Pietro Rossi.
- Filhos. – diz a vadia me olhando - você é homem isso é impossível - ela diz rindo debochada, minha vontade e de enfiar minha mão na sua cara, porém, sou civilizado.
- Fale isso para eles que estão crescendo aqui dentro – digo rindo, porque mesmo irritado ainda acho graça dela tentado enganar a si mesma - diz isso para o Bernardo que noite passada saiu sabe-se Dio a aonde para buscar sorvete e berinjela para nossos bebês comerem porque eu pedi a ele – digo.
Não quero apenas ela fora dessa empresa, quero que essa vadia pague por dar em cima do meu homem, por querer se oferecer para alguma comprometido e por duvidar que meus filhos estão aqui dentro de mim.
- O que quer dizer? - o sorriso que ela mantinha no rosto começa a se desfazer, e no momento o meu sorriso só aumenta - Bernardo não é gay. Ele nunca estaria com você - ela afirma receosa olhando para Bernardo, implorando com os olhos para que eu confirme, mas tudo que ele faz e sorrir.
- Ele está certo – Ber disse - sai mesmo no meio da noite só para comprar as coisas para o primeiro desejo do Pietro. Nossos bebês dormiram muito felizes depois do sorvete com berinjela –completou me dando um selinho singelo.
- Não é possível homens engravidarem - ela diz convicta ou pelo menos tentando.
- Seu pai disse a mesma coisa ontem – digo debochado - no entendo o meu obstetra discorda – eu concluí.
- Mesmo que isso seja verdade eles não vão ser filhos legítimos da família Santinelle, já que vocês não são casados - ela diz.
Isso me atinge em cheio, ainda não tinha pensado por esse lado, sei que é verdade e me sinto irritado por isso e triste ao mesmo tempo.
- Agora senhorita Salvo você está demitida – disse Ber me tirando dos meus pensamentos - não te quero perto de Pietro e de mim. Pode passar no RH, a empresa lhe pagará seus direitos – pegou a minha mão e me conduziu para fora - vamos bebê.
Estou meio aéreo ainda quando sou conduzido para fora e só escuto Bernardo falar uma vez com os seguranças.
- Não quero mais ninguém sem a minha autorização sem ser Pietro, meu pai ou meus primos – apontou para mim - entrando na minha sala, ou neste andar.
Ainda estou meio sem chão depois daquelas palavras quando chegamos no carro.
Raiva, essa e a palavra que define minhas emoções agora.
Eu estou fervendo de raiva. Ainda mais por não ser casado com Bernardo, eu sei que é verdade, se não estivermos casados eles não vão ser legítimos, é uma lei dentro da famiglia.
Eu começo a chorar silenciosamente, minha raiva se transformou em alguns segundos em medo.
- Calma amor - diz Bernardo.
Eu não consigo me acalmar, isso está me corroendo por dentro, está me matando.
Eu não quero que meus filhos sejam bastardos perante a famiglia, eu sei que isso vai doer neles no futuro, eu não quero esse sofrimento para eles.
- Eu não quero que eles sofram por nascerem sem nos sermos casados - digo chorando mais - você sabe como são tratados os bastardos na famiglia. Não é fácil e eles não merecem - digo entre os choros.
- Esse é o problema? - ele pergunta e eu afirmo - tudo bem vamos resolver isso agora mesmo - ele diz e eu não entendo.
Não faço questão de perguntar, só percebo que não estamos em casa quando paramos na frente do shopping.
- Eu não estou a fim de comprar nada amor - digo sem olhar para ele - só quero ir para casa – completei baixinho.
- Fica aqui que eu já volto - diz ele saindo do carro.
Eu fico ali vejo ele entrar dentro do shopping, mas como não quero ficar sozinho logo vou atrás dele e o acho indo para o elevador.
- Amor - chamo ele chegando do seu lado.
- Achei que não queria vir - disse ele.
- Não queria ficar sozinho e estou com fome – digo calmamente - quero tacos.
- Ta bom esfomeado - diz ele sorrindo e me dando um selinho - eu tenho uma surpresa para você, mas tem um restaurante mexicano na praça de alimentação. Eu vou te deixar lá e vou comprar seu presente e já volto - diz ele assim que o elevador para.
Fomos ao restaurante e compramos dez tacos. Exagero? Sim, mas eu estou com fome e meus bebês querem tacos e eu também, mas é que eu vi a moça da minha frente saindo com tacos, eles parecem tão deliciosos. Bernardo por outro lado ainda não voltou, ele está sabe-se lá Dio onde.
Eu pego o celular dele, que eu não o deixei levar e fico mexendo nas mídias sociais dele.
Não que eu seja um futuqueiro, ou xereta, mas eu estou sem celular e o dele e o mais próximo e eu não ia ficar aqui enquanto eu não sei o que ele está fazendo sozinho e no tédio.
Mexo um pouco nas mídias sociais dele, mas logo ele chega de novo, junto com os tacos.
- Olha que rápido - digo pegando o primeiro taco.
- Pietro eu demorei certa de uma hora - diz ele e eu o olho chocado.
- Tudo isso? - pergunto - o que foi fazer Bernardo Santinelle?
- Eu comprei isso para você - diz ele me dando uma sacola da Apple.
Quando eu abri, um iphone, última geração, isso e só o celular mais caro do mundo.
- Bernardo - digo com a mão ainda no celular - isso e muito caro.
- Não me importa - ele diz dando no ombro - só o melhor para você Pietro.
- Como sabia que eu precisava de um celular? – pergunto.
- Fala sério - diz ele vindo para a cadeira do meu lado - você sequestrou o meu celular não me deu explicação e em todo o nosso tempo juntos eu nunca te vi com um celular.
- Bastardo esperto - resmungo baixinho.
- Vamos amor coma - diz ele - ainda temos mais dois lugares para irmos.
- Um eu já sei onde é, mas e o outro? – perguntou.
- Surpresa - diz ele comendo um taco.
- Deveria ser crime deixar um gravido curioso - resmungo emburrado.
- Que gravidinho mais lindo emburrado e curioso - diz me dando um beijinho no rosto, o que me faz sorrir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...