Pietro Rossi
Estou fico me remexendo na cama, nesse momento quero comer sorvete com berinjela.
Nossa só de imaginar me dá água na boca.
Levanto-me devagar, coloco o robe e o chinelo e vou devagar até a cozinha, para não acordar o Bernardo.
Assim que chego lá vou logo no congelador ver se tem sorvete, mas para a minha infelicidade não tem e também não tem berinjela.
Até penso em esperar até amanhã, mas só de pensar minha boca saliva, meus bebês não estão dispostos a esperar, então só tem um caminho.
Acordar o Bernardo.
Vou devagar até o quarto e o encontro dormindo igual a um bebê, tão sereno, que por uns segundos até me dá pena de acordar ele, mas meus bebês estão com vontade, e não vou negar nada a eles.
- Bernardo - chamo ele com calma e carinho.
Bernardo nem se mexe. Figlio de una puttina, me engravida e não quer acordar e fazer os desejos dos filhos dele.
- Bernardo - chamo um pouco mais alto - eu quero comer sorvete com berinjela - pedi manhoso.
- Va dormir Pietro - diz ele ainda dormindo.
Isso me deixa fervendo de tanta raiva.
- BERNARDO SANTINELLE LEVANTA AGORA E VAI BUSCAR AGORA MEU SORVETE COM BERINJELA. NÃO MANDEI VOCÊ ME ENGRAVIDAR VAI LOGO - grito empurrando-o da cama.
Ele cai e solta um grito irritado, mas não mais que eu.
- Está louco Pietro? - pergunta se levantando ainda com cara de sono.
- Eu quero sorvete com berinjela - digo sem fazer muita questão de olhar para ele.
- Vai procurar na geladeira - diz ele.
- Não tem - digo começando a me irritar ainda mais.
- E o que exatamente você quer que eu faça? - pergunta coçando os olhos pelo sono.
- Que você vá comprar - digo já que era a coisa mais simples do mundo.
Não é como se eu estivesse pedindo para ele explodir a Rússia, eu só queria a merda do sorvete e da berinjela para meus bebês, é pedir demais.
- São quatro da manhã - diz ele - não tem nada aberto – constatou.
- Da o seu jeito - digo dando no ombro - seus filhos querem sorvete com berinjela. E você é Bernardo Santinelle, o Capo da máfia italiana, dá um jeito de arrumar a merda do sorvete e da berinjela - digo irritado indo para o banheiro.
Quando volto Bernardo já não está no quarto. Tomara que tenha ido comprar o sorvete e a berinjela
Bernardo Santinelle
Ser acordado as quatro da manhã não é fácil. Pietro me empurrou da cama, na melhor parte do meu sonho.
E Sorvete com berinjela quem come sorvete com berinjela?
Grávidos. Eu tenho que me acalmar, é pelos meus filhos que eu estou fazendo isso e claro para não deixar um gravido irritado.
Estou no meu carro, e assim que chego na casa da Isabela vejo que ainda está dormindo.
Não me importa ela é a madrinha, vai me ajudar querendo ou não querendo.
- ISABELA SANTINELLE - grito assim que entro na sua casa.
Subo fazendo barulho para o quarto dela, só para irritar um pouco mais.
Assim que chego no quarto e abro a porta a cena que eu nunca imaginaria ver eu vejo. Isabela estava dormindo agarrada no Henrique.
Mano, Maju vai ficar sabendo disso, com a maior certeza ela vai.
- Bonito dona Isabela Santinelle - digo acendendo a luz e dando um susto nos dois - tendo um caso e escondendo da família.
Começo a gargalhar. Henrique fica vermelho dos pês a cabeça, já Isabela está vermelha, mas eu sei que não e de vergonha e sim de raiva
- O que faz aqui Bernardo? - ela usa o alto controle que eu sei que ela não tem.
- Pietro está com desejo de sorvete com berinjela - digo me virando enquanto os dois se vestem - eu vim saber se você tinha o sorvete e a berinjela.
Ela passa por mim sem dizer nada e vai em direção a cozinha, marchando como um general irritado.
- Maju vai ficar sabendo disso - digo para Henrique.
- Cazzo - diz ele baixinho - Per Dio não diga para Maju. Ela vai ficar no meu pé por não ter contado - pede quase implorando.
- É claro que eu vou dizer para a Maju sobre isso – digo diabolicamente.
Eu saio de lá sem deixar ele falar mais nada, saio rindo indo para a cozinha.
Isabela já estava lá com um pote de sorvete de baunilha e a maldita berinjela.
- Eu só tenho uma berinjela - diz ela coçando os olhos pelo sono e bocejando.
- Já é o bastante - digo pegando as coisas dela.
Ainda estou irritado por acordar essa hora só por um sorvete e uma berinjela.
- Bernardo - Isabela me chama antes deu passar pela porta - não fique bravo com ele ou desconte sua frustração por acordar a essa hora - diz ela, realmente ela me conhece bem.
- Ele me acordou as quatro horas da manhã por um pote de sorvete e uma berinjela – digo fazendo biquinho.
- E um desejo que ele tem Bernardo - diz ela vindo até mim e me dando um beijo na minha bochecha - seus filhos também o acordaram as quatro da manhã para pedir o bendito sorvete com berinjela. Não é culpa dele – diz.
Eu não falo nada, só saio e vou para o meu carro pensando no que ela me disse.
Assim que chego em casa, encontro Pietro sentado no sofá, assim que me vê vem até mim e pega a sacola me dando um selinho.
- Obrigado - diz ele sorrindo.
Ele sai praticamente saltitando até a cozinha com o sorvete e a berinjela na mão e um sorriso gigante no rosto.
Vou atrás dele a assim que chego vejo ele com o pote de sorvete aberto e descascando a berinjela.
- Já comendo o sorvete? - pergunto chegando por trás dele e colocando minhas mãos em sua cintura.
- Sorvete e bom puro - diz ele sorrindo e acabando de descascar a berinjela.
Ele se vira me dá um selinho mais demorado e vai como uma criança até o pote de sorvete com uma colher e coloca um pouco em uma fatia de berinjela e vai com ela até a boca.
Pietro fecha os olhos e chega a gemer comendo aquilo, como se fosse a coisa mais gostosa do mundo.
- Da um pouquinho – peço.
Ele levanta um pedaço de sorvete na fatia de berinjela até minha boca, e cara não e que é bom.
- E gostoso – digo surpreso.
- Claro que é – diz como se fosse óbvio - eu e seus filhos não comemos coisas ruins não.
Nos dois rimos e ele volta a comer o sorvete e a berinjela.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...