Bernardo Santinelle
Eu nunca na minha vida imaginei que meu pequeno pudesse ser tão mal.
De um jeito tímido e com um pouco de medo eu diria ele me colocou para fora do quarto, disse que eu tenho que dormir na sala para aprender a nunca mais engravidar ele de gêmeos.
Tentei argumentar por algum tempo, porém, ele foi categórico ao dizer que além do fato que eu fui mal-educado com o residente, que obviamente estava cercando-o no hospital na cara dura. O ponto é que ele me achou mal-educado e disse que pessoas mal-educadas não dormem mais na mesma cama que ele.
Ele não está me dando opção, eu tenho que dormir no meu sofá. Nunca imaginei que um homem gravido pudesse ser tão assustador, ainda tem o fato de estar não só gravido, mais gravido de gêmeos.
Não contamos a ninguém ainda, mas tenho certeza de que meu avô Lorenzo já sabe, como a perfeita vizinha fofoqueira que é.
Não me leve a mal, mas para saber das coisas dentro da Itália, da Alemanha e mais recentemente depois do casamento da minha tia Elisabetta com o Capo russo, a Rússia, ele é o melhor.
Literalmente ele sabe de tudo que é fofoca dentro desses países e as vezes nos de fora.
Minha tia me dizia que isso se passa de geração para geração e que um dia eles vão me contar o temido segredo dos Capos Santinelles. Claro tia Eleonora e outra que sabe sempre de tudo, mas ela ainda tem a decência de fingir surpresa quando contamos, já meu avô nem isso finge.
Ao que parece ninguém mais sabe, eu e Pietro combinamos de marcar um almoço com todos ele para contar a novidade.
Já era duas da manhã no segundo dia que Pietro me pós para dormir para fora do quarto. Eu não consigo dormir e o sofá já não e mais tão confortável como eu esperava quando o comprei.
Levantei e comecei a subir as escadas.
Cansei de dormir para fora Pietro vai ver só por isso.
Entrei no quarto e vi que ele estava acordado.
- O que faz aqui? - ele pergunta levantando a cabeça para me olhar.
Não respondo nada, apenas vou para a cama e me coloco em cima dele.
- Stai zitto Pietro (Fiquei quieto Pietro) - digo em um tom de dominação. Ele logo se cala – nós vamos ter uma conversinha porque eu odeio dormir naquele sofá duro que eu paguei uma fortuna – digo prendendo os braços dele para cima.
Pietro apenas fica me olhando e eu também.
Admiro sua beleza por algum tempo, depois de tudo que aconteceu eu acho que nunca parei para olhar o quanto ele é lindo.
Quando estava na Lux ele parecia triste, mesmo que sempre grato pelo fato de só ter se entregado a mim ainda sim ele era triste, agora percebo uma luz diferente nele, a luz da felicidade.
- Eu deveria te levar para o último quarto desse corredor e estapear essa sua bunda branca até ficar completamente vermelha – digo perto dos seus lábios, quando me dou conta Pietro estava gemendo levemente com a minha proximidade e fazendo pequenas flexões com a bunda para cima e para baixo, me fazendo gemer também – seu taradinho – digo baixinho perto da sua boca e dou um selinho em seus lábios.
Pietro Rossi
Dizer que não gostei da atitude dele e falar uma mentira, na verdade para começo de conversa eu nem sei de onde tirei coragem para mandá-lo dormir no sofá.
Bernardo fica mais alguém tempo em cima de mim, mas depois sai me fazendo gemer de frusta e logo depois fico completamente vermelho por minhas atitudes recentes.
Coloquei ele para fora da sua própria cama, em uma casa que nem mesmo é minha e ele aceitou isso; Dio que vergonha de mim mesmo por ter feito isso com Bernardo, uma pessoa que não demonstrou nada além de proteção e amor comigo dês de que eu vim morar com ele. Não isso nesse tempo, mas antes mesmo disso ele não se mostrou nada além de carinho e dedicação comigo.
- Vou te dar um corretivo pelo que fez – ele disse uns segundos depois.
Me levanto de uma maneira instintiva e fico praticamente de frente para ele, estou vestido apenas com uma calcinha, já que para mim é a maneira mais gostosa de se dormir.
Bernardo chega perto de mim e dá um belo tapa na minha bunda, me dando um susto e fazendo eu gemer e gritar ao mesmo tempo.
Quando ele ia dar outro tapa eu solto uma coisa que venho guardando dentro de mim a alguns meses.
- Eu te amo - digo abraçando-o – desculpa - peço uns segundos depois ao ver a sua cara completa de espanto.
Ele me abraça de volta e nos perdemos toda aquela pose de gente que quer me dar uma lição por colocá-lo para fora.
Ele me pega no colo estilo noiva e me coloca na cama.
- Não ia me punir? - pergunto um pouco antes dele me deitar na cama.
- Ia - responde com um pequeno sorriso nos lábios - mas aí lembrei que você não e só meu submisso - responde me colocando na cama e me entregando uma blusa sua.
- Então eu sou o que? - pergunto baixinho, estranhando sua colocação.
Nós nunca tivemos essa conversa.
O que nos dois tínhamos.
Eu era o cara que estava carregando os filhos dele?
O namorado?
O brinquedinho?
O submisso?
- Você e meu futuro marido - diz ele se deitando ao meu lado - o homem que eu amo, e que vai me dar filhos – completou.
Malditos hormônios; eu, a essa altura já estava chorando horrores. Ele realmente que isso comigo? Ele quer casar comigo? Ele me ama assim como eu o amo?
- E ninguém me perguntou se eu queria me casar? - pergunto me fazendo de indignado.
Ber por outro lado apenas me olha sorrindo maliciosamente, eu estou cada vez mais indignado.
- Falamos sobre casamento no hospital – ele disse uns segundos depois – vamos nos casar, mas antes temos que passar pelo conselho – completou suspirando pesadamente.
- E se eles não aprovarem o nosso casamento? - perguntei realmente com medo - você vai simplesmente desistir de mim e dos nossos filhos? - perguntei uma dúvida que estava na minha cabeça a algum tempo.
- É claro que não - diz ele me olhando e sorrindo - quem manda aqui sou eu. Eu sou o Capo da máfia não tenho que pedir autorização para casar.
- Aí que você se engana - digo e o sorriso no seu rosto desaparece e se torna uma expressão de cachorrinho sem dono - e se eu disser não? - pergunto
- Você não vai dizer não - diz ele m olhando - você me ama – afirmou.
O que me fez gargalhar e ele me olhar estranho.
- Você me ama? - perguntou.
- Amo - respondo - amo muito.
Nós nos beijamos e dormimos agarradinhos.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...