Capítulo 57 - Nightmare

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Doía e não era pouco, não era o corpo, ao menos não mais. Não sabia nem sequer dizer de onde saía tanto, ela só sabia sangrar. Estava com o corpo no chão, apoiado ao de Maite que naquele momento, parecia sentir exatamente o mesmo que ela.

Ver Chloe levando sua mãe pelos punhos, e algemada, assim como o olhar arrependido que ela lhe lançou, fez Anahí se encolher ainda mais em no colo da amiga, e depois disso... ela só se lembrou de abrir os olhos em um quarto branco, onde uma luz forte iluminava o lugar.

Demorou um pouco até que seu cérebro raciocinasse onde realmente estava, o punho direito latejando estava devidamente enfaixado, assim como o corpo que levou uma bela surra, estava com alguns curativos e marcas a mostra.

– Ei, você acordou – Maite se levantou com um sorriso, vindo da poltrona ao lado dela, alcançando sua mão – Está se sentindo bem?

Anahí: Onde estou? – Olhou ao redor, tentando reconhecer o lugar – O que aconteceu? – Levou a mão a cabeça, onde sentiu uma forte dor ao tentar pensar – Onde ela está? – O suspiro de Maite deu muito a entender, e Anahí apenas fechou os olhos – Ela já conseguiu fugir, não é mesmo?

Maite: Ninguém sabe o que aconteceu, não tem sinal de nada em lugar algum, mas ela... simplesmente não está mais lá – Acariciou a mão de Anahí, sentindo as palavras doerem no fundo de sua alma – Mas estão atrás dela, está me ouvindo? Vai ficar tudo bem, logo ela será encontrada e esse pesadelo terá fim.

Anahí: Eu desisto... – Murmurou, ainda com os olhos fechados – Ela está viva e matou um homem bem na minha frente! – Negou com o rosto, tentando se livrar das lembranças – Ela acabou com tudo o que eu tinha, Mai. Ela acabou com a minha vida ali!

Maite: Minha amiga, de sua mãe, você só tinha lembranças – Encostou a testa no braço de Anahí, que riu sem humor – Não deixe que o que você tem hoje, acabe por causa dela. Anna não tem todo esse poder sobre a sua vida, não permita que ela tenha.

Anahí: Você não entende – Suspirou, engolindo o choro – Tudo o que eu vivi até hoje foi uma mentira. Minha vida não tem nada de concreto... – Tentou levantar os braços, sem força – Tudo foi uma bela mentira contada pelo meu pai – Mordeu o lábio, enquanto ainda negava com o rosto – Ninguém, nunca foi sincero comigo, Maite!

Maite: Ei, não diga isso – A repreendeu, fazendo-a abrir os olhos – Eu estou aqui, eu mudei toda a minha rotina pra estar aqui e nunca, em toda a minha vida, menti pra você – Sorriu com ternura para Anahí – Eu serei sincera, sempre, o tempo todo. E eu prometo isso a você, minha amiga. Tem muitas coisas, muitas pessoas em sua vida que valem a pena, então... não misture tudo. O golpe foi forte, doeu até em mim. Mas você tem forças suficientes para se levantar e dar a volta por cima.

Anahí: Será, Maite? Será que eu posso mesmo tudo isso o que esperam de mim? – Encolheu os ombros, sentindo um calafrio tomar todo seu corpo – Eu sou cobrada o tempo todo e nunca entrego o que esperam.

Maite: A quem muito se deu, muito será cobrado – Sorriu tranquila, passando os dedos em um carinho pelo braço de Anahí – Você é forte, é uma guerreira, inteligente e perspicaz. A melhor tenente que já vi em toda a minha vida, a cobrança é forte, você está em um cargo onde as pessoas esperam o melhor, mas você corresponde com louvor – Anahí riu sem humor, negando com o rosto – Anahí, qualquer um de nós quatro que viemos com você, não teríamos a força que você teve para fazer tudo o que fez aqui. Você é forte sim, você entrega muito mais do que esperam de você. Não se cobre tanto, isso não faz bem.

Anahí: Mai... – Bateu a mão sobre a dela – Tudo o que eu quero agora é ir pra casa, está bem? Só quero descansar, eu preciso de um tempo sozinha para entender, assimilar tudo o que aconteceu aqui. Será que podemos ir?

Lawless loveOnde histórias criam vida. Descubra agora