Athos
— Era incrível a enorme semelhança com a mãe desde os grandes cabelos castanhos até aqueles olhos que poderia me matar caso fosse o caso porém minha filha queria apenas a verdade que envolvia o abandono e a falta de coragem de visitá-la.
Natasha:– Por que não fala nada!?
— Uma boa pergunta que não tem como ser respondida em voz alta apenas que acreditei que fosse melhor ir embora e não saber mais dela,dessa maneira dar uma chance para sua sobrevivência já que sendo metade humana nunca iria encontrar apoio dos lobisomens e muito menos dos humanos.
Athos:– Você tem que entender filha que o melhor foi deixá-la para trás.
— Antes de tentar tocá-la Natasha se esquiva do meu toque em seu ombro,entendo isso de verdade melhor do que pensa porém não posso deixar de me sentir um nada depois desse gesto.
Natasha:– Você nunca me amou não foi?
— Seu olhar infantil era duro e cheio de mágoa,não podia culpá-la apenas que doía como o inferno essa frieza por tanto tempo esperava encontrá-la só que a dominação dos países aconteceu e aquilo foi chutado para debaixo do tapete.
Athos:– Isso não é verdade.
Natasha:– Então por que!?Poderia ter mandado mensagem ou sei lá se comunicado só que resolveu que era melhor me esquecer!Eu te odeio!
Athos:– Eu não.
— Lágrimas começaram à descer pelo seu rosto e percebia o quanto estava ressentida,magoada comigo,ao tentar abraçá-la o improvável acontece e Natasha se deixa ser abraçada,mesmo assim não coloca seus bracinhos ao meu redor,está em dúvida porém não me sinto assim porque a amei muito antes de nascer e se à deixei longe não foi por medo e sim amor.
Athos:– Eu te amo minha criança selvagem.
— Lhe chamei assim desde o momento que nasceu e não seria agora que iria parar de chamar e talvez algum dias mais hibridos teriam esse mesmo apelido.
Natasha:– Não me deixa aqui pai.
— Aquela frase com aquela última palavra incluída seria minha ruína e também salvação,como alguém tão jovem consegue ser tão poderosa assim?
Athos:– Você é impossível garota!Sabe disso!?
— Ela me dá um largo sorriso e seus olhos eram tão brilhantes e profundos que me lembravam jóias e com aquela minha última observação sabia que eu já tinha decidido ao seu favor.
Athos:– Tudo bem pirralha você vai vim comigo.
— Natasha pula com tudo em meus braços e os circula ao meu redor.
Athos:– Calma aí!
Natasha:– Não vou dar trabalho!
Athos:– Como está dando agora?Óbvio que não.
— Depois de tanto tempo iria levar minha filha para casa sem esperar que alguém falasse isso ou até mesmo me obrigasse,já tinha visto o que estava acontecendo há tempos e não poderia deixar Natasha no meio de toda essa bagunça e devia isso de qualquer maneira à Susana.
Athos:– Anda!Vai arrumar suas coisas antes que eu me arrependa!
Natasha:– Vou contar tudo para a tia Rita!
— Eu daria um jeito para que minha filha fosse aceita no meio dos lobos e em breve talvez ocupar meu lugar,me afastar de todo o resto talvez,não apenas isso porque precisei dar tudo de mim para tentar me esquecer da burrada que tinha cometido e assim não me sentir pior do que antes porém agora é diferente.
Helena:– Viu só?Matou fazer algo pela filha?
Athos:– Estava ouvindo a conversa?
Helena:– Talvez um pouco agora com isso acontecendo comigo fica mais difícil não ouvir nada.
Athos:– É normal.
— Me sento na beirada da cama,reflito sobre o que tinha acabado de fazer,acredito que não estou arrependido mas puto,por que não fiz isso antes?
Helena:– Está pensativo?Por que?
— Ela se senta no meu colo e fica me observando,esperando que eu falasse alguma coisa.
Athos:– Se você tivesse visto a felicidade estampada no rosto dela.
Helena:– Eu escutei boa parte.
Athos:– Obrigado por me convencer sobre isso.
Helena:– Não tire o crédito de você mesmo porque fez o que acreditava ser certo.
Athos:– Não vou deixar ninguém discriminá-la por ser parte humana.
— Falo aquilo como aviso e uma promessa também já que se algum dos guardas ou até mesmo Jung tentasse falar qualquer coisa que não fosse bom haveria briga e morte.
Helena:– A gente não vai seu idiota!
— Ela estava segurando meu queixo naquele instante,dou graças à Deus se alguém naquele momento estivesse ouvindo de alguma parte cósmica ou até mística porque sinto que se ficasse de pé cairia de joelhos na frente daquela mulher,cada dia que passava Helena ganhava mais minha admiração,respeito é óbvio que estava viciado em seu corpo mesmo tendo poucos momentos juntos porém para mim era o bastante,nada mais importava além de Natasha e essa caçadora de língua afiada.
Helena:– Pode entrar!
Athos:– O que?
Helena:– A porta!?Parece que está vivendo no mundo da lua sabia disso!?
Athos:– Provavelmente.
Rita:– Desculpa interromper só que recebi uma ligação da Fortaleza.
Athos:– Quem era?
Rita:– O conselheiro.
— Se ele tinha ligado era provável que as notícias não eram nada boas,ouso presumir que talvez tivesse acontecido algum ataque porque Jung não pedia ajuda,mesmo quando tinha me afastado daquele lugar o cara segurou bem as pontas em minha ausência.
Athos:– O que houve Rita?
— Helena se levanta com um semblante sério e preocupado,como eu sabia farejar uma confusão quando estava prestes à explodir na nossa cara.
Rita:– Houve um ataque,ele quer que volte
Helena:– Merda!
Athos:– Prepare um helicóptero Rita estou voltando hoje mesmo para a Fortaleza.
Helena:– Eu vou com você!
Athos:– Não vai não!Ainda é lua cheia sua maluca e irá se transformar rapidamente.
Helena:– Então seu tapado você não vai sem mim!
— Ela parecia ser a dona da razão,adorava seu àr de superioridade aparecendo porém a história era complexa e não podia deixar que nada acontecesse as pessoas que amava naquela altura.
Athos:– Você é impossível sabia!?
Helena:– Por isso que me ama?
— Abro caminho para ela passar na minha frente e aceno com a cabeça para Rita que sabia o que devia fazer.
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Criança Selvagem
WerewolfEm um futuro distopico controlado por lobisomens desde a última guerra poucos humanos sobraram e esses sobreviventes tem apenas duas opções ou se tornam escravos para o prazer ou são treinados para serem caçadores de traidores ou fugitivos,Helena é...