Bernardo Santinelle
Logo quando chegamos em casa começamos a arrumar nossas malas para fazermos a viajem.a
Pietro está muito feliz com essa viajem, e ver aquele sorriso lindo no rosto dele me encanta.
- Quer mesmo ir a Grécia? - pergunto assim que chegamos em casa.
- Na verdade - ele pensa um pouco antes de responder por completo - eu só quero um local longe de tudo isso, longe de família, onde fique só nos quatro em paz por uns dias, ou uma semana, ou duas semanas - diz sorrindo.
- Acho que a Grécia cumpre bem esse papel - digo lhe dando um selinho.
- Quem nessa família iria para a Grécia? - pergunta ele.
- É - respondo pensando um pouco - quase ninguém iria para a Grécia - completou.
- E é por isso que eu quero ir a Grécia - diz ele se afastando - vou tomar banho amor.
Depois de uma trinta minutos, Pietro anda não tinha voltado do banheiro, então resolvo dar uma espiadinha nele, mas assim que chego no banheiro vejo uma cena linda.
Pietro estava olhando o espelho de corpo do banheiro, ainda pelado acariciando o pequeno volume da sua barriga.
- Eles são tão pequenos - diz ele ainda sem me olhar.
- Eles só têm dois meses amor - digo indo para trás dele e colocando minhas grandes mãos em cima da suas e acariciando sua barriga junto com ele.
- Só está inchada - diz ele - quem não olha bem acha que é o um inchaço por comer demais - conclui olhando para ela pelo espelho.
- O importante e nos dois sabermos que não é nada disso - digo olhando para ele - eles estão aí dentro, crescendo fortes e saldáveis.
- Será? - ele pergunta receoso - como vamos poder lidar com duas crianças Bernardo? Somos tão novos ainda - ele diz desesperado, e eu entendo seu desespero, eu também estava desesperado com isso - Eu tenho apenas 18 anos e já vou ser pai, não que eu esteja reclamando ou dizendo que não os quero, e bem pelo contrário eu os quero, e os quero demais, mas e se...
- Pare de falar e se... - digo o interrompendo - nós vamos dar um jeito.
- Como? - pergunta.
- Podemos contratar alguém para te ajudar – proponho.
Embora a ideia de alguém que não for de confiança nossa cuidando dos nossos filhos não me agrade nada ainda mais depois da ameaça do Salvo.
- Não quero que ninguém cuide dos meus filhos por mim - diz ele imediatamente.
- Ninguém vai cuidar dos nossos filhos por nós - digo categórico - mas alguém poderia te ajudar a cuidar deles.
- Não sei - diz ele voltando a acariciar a barriga e me olhar.
Eu penso um pouco, Pietro vai precisar de ajuda eu sei disso, ele também sabe, mas não vamos confiar em qualquer um, quem poderia...
- Hericco - digo de repente e ele me olha com cara de interrogação - Hericco poderia ser contratado para te ajudar.
Pietro para um segundo e pensa e depois se volta para mim e sorri.
- Gostei disso - diz ele - confio nele é um dos poucos que confio perto dos nossos filhos - diz ele sorrindo me dando um selinho.
- Vamos falar com ele assim que voltarmos da Grécia - digo lhe dando outro selinho - vamos nos arrumar se não perdemos o voo.
Ele me dá outro selinho e sai do banheiro.
Fico sonhando mais um pouco com o homem maravilhoso com quem eu me casei e depois finalmente volto a mim e vou atrás dele.
__________*__________
Depois de todas as malas feitas e de ambos arrumados nos dois descemos para ir para o carro, mas encontramos minha mãe, meu pai, Hericco e meus primos, ou seja, Amelie, Eileen, Maria Julia, Luccas, Isabela e Pither, lá embaixo nos esperando.
Isabela e a primeira a se manifestar depois que entramos.
- Vão viajar? - pergunta ela.
- Vamos - diz Pietro indo até Hericco que está ao lado de Luccas.
Luccas está estranho esses dias, tem evitados todos nós, mas em compensação tem passado muito tempo com Hericco ainda mais depois que apresentou ele para os seus pais.
Luccas está aprontando e eu tenho até medo de saber o que ele está aprontando, mas acho que tenho uma ideia e se for isso eu e Pietro apoiamos inteiramente.
- Para onde vão? - Pergunta Maju curiosa como sempre.
Amelie sorri brilhante junto com meu pai.
- Duas vizinhas fofoqueiras que não respeitam a privacidade de ninguém - digo baixinho, mas eles escutam.
- Me respeita garoto - diz meu pai dando um tapa na minha cabeça fazendo todos menos minha mãe rirem - eu ainda sou seu pai então respeito - diz, mas também sorri para mim.
- Não tenho culpa se os dois vivem bisbilhotando a vida dos outros - digo passando a mão na cabeça, no local onde ele bateu.
- Para onde vocês vão? - pergunta Pither.
- Vamos viajar para a Grécia, em lua de mel - responde Pietro vindo até mim sorrindo.
- Grécia? - pergunta Isabela e nos assentimos.
Todos olham para Luccas e Hericco que dão no ombro.
- O que vocês sabem que nós não sabemos? - pergunta Pietro desconfiado.
Todos dão de novo no ombro, o que faz Pietro bufar baixinho.
- Deveria ser crime deixar um gravido curioso - resmunga ele fazendo todos na sala, exceto minha ilustre mãe rirem.
- Tudo bem gravido - diz Hericco se dando por vencido - e que estávamos indo para a Grécia em alguns dias também.
- Não - diz Pietro com um biquinho - não é justo queríamos uma viajem sem família. Eu amo vocês, mas queria só eu e Bernardo.
Tanto eu, quando Pietro vemos o brilho morrer nos olhos de Hericco e isso faz meu bebê soltar um suspiro e me olhar. Eu já sei o que ele está pensando então só assinto.
- Tudo bem - ele diz - o que acha de irmos para a segunda opção?
- Tudo bem – falo também sorrindo.
Uma vez discutimos para onde poderíamos ir em lua de mel, e consideramos um local bem inusitado
- Como assim? - pergunta Luccas.
- Nós não vamos para a Grécia - diz Pietro sorrindo brilhantemente.
Eu sei que mesmo que ele estivesse louco para ir a Grécia, ele está mais louco ainda por um tempo sem família, então esse lugar e perfeito.
- E para onde vocês vão afinal? - pergunta Pither
Eu e Pietro nós olhamos uma última vez antes de responder.
- Vamos ao Brasil - dissemos juntos.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...