Pietro Rossi
Nunca em toda a minha vida eu passei o desespero que eu passei naquele dia, quando os homens entraram eu fiquei completamente aterrorizado o medo estava me corroendo de dentro para fora e Hericco naquele momento não ajudava em nada, e eu sinceramente não posso culpa-lo por isso, em outros tempo estaria agindo do mesmo jeito.
O maior medo foi perder meu bebê, sei que minha gravidez é de risco, ainda mais depois daquele primeiro sangramento a um mês atrás.
Se eu estou com medo Hericco nem se fala, ele estava estático no sofá, chorava baixinho, acho que apenas estava esperando pelo pior, não que eu também não esteja, mas ele está com os pensamentos muito negativos.
De uma maneira direta depois que tranque a porta as coisas se passaram de maneiras bem estranhas e eu só consigo me lembrar de fleches de tudo que aconteceu.
Lembro da porta se abrindo e do grito de Hericco.
Lembro do medo que eu senti.
Lembro do Bernardo.
Eu corro para ele e me agarro chorando.
Lembro do banco onde eu me encolhi com a mão na barriga chorando.
Lembro do hospital.
Lembro do médico.
Lembro de chorar mais um pouco com medo pelo meu filho.
E finalmente lembro e tudo ficando escuro coisa gosto de uma coisa gostosa e quentinha se colocar embaixo de mim.
__________*__________
Quando acordei estava em uma cama ou melhor esse local pera mais quente e confortável que uma cama.
Bernardo era mais quente e confortável que um cama.
- Be - diz uma pessoa bem baixinho.
Ainda não abri os olhos então não sei de quem é a voz, ou mesmo reconheço ela, mas não me vem nenhuma pessoa na minha cabeça.
- Oi - diz ele bem baixinho.
- Descobrimos quem estava na sua casa e já pegamos eles - diz uma voz masculina que eu ainda não identifiquei - eles estão no galpão te esperando – completou.
Um grande alívio se forma no meu coração no momento em que percebi que quem quer que tenha feito isso não está mais solto por aí.
- Isso e bom - digo baixinho começando a me mexer e abrir os olhos – oi –comprimento eles completamente envergonhado.
Olho para cima e encontro os olhos de Bernardo me olhando cheios de amor e devoção.
- Oi - responde - eles não vão mais te ameaças pequeno, nunca mais você vai passar por aquilo - diz fazendo carinho na minha cabeça, o que me faz ronronar bem baixinho.
Até que me lembro de uma coisa que não sei como havia esquecido por alguns instantes, meu bebê. Meus olhos automaticamente se arregalam em horror só de pensar que eu posso tê-lo perdido.
- Nosso bebê - pergunto já me desesperando - ele está bem? - pergunto de novo ainda mais desesperado - meu Deus me diz Bernardo me diz que nada aconteceu com ele - peço ainda mais desesperado.
- Ele está bem - diz ele rápido.
Uma onda de alívio passa pelo meu corpo no mesmo momento.
- Eu fiquei com tanto medo de perdê-lo - digo baixinho e me aconchegando e choro em seu peito - não posso perdê-lo Bernardo, eu já o amo tanto – completei.
Não sei o que seria de mim se eu tivesse perdido a parte mais importante da minha vida.
- Nada assim vai acontecer de novo com você pequeno – diz com confiança em seu tom de voz.
- Promete? - pergunto.
- Prometo.
Depois dessa afirmação eu pego no sono me sentindo seguro em seus braços.
__________*__________
- Amor - acordei devagar com a voz de Bernardo - o médico quer fazer um ultrassom para vermos nosso bebê – completou baixinho me olhando.
Isso me desperta.
Ver nosso bebê, pela primeira vez de fato ver ele ou ela.
- Boa tarde senhor Pietro - comprimento o doutor - e bom ver que está mais calmo – disse o dr. Bueno e logo depois um homem um pouco mais jovem entrou – esse é meu residente, ele vai assistir a consulta – completou com um sorriso gentil no rosto.
Lancei um sorriso gentil para os dois, já Bernardo lançou um olhar nada feliz para o segundo médico, ele já parecia conhecer ele, porém, isso não é o importante nesse momento.
- Com licença - ele pede abrindo meu roupão.
Bernardo se mantem sempre ao meu lado segurando minha mão.
- Primeiro você passa o gel na parte inferior da barriga do paciente, mas sempre avise que pode acarretar um desconforto por ele ser bem gelado – disse o dr. Bueno olhando para o seu residente e depois lança um sorriso confortável para mim – depois procuramos o feto de uma, não acerque o aparelho pode machucar tanto o feto quando o paciente – explicou calmamente.
Ele começou a fazer todos os procedimentos que estava explicando.
- Quando achar o feto nós começamos a medir o tamanho e estimar o peso – disse ele.
Logo depois parou de falar e fico em silencio olhando para a tela, o residente também olhava fixamente para a ela, ele passava aquele aparelho de forma lenta, parece estar procurando e com dúvida em algo.
Olho para Bernardo e vejo que ele estava com medo, esse silencio todo estava me causando medo.
Acho que Bernardo estava a ponto de explodir, medo, ansiedade e tudo mais estava misturado e ninguém nos dizia nada.
- O que está acontecendo? - perguntei quando finalmente não aguentei mais a ansiedade.
- Meus parabéns aos papais, vocês vão ter gêmeos – ele disse nos olhando sorrindo.
Paro completamente depois que ele disse isso, apenas parei e fiquei olhando com os olhos completamente arregalados de choque.
- Você disse gêmeos? – perguntou Bernardo parecendo tão chocado quanto eu.
- Isso mesmo – ele respondeu sorrindo – aqui seus bebês.
Ele apontou para a tela, não entendi nada, mas ele mostrou uma coisa bem abstrata, porém, dava para distinguir duas formas pequenas em branco.
- Querem ouvir o coração? – perguntou logo depois.
- Queremos – dizemos juntos.
Uns segundos depois um som preenche o quarto.
As lagrimas que já queriam cair dos meus olhos a bastante tempo finalmente caem.
Esse é um dos momentos mais emocionantes da minha vida, porque de algum jeito prova que isso é real, prova que eles estão realmente ali dentro, que tudo isso é de algum modo real.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Storie d'amore"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...