O problema da gravidez de Dulce ia muito além do filho ser de Alfonso, a questão era o relacionamento deles que tinha acabado de começar. Anahí ainda não conseguia pensar com clareza a ponto de enxergar a falha em tudo aquilo. Meses tinham se passado desde o fim do relacionamento de Alfonso e Dulce, era para no mínimo ela já estar com a barriga enorme ou pronta pra parir.
E Anahí tinha consciência disso, porém, não sabia até onde eles tinham ido. Se tinham se encontrado durante esse tempo, se algo tinha acontecido. Ela não sabia de absolutamente nada a respeito, pra poder assim, ter uma opinião.
A conversa que tiveram mais cedo sobre filhos martelava sua cabeça, Alfonso queria ser pai e era óbvio que não viraria as costas para um filho seu, mesmo que fosse com Dulce. Mas e ela? Anahí não queria de forma alguma ser mãe, não queria ter um filho seu, imagine ter que criar o filho de outra mulher? Isso era incogitável.
Mas enquanto Anahí estava perdida nos próprios pensamentos, olhando Lexie e ao mesmo tempo não vendo nada a sua frente, Alfonso seguia para o próprio apartamento com um misto um tanto quanto estranho de seus sentimentos.
Ele não podia mais negar, nem pra ele, nem pra ninguém que sentia algo. Mas seguia acreditando fielmente que estava bem longe de ser amor. E disso, ele tinha mais do que certeza.
– Você é algum tipo de retardado? – Foi surpreendido por um sapato voando em sua direção, assim que abriu a porta de seu apartamento – Eu estou aqui há horas tentando imaginar como pude ter um filho tão sonso como você!
Alfonso: Ei, que violência gratuita é essa? – Se encolheu quando Diana avançou em sua direção, o enchendo de tapas – Ai, vai com calma ai! – Pediu olhando para Alejandro que apenas levantou os ombros, se tirando do problema dos dois – Pelo menos pode me falar por que estou apanhando depois de trinta anos?
Diana: Por ser um jumento e só fazer merda! – O acertou novamente com um tapa – Alfonso! Eu estou muito nova pra ser avó, meu Deus do céu! – Choramingou e Alfonso franziu o cenho, confuso – Como que você transa sem camisinha meu filho? EU TE ENSINEI A USAR CAPA NA CHUVA, ERA UM CLARO SINAL! – Se virou indignada para Alejandro que disfarçou o riso, enquanto Alfonso ainda olhava os dois com os olhos arregalados, assustado com a cena que acontecia a sua frente – Esse menino ainda vai me matar, Ale! E eu não to brincando! – Respirou fundo com a mão no peito.
Alfonso: Como você sabe...? – Encarou Maite, que se fazia de desentendida em um canto da sala – Foi você quem contou, garota? – Deu dois passos na direção dela e parou quando Diana estendeu a mão, o impedindo de continuar o caminho – Mãe, foram só algumas vezes! – Se defendeu – E ela me garantiu que não iria engravidar, não temos com o que nos preocupar! – Diana cruzou os braços, fuzilando-o furiosa – Oh meu Deus, não tá adiantando – Esfregou as mãos no rosto – Ok, veja! Eu sou saudável, ela também é e nós estamos namorando! Que mal tem transar com a minha namorada sem camisinha?
Diana: VOCÊ VOLTOU COM AQUELA SAPA RUIVA? – Avançou novamente pra cima de Alfonso – EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO COM VOCÊ! NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO COMIGO – Deu um passo pra trás, estendendo um braço na direção de Alejandro – Ai Ale me segura, me segura que minha pressão caiu! – Se fez, sendo amparada pelos braços do marido – Me segura porque a minha vontade é dar na cara desse garoto! – Maite riu, se levantando.
Alfonso: Sapa ruiva? – Murmurou confuso, negando com o rosto – Do que você tá falando?
Maite: Vocês estão em assuntos completamente diferentes – Finalmente se pronunciou, parando entre os dois – Mas é muito bom saber que você está transando com a SUA NAMORADA sem camisinha também, Alfonso. Assim, nossa mãe terá dois netos bem mais rápido do que imaginava – Debochou, abrindo os braços e se virando para Diana – Isso não é maravilhoso?
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Lawless love
FanfictionSegredos do passado vindo à tona, a paz que se levou anos para ser conquistada se esvaindo e a necessidade de justiça pulsando sobre a própria pele, unindo assim, dois corações em busca de um mesmo objetivo.