Lawless love

Capítulo 67 - A simple moment

Não vinha sendo os dias mais fáceis, mas desde que teve aquela definitiva e esclarecedora conversa com Alfonso, a vida de Anahí vinha sendo um tanto mais agradável. Por mais que não pudesse vê-lo, eles estavam juntos, se falavam o tempo todo, e isso bastava.

No decorrer daqueles dias, Anahí cumpriu a promessa que fez a Amy, se consultando com o médico que ela tinha indicado, e seguindo a risca as recomendações dele para que seu filho se desenvolvesse forte e saudável. 

Por isso, acabou descobrindo o significado de uma nova palavra: delegar. Boa parte de seus casos, agora eram tocados por Cody, enquanto outros tinha confiado a Mane. As duas pessoas que ela sabia que ali, dentro daquela delegacia, as resolveria com tanto afinco quanto ela.

E isso acabou dando a ela mais tempo livre. Muitas vezes não sabia o que fazer com esse tempo extra, era até estranho, mas com o passar o tempo, a gravidez acabou mostrando o que deveria fazer com ele. E assim, Anahí dormia. O tempo todo, em qualquer lugar, muito mais do que o normal. 

No começo, era muito estranho. Dormia realmente em qualquer lugar, de qualquer jeito e o mais impressionante: não acordava com nenhuma dor, mesmo dormindo nas mais estranhas posições. 

– Já chega – Resmungou ao acordar de mais um cochilo – Eu preciso sair dessa procrastinação sem fim – Esfregou os olhos, se sentando no sofá. 

Alcançou o celular sobre a mesa, sorrindo ao ver a imagem que Alfonso tinha mandado. Um pequeno macacão com alças e um desenho de dois tacos de baseball cruzados com uma bola entre eles, com a frase Go Yankees em negrito sobre eles. 

E era tão pequeno, tão minúsculo que ela se perguntava como é que aquilo poderia servir a alguém. 

– É tão lindo... – Disse emocionada, encarando o rosto de Alfonso na chamada de vídeo – Mesmo que eu não tenha a menor ideia do que significa – Alfonso gargalhou, inclinando a cabeça – Mas eu amei, será que vai servir?  Parece não pequeno...

Alfonso: Claro que sim, anjo – Sorriu, apoiando o rosto sobre a mão – Eu comprei no tamanho médio, ainda levará alguns meses até que o nosso filho possa usa-lo. 

Anahí: Ele vai nascer menor do que isso? – Perguntou com os olhos arregalados, assustada com a informação – Oh meu Deus, isso não vai dar certo. 

Alfonso: Já deu certo – Piscou para Anahí, que respirou fundo, se perdendo no sorriso dele – O que está fazendo por ai, agora? 

Anahí: O que eu faço, Alfonso? Ou melhor, o que eu tenho feito nos últimos dias? – Perguntou, irritada – Estava dormindo! Dormindo, dormindo, dormindo – Suspirou, ouvindo o riso de Alfonso – E comendo, é só isso a minha vida agora. 

Alfonso: O que é muito bom – Concordou – Uma pena que eu não posso estar participando de tudo isso com você, adoraria deitar do seu lado e dormir agarradinho... – Disse sugestivo com um sorriso safado – E te acordaria com alguns beijos em sua nuca, e desceria por toda a sua coluna – Anahí sentiu seu corpo arrepiar, imaginando a cena que Alfonso descrevia – Claro, que pra isso nós teríamos que estar dormindo sem roupa alguma. 

Anahí: Ok, ok, ok – O interrompeu, massageando as têmporas – Onde você está? Eu preciso transar! 

Alfonso: Estou aqui, sozinho e abandonado no meu escritório – Afrouxou sua gravata, mostrando sua sala vazia para Anahí – Louco pra te pegar de um jeito bem gostoso...