Pietro Rossi
Olhando para o espelho a única coisa que tinha certeza é que ou os meus hormônios estão completamente loucos nesse momento, eu não sei se quero rir pelo quanto estou bonito nessa roupa que o meu amor comprou exclusivamente para mim ou se choro por estar nervoso com toda essa situação.
Nesse momento estou vestindo um terno preto elegante, mas ele não é apenas elegante ele também e completamente desconfortável, eu, na verdade só queria estar de camisa e calça moletom, o que é bem mais confortável, porém, como foi Ber que me deu e de acordo com Isabela e Maju a aparecia é muito importante para o conselho eu estou fazendo o esforço, por ele.
- Eu queria algo confortável - digo fazendo biquinho olhando para Isabela que estava me ajudando, já que eu não tenho o menor senso de moda e elegância para um momento como esse.
- Eu sei - disse ela me olhando - vai haver pessoas da nossa família lá, mas o que realmente me preocupa são as quatro pessoas que estarão lá e que não são da nossa família - ela completou olhando no fundo dos meus olhos e só pela sua expressão seria eu consigo constatar que até mesmo Isabela está nervosa - eles vão ser difíceis, isso eu garanto - ela disse depois de uns segundos.
Olhando para o espelho eu vejo que essa roupa e muito bonita mesmo que desconfortável, mas eu vou ver a elite da máfia italiano hoje, tudo bem alguns são da família Santinelle, mas outros não, e é exatamente a esses que eu tinha que provar que eu sou bom para Bernardo o Capo da famiglia, ele ama isso, é a vida dele dês do momento em que nasceu, ele cresceu para virar isso, fez faculdade para isso, eu não posso simplesmente chegar e tomar isso dele, não seria justo.
Eu não estou com medo deles, na verdade eu estou apreensivo, eu pensei muito nessas semanas e depois de inúmeras conversas com Bernardo eu percebi que ele realmente ama o que ele faz, ele ama ser o Capo e eu de verdade não quero que isso seja tirado dele, não por mim e pelos nossos bebês porque eu me sentiria culpado para o resto da vida se fosse assim.
Eu paro e penso, eu agora sei que o Bernardo faria de tudo por mim e pelos nossos filhos, mas eu acho que ele nunca seria completamente feliz se desistisse de ser o Capo, eu realmente acho que ele nunca seria completamente feliz só com uma família e um emprego completamente dentro da lei.
Eu já o amo demais para permitir que ele faça isso e que - como eu sei que vai acontecer se isso acontecer - mas também sou egoísta demais para deixá-lo.
- Vamos? - perguntou Isabela me olhando com um sorriso no rosto, porém, lá no fundo eu vejo que ela também estava preocupada com tudo que estava acontecendo.
Me viro e dou uma última olhada para o espelho, vendo o pequeno relevo no pê da minha barriga, nada preceptivo, mas só pelo fato que eu sei que eles estão lá já me faz ver mais do que a maioria, passo a mão por ali e sorrio só com esse contado meu com eles, mesmo sendo tão pequenos espero que consigam me sentir aqui.
Olhando eu vejo que eu estou elegante mesmo não gostando no visual, mas é o que eu preciso usar hoje de qualquer jeito.
Ta estou falando palavras repetidas com outras palavras na minha própria cabeça porque estou nervoso com tudo.
- Vamos - concordo depois de dar um suspiro.
Eu e ela descemos as escadas em direção ao carro onde Maju já estava nos esperando sentada no bando do motorista mexendo no celular.
- Vamo bora - diz ela sorrindo, porém, percebo que estava do mesmo jeito que Isabela, só estava sorrindo para me confortar, mas no fundo estava preocupada com alguma coisa, e só esse fato também começou a me preocupar também - meu afilhado tem que descaçar então quando mais cedo sairmos mais cedo estaremos de volta para casa.
Eu olho para ela uns segundos sorrindo também. Suas palavras me fazem confirmar para mim mesmo que deveríamos contar logo para todos que são gêmeos.
Ainda não falamos sobre isso com ninguém, acho que no começo queríamos um tempo para nós dois, aproveitar que só a gente sabia que seriam dois bebês, aproveitamos isso só nos dois, mas agora já está mais do que só na hora de contar para todos.
- Nossa - digo entrando no carro com um biquinho falso nos lábios - você se preocupa mais com o bebê do que comigo - eu e o meu drama de gestante.
- Mais é claro - disse ela entrando também e logo depois começa a dirigir, com Isabela ao seu lado em silencio com um sorrisinho nos lábios - o bebê e importante - com essas palavras eu apenas olho para ela com um bico ainda maior do que antes, o que faz as duas caírem na gargalhada.
E é assim o cominho todo, eu de bico pelos comentários da Isabela, e a Maju sorrindo de nós dois, ou ao contrário, mas eu sempre sendo a vítima nessa história toda. Alguns minutos depois nós chegamos na frente de um grande edifício.
Já passei na frente desse lugar diversas vezes, sempre vi pessoas completamente ricas saindo, sempre bem-vestidas e com caras serias, do mesmo jeito que eu estou nesse exato momento.
- Chegou a hora - disse Isabela me ajudando a sair do carro.
- É - concordei baixinho, um pouco perdido em meus próprios pensamentos e medos.
Nos saímos do carro e andamos calmamente entre as portas de vidro e o grande e luxuoso salão.
Discretamente eu olhava para tudo admirado, esse lugar parece ainda mais rico e luxuosa que a Lux G., sorrio apenas com isso, mesmo sendo triste, fico feliz em lembrar tudo que aconteceu em decorrência do da decisão que eu tomei, mesmo tendo completa silencia que um segundo de diferença poderia ter outro resulto completamente diferente do que temos agora.
Bernardo estava saindo do elevador com uma loira muito bonita, que estava se jogando em cima dele na maior cara de pau, e o desgraçado ou não via ou via e não falava para a vadia se afastar.
Com a maior certeza eu vou matar Bernardo Santinelle essa noite, ou aqui mesmo.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...