Cinquantunesimo Capitolo

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Pietro Rossi.

- Filhos. – diz a vadia me olhando - você é homem isso é impossível - ela diz rindo debochada, minha vontade e de enfiar minha mão na sua cara, porém, sou civilizado.

- Fale isso para eles que estão crescendo aqui dentro – digo rindo, porque mesmo irritado ainda acho graça dela tentado enganar a si mesma - diz isso para o Bernardo que noite passada saiu sabe-se Dio a aonde para buscar sorvete e berinjela para nossos bebês comerem porque eu pedi a ele – digo.

Não quero apenas ela fora dessa empresa, quero que essa vadia pague por dar em cima do meu homem, por querer se oferecer para alguma comprometido e por duvidar que meus filhos estão aqui dentro de mim.

- O que quer dizer? - o sorriso que ela mantinha no rosto começa a se desfazer, e no momento o meu sorriso só aumenta - Bernardo não é gay. Ele nunca estaria com você - ela afirma receosa olhando para Bernardo, implorando com os olhos para que eu confirme, mas tudo que ele faz e sorrir.

- Ele está certo – Ber disse - sai mesmo no meio da noite só para comprar as coisas para o primeiro desejo do Pietro. Nossos bebês dormiram muito felizes depois do sorvete com berinjela –completou me dando um selinho singelo.

- Não é possível homens engravidarem - ela diz convicta ou pelo menos tentando.

- Seu pai disse a mesma coisa ontem – digo debochado - no entendo o meu obstetra discorda – eu concluí.

- Mesmo que isso seja verdade eles não vão ser filhos legítimos da família Santinelle, já que vocês não são casados - ela diz.

Isso me atinge em cheio, ainda não tinha pensado por esse lado, sei que é verdade e me sinto irritado por isso e triste ao mesmo tempo.

- Agora senhorita Salvo você está demitida – disse Ber me tirando dos meus pensamentos - não te quero perto de Pietro e de mim. Pode passar no RH, a empresa lhe pagará seus direitos – pegou a minha mão e me conduziu para fora - vamos bebê.

Estou meio aéreo ainda quando sou conduzido para fora e só escuto Bernardo falar uma vez com os seguranças.

- Não quero mais ninguém sem a minha autorização sem ser Pietro, meu pai ou meus primos – apontou para mim - entrando na minha sala, ou neste andar.

Ainda estou meio sem chão depois daquelas palavras quando chegamos no carro.

Raiva, essa e a palavra que define minhas emoções agora.

Eu estou fervendo de raiva. Ainda mais por não ser casado com Bernardo, eu sei que é verdade, se não estivermos casados eles não vão ser legítimos, é uma lei dentro da famiglia.

Eu começo a chorar silenciosamente, minha raiva se transformou em alguns segundos em medo.

- Calma amor - diz Bernardo.

Eu não consigo me acalmar, isso está me corroendo por dentro, está me matando.

Eu não quero que meus filhos sejam bastardos perante a famiglia, eu sei que isso vai doer neles no futuro, eu não quero esse sofrimento para eles.

- Eu não quero que eles sofram por nascerem sem nos sermos casados - digo chorando mais - você sabe como são tratados os bastardos na famiglia. Não é fácil e eles não merecem - digo entre os choros.

- Esse é o problema? - ele pergunta e eu afirmo - tudo bem vamos resolver isso agora mesmo - ele diz e eu não entendo.

Não faço questão de perguntar, só percebo que não estamos em casa quando paramos na frente do shopping.

- Eu não estou a fim de comprar nada amor - digo sem olhar para ele - só quero ir para casa – completei baixinho.

- Fica aqui que eu já volto - diz ele saindo do carro.

Eu fico ali vejo ele entrar dentro do shopping, mas como não quero ficar sozinho logo vou atrás dele e o acho indo para o elevador.

- Amor - chamo ele chegando do seu lado.

- Achei que não queria vir - disse ele.

- Não queria ficar sozinho e estou com fome – digo calmamente - quero tacos.

- Ta bom esfomeado - diz ele sorrindo e me dando um selinho - eu tenho uma surpresa para você, mas tem um restaurante mexicano na praça de alimentação. Eu vou te deixar lá e vou comprar seu presente e já volto - diz ele assim que o elevador para.

Fomos ao restaurante e compramos dez tacos. Exagero? Sim, mas eu estou com fome e meus bebês querem tacos e eu também, mas é que eu vi a moça da minha frente saindo com tacos, eles parecem tão deliciosos. Bernardo por outro lado ainda não voltou, ele está sabe-se lá Dio onde.

Eu pego o celular dele, que eu não o deixei levar e fico mexendo nas mídias sociais dele.

Não que eu seja um futuqueiro, ou xereta, mas eu estou sem celular e o dele e o mais próximo e eu não ia ficar aqui enquanto eu não sei o que ele está fazendo sozinho e no tédio.

Mexo um pouco nas mídias sociais dele, mas logo ele chega de novo, junto com os tacos.

- Olha que rápido - digo pegando o primeiro taco.

- Pietro eu demorei certa de uma hora - diz ele e eu o olho chocado.

- Tudo isso? - pergunto - o que foi fazer Bernardo Santinelle?

- Eu comprei isso para você - diz ele me dando uma sacola da Apple.

Quando eu abri, um iphone, última geração, isso e só o celular mais caro do mundo.

- Bernardo - digo com a mão ainda no celular - isso e muito caro.

- Não me importa - ele diz dando no ombro - só o melhor para você Pietro.

- Como sabia que eu precisava de um celular? – pergunto.

- Fala sério - diz ele vindo para a cadeira do meu lado - você sequestrou o meu celular não me deu explicação e em todo o nosso tempo juntos eu nunca te vi com um celular.

- Bastardo esperto - resmungo baixinho.

- Vamos amor coma - diz ele - ainda temos mais dois lugares para irmos.

- Um eu já sei onde é, mas e o outro? – perguntou.

- Surpresa - diz ele comendo um taco.

- Deveria ser crime deixar um gravido curioso - resmungo emburrado.

- Que gravidinho mais lindo emburrado e curioso - diz me dando um beijinho no rosto, o que me faz sorrir. 

Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora