Ventiduesimo Capitolo

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Luccas Santinelle

Assim que saímos do quarto do Pietro eu estou ao lado da Isabela caso eu precise segurar ela para que tia Eliza não leve uma sura. Se bem que realmente ela está merecendo essa pequena lição, mas não acho que nossos pais ficariam nada felizes com isso.

Não sei se tio Edoardo quer ver o circo pegar fogo, porém, assim que chegamos na praça de alimentação do hospital ele e tia Eliza estavam lá, ela como sempre com aquela cara nada feliz e ele com uma expressão completa de tedio, olho um tempo não entendendo realmente o que eles ainda estavam fazendo ali.

Quando me dou conta já estou puxando Isabela para um lugar mais afastado para uma sala mais especificamente quando vejo tia Eliza vindo até nos, deixo Hericco com uma cara de confuso, David rindo e Maju olhando para nós com tedio, claro isso é um assinto de família e devemos resolver isso de uma vez, de preferência sem agressões físicas.

Isabela estava com todo o seu deboche completamente plena assim que ela se colocou de cara a cara com nossa tia.

- Você deveria me respeitar – disse tia Eliza baixinho olhando no fundo dos olhos de Isabela.

- Eu só respeito quem respeita minha família – ela respondeu completamente seria.

- Eu sou da sua família – ela respondeu segundos depois.

- Minha família são meus pais, Luccas que é meu irmão, Bernardo, Pietro, aquele bebe, Maju e por ai vai – ela disse mais séria e dura ainda, sustentando completamente o olhar - você é tudo menos da minha família, eu te suporto a anos, você maltrata meus pais dês de que eu me conheço por gente, eu não vou mais aturar isso, então fique bem longe do meu caminho porque senão eu esqueço a promessa que eu fiz ao meus pais e te dou uma sura, e não pense que eu me importo com a sua idade, se tem energia para fazer tudo que você faz, esse inferno também tem para suportar uma surra.

Com isso ela sai andando como se nada tivesse acontecido.

Pietro Rossi

Algumas Horas Depois

Eu vou receber alta em alguns minutos e estou cercado de pessoas. Isso inclui seguranças que estão ao lado de fora do quarto, uma moça que trouxe o meu terno e a pobre da enfermeira que só quer me examinar para ver se realmente tudo está certo comigo.

Bernardo estava aqui, Maju me visitou conversamos um pouco, mas logo ela saiu para me dar espaço, assim como Isabela que estava nos esperando para irmos embora.

Olho para Bernardo nada feliz com a expansão da sua proteção comigo, isso pode ser explicado com o fato de que ele é alguém importante e também porque teoricamente nós estamos "juntos" de acordo com a lei que rege e famiglia.

Eu e Bernardo conversamos por mais ou menos uma hora depois que o obstetra saiu do quarto, nós decidimos algumas coisas nesse meio tempo, uma delas foi que eu moraria com ele a partir de agora, terei meu próprio quarto já que confidenciei a ele que não acho que me sentiria completamente confortável em dormir no mesmo quarto que ele, mesmo ele tendo me dito que seria maravilhoso dividir a cama comigo.

Com esse monte de pessoas a minha volta eu me cansei.

- Preciso de tempo – digo baixinho e saio quase correndo para o banheiro, porque sinceramente esse monte de pessoas ao meu redor estão me deixando sem ar.

Assim que entro lá a primeira coisa que faço e lavar o rosto e ir para frente do espelho me olhar. Não sei necessariamente quanto tempo eu estou ali parado apenas pensando, mas sei que sou despertado quando Bernardo entra no banheiro comigo.

Ele se coloca atras de mim e me abraça, fico tenso por breves momentos, mas depois relaxo completamente e ficamos apenas em silencio.

- O que tanto pensa? - quebrou o silencio me olhando pelo espelho.

- Em como não vou conseguir educar meu filho – digo e vejo a expressão de confusa em seu rosto uns segundos depois de minhas palavras deixarem a minha boca.

- Por que não conseguiremos educar nosso filho? – ele pergunta totalmente perdido, só com essa sua tonalidade de voz e a sua expressão eu sinto completamente a vontade de rir, porém, me seguro.

- Porque com um pai babão igual a você e tios igual aos que ele vai ter, não conseguirei por limites – digo sorrindo levemente para ele.

- Prometo me controlar – ele disse, mas eu sabia que isso não seria respeitada, ele nunca se controlaria com o próprio filho, sei que se esse bebê pedir uma ilha ele daria, com certeza.

Olho sério para ele por alguns segundos antes de começar a rir e me recostar no seu peito.

- Do que está rindo? – perguntou ele se segurando para não rir também.

- Da sua promessa – digo ainda rindo um pouco – está na cara que você vai dar os céus e Júpiter se nosso bebê pedir – constato.

- Tudo bem – ele responde baixo – talvez eu faça isso mesmo, mas é nosso primeiro bebê eu vou mimá-lo demais – completou se justificando.

- Não me venha com essa de primeiro Bernardo Santinelle – digo me virando para olhá-lo – eu ainda não sei como é que esse bebê vai sair daqui de dentro, porém, tenho certeza de que vai doer, então se quiser outro filho e bom você o ter – digo fazendo um biquinho e o olhando com uma cara de sério.

Bernardo apenas olha pra mim com um pequeno sorriso formado em seus lábios, como ainda estava de costa para ele o mesmo me dá um beijo nos cabelos

- Talvez adotemos um outro filho então? - ele disse em um tom mais de pergunta mesmo, eu apenas o observo pelo espelho antes de sorrir e concordar.

Se isso... Esse relacionamento realmente dar certo podemos sim tem mais filhos, com tanto que não seja eu a ter esse..., mas quem sabe eu não mudo de ideia.

- Vamos? - pergunto Hericco abrindo a porta do banheiro e entrando uns segundos depois

Eu e Bernardo tomamos um grande susto com isso, mas uns segundos depois relaxamos, eu olho para Hericco que sorria para mim e logo se coloca para sair – estou esperando vocês lá fora – completou fechando a porta logo em seguida.

Me viro e dou um beijo nos lábios de Bernardo.

- Vamos que eu quero comer pizza – digo.

Ele apenas concorda e sorri para mim, me fazendo dar outro beijo em seus lábios e também sorrir para ele. 

Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora