Lawless love

Capítulo 66 - Cards on the table

Tanto Alfonso quanto Anahí estavam radiantes com a decisão tomada sobre terem o filho, mesmo que tantos outros assuntos ainda estivessem entre eles, ao menos eles tinham um ponto de partida, uma esperança onde se agarrarem.

Ficaram naquela pequena cama deitados por vários e vários minutos, sem dizer nada, apenas apreciando a companhia um do outro, como há muito tempo não faziam. Até que o médico responsável pelo procedimento que Anahí realizaria se cansou da cena, e acabou expulsando os dois de sua sala.

Ainda tinham muito o que acertarem para então, tentarem reatar um relacionamento que ambos jurou não ter mais volta.

– Eu já te disse que você não vai poder sair daqui sem a alta médica, mas você é teimoso demais pra entender isso – Amy cruzou os braços, na porta de saída do hospital, impedindo que Anahí e Alfonso passasse por ela – Volte já para o seu quarto e espere que seu médico avalie a sua recuperação e te de alta.

Alfonso: Eu já estou bem! – Olhou rapidamente para Anahí – Eu preciso acompanhar sua irmã até o apartamento dela, nós ainda temos que conversar sobre algumas coisas.

Amy: Eu não quero saber, vá para o seu quarto – Apontou a direção do elevador, usando um tom autoritário semelhante ao de Anahí – Eu não vou falar de novo, Alfonso. Estou acostumada a lidar com essa mula empacada, você vai ser fichinha perto dela!

Anahí: Ela vence qualquer um na teimosia, não tente argumentar – Interferiu, tocando o ombro de Alfonso – Vá fazer o que precisa ser feito, eu não tenho pressa alguma.

Amy: Ouviu, né? – Sinalizou para Alfonso – Ela quem manda, então, vai antes que a casa cai – Alfonso riu, negando com o rosto – Até rimou – Apontou para o elevador – Ande.

Alfonso: Você me espera? – Anahí assentiu, devolvendo o sorriso de Alfonso – Tudo bem, não demoro – Olhou para Amy com uma careta – Chata – Mostrou a língua em seguida.

Amy: Só estou fazendo o meu trabalho aqui – Sorriu com deboche, levantando as mãos – Ok, vem aqui – Puxou Anahí, quando Alfonso já estava longe o suficiente para não ouvi-las – Vamos, me conta! Você fez? O que está sentindo? Está tudo bem?

Anahí: Eu estou bem – Afirmou com um sorriso radiante – Nós estamos bem... – Acariciou a barriga, atraindo os olhos de Amy.

Amy: OH MEU DEUS, EU SABIA! – Gritou, se repreendendo em seguida – Eu sabia! Sabia que você ia cair em si! – Abraçou Anahí, emocionada – Oh meu Deus, eu vou ter mais um sobrinho!

Anahí: Fale baixo – Puxou o jaleco de Amy, com tom de repreensão – Eu ainda não contei a mais ninguém, e isso inclui o nosso pai – Olhou ao redor, percebendo que ninguém prestava atenção na conversa delas – Falando nisso, ele está por aqui hoje?

Amy: Sim, está – Ainda sorria abobalhada com a decisão de Anahí – Uma das cirurgias dele foi cancelada, ele deve estar andando por ai, atormentando a vida de algum residente.

Anahí: Ótimo, porque eu tenho uma conversa pendente, e ela já esperou tempo demais – Disse, rumando em direção ao elevador – Já está mais do que na hora dele me explicar direitinho essa história.

Amy: Que história? – Perguntou, seguindo-a – E por que eu sou a última a saber de tudo?

Anahí: Se isso fosse do seu interesse, você já saberia – Dispensou, apertando freneticamente o botão do elevador.

Amy: Precisa ser tão grossa desse jeito? – Parou atrás de Anahí com os braços cruzados – Não pode só... dizer que não me interessa mas com jeitinho? – Disse com um bico, fazendo-a rir – Eu só levo fumo, de todos os lados.