Ao perceber o quanto Anahí estava agitada em seus braços e por conhecer o temperamento impulsivo e explosivo dela, Alfonso se inclinou, colocando seu corpo sobre o de Anahí e travando as portas do carro, segurando com toda a força necessária o corpo dela.
– Eu preciso ir lá! – Protestou, tentando se esquivar dos braços de Alfonso – Eu preciso falar com ela, Alfonso!
Alfonso: Eu sei que precisa, anjo – Suspirou com pesar, a dor de Anahí era palpável – Eu sei que precisa de respostas, mas nós não temos certeza de nada aqui – Anahí tentou olha-lo, os olhos carregados de lágrimas e dor – Nós não sabemos se é mesmo ela, pois até onde você sabe, sua mãe está morta.
Anahí: Nada faz sentido – Relaxou o corpo, parando de relutar contra Alfonso – Nada mais faz sentido aqui! Por que ela estaria com eles? Como ela estaria viva? Eu a vi... – Se soltou de Alfonso, enxugando o rosto – Eu vi ela, Alfonso! Eu a vi... – Fechou os olhos, tentando resgatar a memória da noite do acidente de sua mãe – Céus! Eu não consigo! – Grunhiu, acertando as mãos no volante.
Alfonso: Ei, calma – Pediu olhando ao redor, observando o grupo que ainda conversava a frente – Nós temos que investiga-los, não é? – Anahí assentiu, encostando a testa no volante – Então, amor... – Passou os dedos pelos cabelos dela – O que quer que seja, nós vamos descobrir e vai ficar tudo bem.
Anahí: Será, Alfonso? – O olhou com um riso sem humor em seus lábios – Será mesmo que vai ficar tudo bem?
Alfonso: Não tenho como te garantir isso, amor, mas, ei... – Segurou o rosto dela entre as mãos, sorrindo carinhoso – Eu estou aqui, e posso te prometer que eu farei o possível e o impossível pra que fique bem. Eu vou cuidar de tudo, pra que isso aconteça – Selou rapidamente os lábios com os dela – Não sofra por antecipação, ok? Vamos dar um passo de cada vez, vamos pra delegacia, nós temos nomes e endereços, vamos começar a partir dai até achar a linha que amarra isso tudo, hum? – Sugeriu, acariciando as bochechas dela com o polegar – Podemos não saber de nada, mas ao menos tempos por onde começar.
Anahí: E se for mesmo ela... – Alfonso a silenciou, juntando os lábios dos dois em um beijo lento e carinhoso que logo a fez esquecer qualquer que fosse a linha de pensamento que tentava seguir.
Tocou com a ponta da língua os lábios de Anahí, dando a ela todo o carinho, amor e respeito que tinha ali.
Alfonso: Não pense nisso agora... – Murmurou contra os lábios dela, ainda com a testa colada – Viemos atrás de Javier e vamos começar por ai – Suspirou, deixando um beijo rápido no canto da boca dela – Bom, você me perguntou mais cedo porque Dulce estava envolvida em tudo isso... – Anahí abriu os olhos, o observando, atenta – Pois bem, tem algo que eu preciso te explicar. Javier é irmão do pai de Dulce, e bom, ele praticamente a criou depois que o irmão faleceu – Anahí arqueou uma sobrancelha – Muitos dizem que foi em um acidente, outros que foi assassinato, assim como também há histórias de que ele se suicidou.
Anahí: Meu Deus do céu – Levou a mão a boca, perplexa com a história de Alfonso – E ai? O que é a verdade, afinal?
Alfonso: Ninguém sabe – Puxou Anahí, que se deitou em seu ombro – Acredito que o único que tenha resposta sobre o que aconteceu a Juarez, seja Javier. Mas ele não abre a boca, pra ninguém. Nem mesmo pra própria Dulce – Anahí suspirou, recebendo um beijinho na orelha – Eu acredito que tenha a ver com o cartel mexicano, eles estavam envolvidos com o narcotráfico – Anahí o olhou, assustada.
Anahí: Como assim narcotráfico, Alfonso? – Se afastou com os olhos arregalados – A sua mãe me disse que o pai de Maite não tinha nada de perigoso, só se metia em confusão! – Espalmou a mão na testa ao se lembrar da conversa que teve com Diana – Oh, a sua mãe! Eu ainda não a vi, como ela está? – Alfonso sorriu, a tensão do assunto se dissipando por um momento.
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Lawless love
FanfictionSegredos do passado vindo à tona, a paz que se levou anos para ser conquistada se esvaindo e a necessidade de justiça pulsando sobre a própria pele, unindo assim, dois corações em busca de um mesmo objetivo.