Sessantunesimo Capitolo

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Bernardo Santinelle

Dois Meses Depois

Hoje é o dia do ultrassom do Pietro e vamos ver se nossos lindo bebês querem que os papais deles saibam se são meninos, meninas ou um menino e uma menino, porque Pietro já está com seis meses e ainda não sabemos o sexo dos bebês. Eles são bem tímidos quanto a isso, sempre estão de perninhas fechadas e não nos deixam ver.

- Amor vamos - chamo pela quinta vez o Pietro - já está na hora de irmos ou vamos nos atrasar para a consulta.

Depois de mais uns cinco minutos de espera finalmente Pietro nos honra com sua ilustre presença e desce, ostentado uma barriga já bem grandinha.

- Por que tanta demora? Só para pôr uma roupa? - pergunto ajudando-o a descer as escadas.

- Porque nada mais me serve - diz manhoso.

Isso é outra coisa, Pietro não quer sair do meu lado de jeito, maneira, razão ou circunstância, ele vive com os braços ao meu redor manhoso que só ele.

Realmente parece um gatinho manhoso que ama receber carinho, principalmente massagem nos pês que já estão inchados, ou nos ombros tensos.

Ainda mais depois de quase dois dias sem falar comigo quando "concordamos" que não iriamos ao casamento de Maju e Pither, mas agora ele me entende, ainda mais depois de uma boa conversa com seu obstetra.

- É normal amor - digo beijando seu rosto que também está inchado - significa que nossos bebês estão crescendo fortes e saudáveis aí dentro.

Ele faz biquinho, mas não diz mais nada, apenas segue comigo para o hospital. 

- Meninos, meninas ou um menino e uma menina? - pergunta ele enquanto estamos indo para o hospital.

- Você sempre pergunta isso - digo a ele - todas as vezes que vamos ao obstetra para tentar ver o sexo dos bebês você me pergunta e eu sempre me pergunta o que eu acho que é, e eu sempre falo que quero dois meninos e você sempre fala um menino e uma menina - digo sorrindo para ele.

- Estou nervoso - diz ele olhando para fora - se não soubermos hoje o sexo vai ficar para o parto mesmo Bernardo - me afirma, mesmo sabendo que dês da segunda vez faz isso e nunca cumpri.

- Claro amo - tivemos esse diálogo a quinze dias, e estamos aqui novamente tendo ele.

- Estou falando sério Bernardo Santinelle - diz ele - esses bebês estão de brincadeira, eu quero saber o que eles são - ele passa a mão na barriga - então sejam bons bebês e nos digam que nomes eu vou pôr no quarto de vocês - diz para eles.

- Nós vamos saber hoje amor - digo tentando acalmá-lo.

Eu estou do mesmo jeito que ele, ansioso para saber se nossos bebês vão ser meninos, meninas ou um menino e uma menina, mas não posso ficar nervoso atoa, eu sei que por causa dos hormônios Pietro está instáveis e juntando o nervosismo e a ansiedade dele, mais a minha, não vai dar não, então eu tento me manter calmo.

- Tomara - diz ele assim que chegamos no hospital.

Entramos e ficamos cerca de uns dez minutos esperando e Pietro não parou quieto um segundo de tanta ansiedade.

- Pietro Santinelle - chama na sala cinco, o que estranho, já que o consultório do obstetra.

Assim que chegamos vemos um homem que nem eu mesmo conhecia do hospital da família.

- Pietro Santinelle? - ele pergunta olhando para Pietro.

- Sou eu - ele diz - e esse e meu marido Bernardo Santinelle - aponta para mim.

Sinto Pietro apertar minha mão, me mostrando que não está confortável na presença desse homem, e eu também não estou.

- E o senhor? - pergunto depois de um minuto.

- Doutor Caio Matin - diz ele - o seu novo obstetra.

- E o doutor Lorenzetti? - pergunta Pietro.

- Ele pediu demissão hoje de manhã - diz o doutor Matin - vamos ver os bebês?

- Vamos - diz Pietro ainda desconfiado.

Depois das perguntas de rotina, finalmente vamos ver nossos pequenos amores. Nós ouvimos os coraçõezinhos deles e tanto eu quanto Pietro choramos como se fosse a primeira vez que ouvimos.

- Olha o que temos aqui - diz o doutor olhando para a tela com muita atenção - querem saber o que os bebês de vocês são? - pergunta.

- Sim - respondemos juntos muitos empolgados e emocionados por finalmente saber o que eles são.

- Bom - ele faz uma pausa - o primeiro bebê é um menino - diz ele.

Eu explodo em choro. Um menino, nós vamos ter um menino.

- E o segundo é - ele faz outra pausa - outro menino. Meus parabéns vocês vão ter gêmeos. Dois meninos - ele diz.

- Dois meninos amor - diz Pietro com os olhos marejando.

Ele está tão emocionado quanto eu, embora eu saiba que ele queria uma menina, nós podemos tentar de novo.

- A nossa menininha fica para a próxima vez amore - digo beijando-o.

- É - concorda ele - a nossa menininha fica para a próxima vez.

Ele dá um beijo bem gostoso, mas aí lembramos que estamos em um consultório.

O doutor Matin estava mexendo rapidamente no celular, parecendo gravar algo.

Pietro apertou novamente minha mão, assim que o doutor Matin percebeu que estávamos olhando-o rapidamente guardou o celular e sorriu para nós, que não retribuímos o sorriso.

- Bom, os meninos estão bem e saudáveis - diz ele - como são gêmeos provavelmente vão vir ao no começo do oitavo mês.

- Mas isso é normal? - pergunta Pietro receoso.

- É sim - afirma o médico para Pietro - gravidez de gêmeos geralmente acontece assim. Eles não têm espaço para se desenvolver pelos nove meses então geralmente eles vêm no oito mês, mas eles já estarão grandes e fortes o suficiente para sobreviver e se precisar só umas semanas na incubadora para ganhar peso - ele nos explica.

Isso na o parecer ajudar nada Pietro com a sua ansiedade e confesso que a mim também não.

- Tudo bem - digo ajudando Pietro a se levantar.

Pietro vai até o banheiro se trocar e eu fico sozinho com o doutor.

Ele fica me olhando, e eu não gosto nada disso, ele parece me analisar a cada respirada que eu dou.

- Vamos amor? - pergunta Pietro chegando perto de mim depois de uns minutos.

- Vamos - concordo o conduzindo para fora da sala.

- Quero trocar de obstetra - diz Pietro assim que saímos.

- Eu também quero que troque de obstetra - digo lhe dando um selinho e apertando sua mão.

Assim que chegamos na recepção pedimos a troca de obstetra. Agora a nova obstetra de Pietro e a doutora Aurosa Quinn, marcamos uma nova consulto e fomos para o shopping.

- Você quer roupas combinado para ambos os meninos? - pergunto assim que entramos em uma loja de bebês.

- Quero eles de verde e azul. Ou amarelo e laranja. Rosa e vinho, entre outras cores, mas o quarto eu quero amarelo com branco - diz ele.

- Bene - digo beijando-o - la cameretta dei nostri bambini sarà gialla con il bianco (o quarto dos nossos filhos será amarelo com branco) - digo sorrindo. 

Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora