Sessantatreesimo Capitolo

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Pietro Santinelle

Dois Meses Depois.

Eu estou desesperado.

Isso não poderia ter acontecido.

Não bem debaixo do nariz de todos nos.

Somos a máfia mais forte e protegida do mundo, como isso pode ter passado bem diante dos nossos olhos e ninguém tenha visto?

- Não o encontramos - diz Bernardo entrando no quarto do hospital.

- Não - digo já começando a chorar - Não. Não. Não - digo chorando mais - eu quero meu filho Bernardo, eu o quero nos meus braços.

Choro alto.

Isso não pode estar acontecendo, nós merecemos ser felizes, não passar por isso.

O que eu fiz para passar por isso Dio?

Três Horas Antes.

Acordei no meio da noite com uma dor no pé da barriga, mas não poderia ser o que eu estava pensando.

Olhei o relógio e vi que era 3:00 da manhã, e as dores não estavam fortes, então decidi deixar Bernardo dormir mais um pouco.

Depois de um belo banho e de deitar de novo na cama para tentar voltar a dormir, mas não consegui.

Minha barriga doía, ou seja, eu estava tendo o começo de contrações, mas inda em um intervalo de quinze minutos e não estava muito forte as contrações.

Senti um líquido descer pelas minhas pernas eu percebi que não dava mais para esperar.

- Bernardo - chamo chacoalhando-o - Bernardo Amor - chamo novamente.

- Pietro - diz ele começando a acordar - você fez xixi na cama amor.

Ele cai na gargalhada, aí eu descido que não preciso dele. Sem dizer nada, vou para o quarto dos nossos filhos, pego a bolsa da maternidade, coloco um chinelo e vou saindo.

- A onde vai Pietro? - pergunta Bernardo descendo as escadas enquanto eu vou pedindo um carro no celular.

- Ao hospital - digo simples. Mas bem no meio disso eu tenho uma contração um pouco mais forte, o que me faz gemer de dor.

- Está tudo bem? - pergunta preocupado vindo até mim vendo se não estava machucado - por que está indo ao hospital Pietro?

- Porque se não percebeu ainda seus filhos querem nascer - digo simples - já que está acordado estou te esperando no carro.

Bernardo sai correndo para o quarto atordoado e cambaleando e eu que já estava pronto, saio rindo.

Assim que entro no carro me sinto estranho. Como se algo de ruim estivesse para acontecer. Não quero pensar nisso, porque sei que me desesperarei e essa não é a hora de desespero e sim de alegria.

Depois de uns cinco minutos Bernardo sai de dentro de casa e vem para entrar no caro, ainda colocando o tênis e com a cara bem atordoada.

- Escovou os dentes Bernardo? - pergunto assim que ele entra no carro.

- Escovei - diz ele pegando a chave.

Tenho uma contração forte nesse momento, elas estão ficando mais fortes e com um intervalo de tempo menor.

- Bernardo - chamo - odeio te apresar, mas seus filhos não querem esperar muito - digo dando um resmungo de dor.

- As contrações estão fortes demais? - pergunta.

Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora