Mas enquanto James fazia planos com Deus e o mundo para receber Anahí em sua casa, essa já bolava a estratégia pra fugir daquela situação em que tinha acabado de se meter. Sabia que precisaria de cuidados, mas voltar a morar na casa de James? Não, isso era mesmo incogitável. Não queria de maneira alguma que ele entendesse aquele gesto de forma errada, e pra isso, o melhor era evitar.
– Ei – Alfonso abriu a porta, entrando de mansinho e sorrindo ao vê-la acordada – Ei, está tudo bem? – Se sentou ao lado dela na cama, pegando a mão de Anahí – Está sentindo dor?
Anahí: Um pouco – Sorriu para Maite que entrava junto com Lexie, atrás de Alfonso – Doutora Alexandra não poupou na faca, acho que cortou até mais do que precisava – Lexie riu, dando um passo a frente.
Lexie: Acredite, podia ser pior – Parou, analisando o curativo – Está se sentindo bem? O efeito da anestesia já passou totalmente ou ainda se sente enjoada?
Anahí: Sim, eu estou bem – Se ajeitou sobre a cama – A senhorita pode me dizer como que fez pra que ninguém da minha família viesse me atormentar ainda?
Lexie: Oh, esse é um segredo preciosíssimo e eu não posso de maneira alguma revelar – Sinalizou sobre a boca, piscando para Anahí – Vou ver outro paciente agora, mas qualquer coisa me chame, ok? – Anahí assentiu – Anahí, é qualquer coisa mesmo, qualquer incomodo, qualquer dor, qualquer coisa. Você está em um hospital, acabou de passar por uma cirurgia, PODE E DEVE sentir dor, está me ouvindo? Não se faça de forte aqui.
Anahí: Estou ouvindo, doutora – Fez uma careta para Lexie, que deu um passo atrás, assentindo – Vai em paz, eu vou ficar bem.
Lexie: Certo, eu vou – Pegou o prontuário dela novamente – E você vem comigo – Apontou pra Maite – Vamos nos aventurar juntas pelos corredores desse hospital.
Maite: Mas por que eu? – Cruzou os braços, com um bico – Eu acabei de chegar e estou quietinha! Não quero ficar de castigo com os Puentes! Eles são chatos e reclamam de tudo! – Lexie sorriu para Anahí e Alfonso, parando ao lado de Maite e enlaçando o braço ao dela – Não adianta chegar de mansinho não que eu to bem vendo suas intenções ok? E elas não são nada legais.
Lexie: Por Deus, pare de ser birrenta! – Alfonso riu, encontrando a mão de Anahí sobre a cama e entrelaçando seus dedos aos dela – Nós vamos ficar juntas, Puente nenhum vai te atormentar, prometo.
Maite: Mas eu vou poder voltar? – Olhou de Lexie para Anahí – Eu quero ficar um pouquinho com a minha amiga.
Lexie: Ai Maite, meu Deus do céu! – Bufou, puxando o braço dela – Eu to tentando aqui, toda discreta deixar os dois sozinhos pra conversarem em paz e você fica ai feito uma mula empacada! – Maite franziu o cenho, se dando conta da situação – Quer saber, fique ai! – Dispensou, soltando-a – E tomara que queime muito a mão! – Gritou, fechando a porta do quarto.
Maite: Queimar a mão? – Repetiu olhando para a mão, saindo atrás de Lexie em seguida – Eu não vou segurar vela não, me espera! – Assoprou um beijo para Anahí, fechando a porta e deixando-os a sós.
Alfonso: Enfim... – Levou a mão de Anahí até os lábios, deixando um beijo delicado ali – O que houve? – O polegar de Alfonso acariciava o dorso da mão de Anahí em círculos, enquanto os olhos estavam atentos, pregados na expressão dela – Como você veio parar aqui? Me conte tudo o que aconteceu.
Anahí: Acidente de trabalho, essas coisas acontecem – Deu de ombros, se ajeitando na cama – O importante é que não foi nada grave e logo estarei recuperada. Foi apenas mais um susto.
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Lawless love
FanfictionSegredos do passado vindo à tona, a paz que se levou anos para ser conquistada se esvaindo e a necessidade de justiça pulsando sobre a própria pele, unindo assim, dois corações em busca de um mesmo objetivo.