Cinquantottesimo Capitolo

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Pietro Santinelle

Fernando de Noronha não é tudo isso que dizem.

É muito mais.

É um local lindo, preservado, nada barato, mas lindo.

Depois de quatro dias aqui eu já estou me perguntando se eu poderia morar aqui de vez, não quero mais ir embora de jeito nenhum.

- O que tanto pensa amor? - pergunta Bernardo saindo do banheiro.

É de manhã e eu ainda estou deitado nu na cama, e Bernardo acabou de sair do banheiro lindo com uma toalha na cintura e o cabelo e o abdômen molhados.

- Deveria ser um crime te ver assim - digo chamando-o com o dedo enquanto morto o lábio inferior.

- Digo o mesmo para você - diz ele vindo até mim - nu deitado, sem nenhuma coberta te cobrindo, só com a luz do sol batendo em você, em uma cama enorme com lenções brancos é a verdadeira visão do paraíso para mim - diz começando a beijar meu pescoço.

- Sabe - digo gemendo baixinho - poderíamos morar aqui - digo sorrindo.

- Poderíamos - diz ele - mas que tal voltarmos para a Itália e todos os anos nos virmos na data do nosso casamento passar uma semana aqui? - propõe ele, e eu acho até que interessante essa proposta.

- Gostei disso - digo sorrindo - da próxima vez podemos trazer nossos bebês junto com a gente.

- Aprovo totalmente essa ideia - diz ele me beijando mais.

Nos beijamos a maior parte da manhã, até nossos estômagos resmungar querendo comida, e eu estou com muita fome.

- Vamos ao restaurante - fala se desvencilhando de mim, o que me faz choramingar em desgosto pela falta de contato - vamos amor, eu sei que você está com fome.

- Só te obedeço porque estou mesmo - digo indo ao banheiro.

Depois de fazer toda a minha higiene e por uma roupa confortável eu saio do banheiro e vou até Bernardo que me esperava na porta do quarto.

- Vamos? - pergunto chamando sua atenção.

- Vamos - ele diz pegando minha mão.

Descemos e nos aproveitamos do buffet maravilhoso, quer dizer eu e mês bebês pelo menos aproveitamos e muito.

- O que acha de fazer uma faculdade quando os bebês estiverem maiorzinhos? - pergunta Bernardo repentinamente.

- Seria muito bom - digo limpando minha boca - mas não tenho dinheiro para pagar uma faculdade.

- E quem está discutindo dinheiro? - pergunta ele.

- Ber... - ele me interrompe.

- Eu sei que não quer que eu ache que está comigo só por causa do dinheiro - ele diz pegando minha mão e beijando ela - eu sei que não meu amor, mas agora somos casados, tudo que e meu e seu também - diz ele sorrindo para mim.

- Eu vou pensar, ta bom? - falo voltando a comer a sobremesa.

- Me dá um pouco? - perde ele já pegando minha comido.

- Deveria ser pecado roubar comida de uma gravido - resmungo emburrado. Olho para ele e o vejo sorrir - Não é brincadeira você acabou de cometer um crime em roubar comida de um gravido. Roubar comida de uma gravido Bernardo Santinelle, vou falar tudo para Isabela - digo emburrado.

- Aí meu gravidinho emburradinho coisinha mais linda - diz ele se curvando sobre a mesa e me dando um beijinho - te amo.

- Também te amo – digo.

__________*__________

Depois de uma semana em Fernando de Noronha estamos hoje indo para Salvador.

Pegamos um voo de manhã direto para Salvador, ficaremos lá um dia, então temos que aproveitar bastante.

- O que você mais quer experimentar? - pergunto para o Bernardo.

- Não sei - diz ele - mas talvez o Acarajé e a cocada baiana.

- Acarajé? - nunca ouvi falar nisso.

- Nunca ouviu falar? - pergunta. E eu nego - Bom trata-se de um bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê, aí tem o recheio, que eu acho que o mais tradicional e camarão, mas aí eu já não sei - diz ele.

Bolinho de feijão-fardinha, parece uma delícia, com camarão de receio, me dá até água na boca.

- Parece que é muito bom - digo sonhando acordado com o saber que essa delícia deve ter - estou com água na boca.

- O que acha de estendermos um pouco nossa passada em Salvador? - ele me pergunta de repente.

- Não vejo problemas - digo depois de alguns segundos - por quê?

- Bom eu estava vendo uns pontos turísticos e eu vi essa praia lindo - ele me mostrando uma foto de uma praia tão linda quanto a de Fernando de Noronha - é a Praia do Porto da Barra e não é só ela que eu queria visitar, tem também o Elevador Lacerda, a Igreja e Convento de São Francisco, o Museu de Arte Moderada Bahia, ou o Palácio Rio Branco, e também a Catedral Brasilica de Salvador, também tem a Praia dos Flamingos entre outros lugares - diz ele parecendo uma criança de tão animado, o que me faz rir.

- Deixa eu ver se eu entendi - faço uma pausa dramática - você quer conhecer toda a Salvador em dois dias?

Ele me olha por um minuto antes de assentir freneticamente com a cabeça e me olhar com cara de cachorrinho.

- Me dá o celular Bernardo - falo estendendo a mão para ele que estava com o meu celular no bolso.

Ele paga o celular e dá na minha mão, pelo celular e procuro o número da Isabela.

Isabela me atende até que rápido, no primeiro toque.

"Buonasera Isabela Santinelle, posso aiutarti? (posso te ajudar?) - pergunta ela".

"Isabela - chamo - eu gostaria de te pedir um grande e enorme favor para o seu gravidinho favorito – digo".

"Pietro - ela diz meu nome animada - o que faz me ligando? Não era para estar em lua de mel? Bernardo fez alguma coisa? - pergunta desconfiada - porque se ele fez podemos... - eu a interrompo".

"Não, Bernardo não fez nada de errado - olho para ele sorrindo que me lança um olhar de interrogação".

"Então o que faz me ligando sendo que deveria estar transando agora mesmo, ou em algum lugar lindo no Brasil? - ela pergunta".

"Bom nós decidimos que queríamos ficar um pouco mais na lua de mel - digo olhando para Bernardo que sorri para mim - teria como aguentar aí mais três dias? - pergunto".

"Três dias? - ela pergunta".

"Isso - afirmo novamente - só mais três dias".

Ela suspira do outro lado da linha, e sei que está considerando os pros e contras disso.

"Ta bom - diz ela depois de uns dois minutos - só mais três dias - dito isso ela desliga na minha cara. Abusada ela não?".

- Nós vamos fazer assim - digo depois de um minuto que Isabela desligou - nós vamos cortar o Acre da nossa lista e da próxima vês que viermos no Brasil conhecemos o Acre, ficaremos uma semana em Salvador e dois dias no Rio de Janeiro, porque eu realmente quero conhecer o Pão de Açúcar - proponho.

- Eu já disse que te amo? - perguntou vindo até mim e me dando um selinho delicado.

- Ainda não - digo manhoso.

- Eu te amo Pietro Santinelle - diz ele.

- Eu também te amo Bernardo Santinelle. 

Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora