Capitulo 28

864 92 2
                                    

Helena
           — Eu estava mesmo envolvida por todo aquele mundo apresentado à mim e mesmo querendo ir embora como Monalisa propôs à pouco tempo porém desconfio que isso tem à ver com Valentim que à rondava como uma mosca no mel e tinha perguntado à Athos se seria um problema para minha amiga aquele cara porque até então tinha me deixado presa para que o próprio irmão fosse até a Fortaleza pegar algo da mulher morta e ameaçado alguém então o idiota era no mínimo questionável.
Athos:– Do que está falando minha delícia?Ele pode ter um temperamento difícil só que...
Helena:– Você quer dizer como o seu?
Athos:– Aí!Essa doeu!
           — Tinha acabado de prender meu cabelo em um rabo de cavalo enquanto tinha vestido emprestado algumas roupas das mulheres daquele acampamento que era um vestido até abaixo dos joelhos com uma alça apenas no ombro de cor marrom e coloquei meus coturnos pretos porque me sentia mais confortável calçada com eles e alguns colares de miçangas brancas e negras com uma pulseira que Valentim tinha passado para eu usar no momento das transformações.
           — Quando Athos vem e me abraça por trás sinto um grande arrepio por aquelas mãos em meu corpo e seu hálito contra meu pescoço parecia um convite para possiveis coisas,droga!O que estou pensando mesmo!?
Athos:– Você está muito gostosa nessa roupa sabia?
           — Precisava me concentrar em saber mais sobre seu irmão porque já tinha permitido que minhas amigas ficassem aqui pelo menos gostaria de uma garantia que elas não seriam atacadas por nenhum maluco.
Helena:– Podemos voltar ao assunto do seu irmão?
Athos:– Ele não é problema ok?Sei que temos nossas diferenças só que nós nunca matamos outros da nossa espécie,muito menos convidados deles então suas amigas estão seguras.
           — Sorrio quando começa à beijar parte da orelha e pescoço e coloco uma distância segura entre nós.
Helena:– Então por que as pulseiras meu filho?
Athos:– Ele garante os possíveis ataques dos nossos porém existem outros espalhados pelo deserto.
Helena:– Canibais como vocês?
            — Sou surpreendida ao ser virada pela cintura pra ficar de frente para ele.
Athos:– Não nego nenhum pouco que quero comê-la só que essa tribo em específico não pratica canibalismo e isso foi decidido por Valentim desde o começo da dominação pelo mundo.
            — Coloco meus braços ao seu redor e não consigo deixar de achar aquelas palavras rudes também tremendamente românticas.
Helena:– Tenha cuidado.
Athos:– Por que?
Helena:– Eu posso querer ser comida agora mesmo.
           — Ele me dá um sorriso que me deixa com as pernas bambas e mesmo achando o momento oportuno não podia deixar de olhar minhas amigas,ao terminar de me beijar acabo saindo de perto.
Athos:– Você sabe que isso é sacanagem né?
Helena:– O que?
Athos:– Me deixar de pau duro e sair fora!
Helena:– Fica para depois meu lobo.
          — Estava pegando gosto por aquilo de lhe provocar e até mesmo ficar nesse embate porém a verdade era unânime eu queria mesmo ir para a cama com esse safado e negar isso estava me enlouquecendo porque odiava que o mundo tenha ido para o buraco porém estou me apaixonando mesmo por Athos e me odiando por fazer isso!
Christina:– Você viu como ela está atirando bem?
Helena:– Oi?
Christina:– Monalisa.
          — Então perto da fogueira tinha várias pessoas arremessando suas flechas e minha amiga estava sempre acertando os alvos e do seu lado está o cara que era uma incógnita só que estava rindo e se divertindo com o bom desempenho dela,era estranho mais do que isso era por que a maioria não se transformava?Eu sei que a injeção que tinha tomado ainda estava fazendo efeito e por isso não conseguia controlar bem,Athos tinha me avisado que ficaria assim por pelo menos uns dois dias.
Helena:– E você nem está gostando disso não é safada?
           — Lhe empurro de brincadeira porque sabia o quanto estava orgulhosa da irmã e sempre foi assim e mesmo nos piores dias a união delas me ajudava a passar por aquilo como sei que ajudou ambas,ao nos aproximarmos noto uma garrafa de bebida alcoólica perto dela e enquanto acertava um alvo notei que comemorava com um gole.
Helena:– Você está bêbada!?
Monalisa:– Ainda não!
           — Ela ri sobre o ombro do Valentim e aquilo só poderia ter dedo podre do cara que parecia estar animado por começar a embebedar minha melhor amiga.
Helena:– Quero conversar com você!
           — Falo em tom autoritário porque se estivesse tramando para ficar com ela de qualquer maneira iria cortar seu barato.
Valentim:– Por que não se diverte em?
Helena:– Está tentando embebedá-la e forçar a garota à ter relações com você!?
          — Todo o humor foge de seu rosto e parece que consegui acertar o alvo,que bom!
Valentim:– Quem você pensa que eu sou caçadora!?
         — Aquela pergunta só poderia ser retórica porque ambos sabíamos a resposta.
Helena:– Um cara disposto à tudo para machucar o irmão?
          — Ele esfrega ambas as mãos no rosto e tenta se controlar para dar uma resposta e se fosse assim não precisava porque não iria me conter caso fossemos para um combate.
Valentim:– Meu irmão tirou alguém muito importante para mim então não tente se meter com o que não é da sua conta!
Helena:– Então se é assim serei mais clara ainda Valentim.
          — Estando sério parecia que era outro cara e o sorriso fácil e despreucupado lhe faziam ser até que agradável e fazendo do seu rosto até atrativo mesmo com a barba negra lhe cobrindo a face.
Helena:– Não se aproxime da Monalisa me entendeu!?
Valentim:– Isso seria uma ameaça caçadora?
        — Vou me aproximando do cara sentindo que à qualquer momento pudesse se transformar e arrancar minha jugular com uma mordida apenas só que fiquei firme e na minha porque não iria deixar o jogo se perder dessa maneira pelos dedos.
Helena:– Não é uma promessa.
          — Ele me dá um meio sorriso provocativo e como o irmão esse sabia como tirar alguém do sério só que não iria lhe dar esse gostinho.
Helena:– Espero que tenha entendido que elas são minha família.
Valentim:– Eu entendo só acho que tem uma idéia errada de mim caçadora assim como tem do Athos.
Helena:– Eu escolho o que é certo ou errado para mim.
Valentim:– Você caiu no feitiço do cara!
Athos:– Qual o problema por aqui?
Valentim:– Nada irmão apenas uma boa conversa.

Criança SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora