fazia idéia por que tinha tomado essa decisão porém queria que acreditasse em mim porque a irmã era uma cobra asquerosa que estava lhe manipulando para ter sua presença do lado dela.
Helena:– Não tenho escolha ei!
          — Ela puxa meu queixo até me fazer lhe observar novamente.
Helena:– Tem mais uma coisa Athos existe uma criança que precisa da sua ajuda.
Athos:– O que?Aonde!?
          — Não entendia muito bem aonde queria chegar porém lhe deixei contar o resto da história.
Helena:– Ela está no hospital é um bebê e precisa que à ajude porque a pequena está sozinha no mundo,só fala com a enfermeira que sabe meu nome e dizer que cuidará da criança.
Athos:– Você gosta de cuidar de tudo não é?
         — Dessa vez tenho um sorriso dela e assim lhe roubo um beijo.
Helen:– Não tenho todo o tempo do mundo crianças!
Athos:– Não posso deixar que faça isso!
          — Me odiava por estar aceitando esse tipo de loucura porém não conseguia pensar em algo melhor para levar embora os lobisomens que estavam aos poucos retornando.
Helena:‐ Eu vou ficar bem Athos.

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